Apesar da queda do dólar e do petróleo, preço da gasolina continua alto

Rio Grande do Norte segue com a segunda gasolina mais cara do país/ Foto: Reprodução

Os preços do petróleo caíram nas últimas semanas e o dólar vem perdendo valor diante do real, cotado, nesta terça-feira (12), a R$ 4,67, bem abaixo do pico de R$ 5,70 alcançado há poucos meses. Mesmo assim, o consumidor não tem alívio na hora de abastecer o carro. Pelo contrário. Ainda ontem, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal (SindiCombustíveis – DF) divulgou um aumento do preço da gasolina, em média, de R$ 0,30 nas bombas. Em alguns locais, o litro da gasolina chegou a ser vendido a R$ 7,79.

Segundo o sindicato, o aumento no preço da gasolina foi causado pelo álcool anidro — misturado à gasolina vendida nos postos —, que subiu cerca de R$ 0,60 nos últimos 30 dias. “O preço do bolo aumentou”, disse o presidente da entidade, Paulo Tavares.

Na avaliação de analistas, o consumidor está pagando a conta do acúmulo dos problemas econômicos e políticos nacionais e internacionais. “Ainda não dá para reduzir. Há muita volatilidade (no preço da gasolina), lembrando que a defasagem (com os preços internacionais) estava muito elevada”, explicou o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo.

De acordo com dados da Abicom, 33 dias após o mega-aumento de 18% para a gasolina promovido pela Petrobras, o preço do combustível, no mercado interno, está R$ 0,10 por litro acima da paridade de importação.

“A gasolina, na abertura do dia de hoje, estava R$ 0,10/litro acima da paridade (média dos principais portos). Minha expectativa é de que amanhã os preços estejam alinhados com o mercado internacional”, disse Araújo.

Cotação do dólar e preços internacionais do petróleo são os dois principais parâmetros para que a Petrobras defina o preço dos combustíveis vendidos para as refinarias. Ontem, a moeda norte-americana cedeu 0,29%, cotada a R$ 4,675. Já o barril de petróleo do tipo Brent subiu 6,65%, alcançando US$ 105,03 (R$ 488,14).

*Com informações do Correio Braziliense

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