abril 2022

Delatores da Lava Jato querem anular acordos e receber dinheiro de volta

Nestor Cerveró seria um dos insatisfeitos com a situação/ Foto: LAYCER TOMAZ/CÂMARA DOS DEPUTADOS

A série de derrotas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Operação Lava Jato, com vitórias de réus que ganharam a liberdade, levou delatores ao arrependimento. Eles cogitam pedir anulação de ações penais, além de colocar em xeque acordos celebrados na Justiça. Na visão de especialistas em direito penal, se os colaboradores obtiverem êxito, há brecha para devolução de multas já pagas.

Executivos de empreiteiras, doleiros e políticos dizem reservadamente que, entre os principais motivos para pedir a anulação dos processos nos quais respondem por corrupção e lavagem de dinheiro, estão pesadas multas impostas pela Receita com base em suas confissões. Para delatores, elas extrapolam valores acertados e descumprem termos que definiam os montantes a serem devolvidos no escândalo de desvios na Petrobrás.

Paira ainda a sensação entre delatores de que eles são os únicos punidos enquanto réus delatados ficam livres de punição. Esse movimento no Judiciário teve o ponto de partida em 2019, com a anulação da condenação do ex-presidente da petroleira Aldemir Bendine, e culminou na soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), hoje pré- candidato ao Planalto, e na suspeição do ex-juiz Sérgio Moro.

Na lista de insatisfeitos estão executivos da Odebrecht, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, o ex-presidente da UTC Ricardo Pessoa e o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

Nem todos chegam a falar em anular acordos, mas, à unanimidade, dizem que jamais teriam feito delação se soubessem que estariam cumprindo medidas restritivas, como uso de tornozeleira e recolhimento domiciliar, enquanto delatados estão livres. Eles reafirmam a interlocutores que disseram a verdade. Procuradas, as defesas não se manifestaram.

Recentemente, uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, com base em mensagens hackeadas de procuradores da Lava Jato, beneficiou o dono da Itaipava, Walter Faria, e deu mais esperança aos colaboradores. Gilmar anulou todas as investigações contra o empresário que era acusado de ajudar a Odebrecht a viabilizar valores em espécie com uso da cervejaria para pagar propina a políticos. A prática foi apelidada de “caixa 3”.

Na decisão, Gilmar mencionou as mensagens para concluir que houve “quebra de imparcialidade” e um “acordo espúrio” entre Moro e o Ministério Público Federal (MPF) nas investigações sobre Faria. O ministro nega que a decisão tenha o efeito de ser estendida a outros réus, mas a sentença animou defesas de delatores que têm conversado com clientes sobre a possibilidade de realizar ofensiva contra investigações e seus próprios acordos.

No caminho da anulação estão essas mensagens hackeadas. Após Lula ter acesso a elas em abril de 2021, réus da Lava Jato pediram o material. Entre eles estão o ex-governador do Rio Sergio Cabral e o doleiro Adir Assad, que confessou lavagem de mais de R$ 100 milhões em obras de estradas paulistas. Procurada a defesa de Assad não respondeu. A defesa de Léo Pinheiro negou arrependimento em relação ao acordo de delação.

INSATISFAÇÃO
Hoje, o doleiro Alberto Youssef, peça-chave para levar a Lava Jato ao alto escalão da política, é um dos mais insatisfeitos. Preso em março de 2014, ele ainda faz uso de tornozeleira eletrônica e fica em casa nos fins de semana. Tem se queixado de viajar por semana mil quilômetros para trabalhar em Santa Catarina. A defesa do doleiro não se manifestou.

Um dos mais arrependidos é o lobista Julio Camargo, que devolveu R$ 40 milhões aos cofres públicos. Sua delação foi um dos pilares da investigação que levou à condenação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha a 15 anos de prisão. A Receita usou a própria delação de Camargo para multá-lo por infrações no Imposto de Renda.

O Fisco cobra R$ 120 milhões, além da cifra já devolvida. Camargo, que não se manifestou, está com os bens bloqueados e busca anular o processo.

Assim como Camargo, há mais de uma dezena de casos de delatores autuados pelo Fisco com base em suas próprias colaborações premiadas, segundo apurou o Estadão. Os autos correm em sigilo.

INSEGURANÇA. O procurador da República Bruno Calabrich, que atuou em casos relacionados à Lava Jato, afirmou que o STF se defrontará com o problema e terá de decidir se o dinheiro das multas será devolvido. “Porque, a rigor, se não houver nenhum motivo para o dinheiro ser revertido à União ou à empresa lesada que foi a Petrobras, o dinheiro tem de ser devolvido. Simples”, disse.

Advogado e professor de processo penal da Universidade Federal Fluminense, João Pedro Pádua fez uma ressalva: “Quando o valor foi entregue não a título de multa, mas a título de devolução de valores ilícitos, não há devolução (ao delator), porque não se devolvem bens de origem ilícita”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ato de Bolsonaro é legítimo, diz Marco Aurélio sobre graça presidencial

Marco Aurélio Mello, ex-ministro do STF/ Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

“O ato do Presidente da República é soberano e não fica sujeito à impugnação do Judiciário.” É o que avalia o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello sobre a graça presidencial concedida pelo presidente Jair Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), na semana passada. Contudo, de acordo com o ex-ministro do STF, ato do chefe do Executivo culmina em um “descompasso nefasto e negativo” e abre uma nova crise entre os Poderes.

“O que começa errado tende a se complicar. Primeiro: a fala do Daniel, para mim, implica quebra de decoro. Segundo: o Supremo julgá-lo em que pese a inviolabilidade quanto a palavras e opiniões. Terceiro: o presidente implementar a graça. Na verdade, o que deveria acontecer era pensar realmente na República, na desigualdade social que temos e tentar corrigi-la e não ficar nesse antagonismo”, apontou.

Daniel Silveira foi condenado pelos ministros do STF, na quarta-feira, a oito anos e nove meses em regime fechado. Ele foi acusado de cometer atos antidemocráticos ao ameaçar os magistrados da Suprema Corte em vídeos e pronunciamentos. No dia seguinte, Bolsonaro concedeu a graça presidencial ao deputado.

Segundo Marco Aurélio, ainda que o parlamentar seja próximo do chefe do Executivo, não implica desvio de finalidade como acusavam partidos políticos. “Ele (Bolsonaro) foi eleito, é o presidente do país. Podia implementar a graça e o fez. Podemos não gostar da atitude dele, mas foi um ato soberano do presidente da República. O que é benefício próprio? O fato de Daniel ser correligionário? A Constituição Federal não limita em si o benefício. Torno a afirmar que o presidente usou o poder que tinha”, afirmou.

Na mesma linha, a advogada constitucionalista e mestre em direito público Vera Chemim explica que o Supremo tem a competência constitucional para processar e julgar parlamentares. Já o presidente da República tem a competência privativa de conceder indultos. Caso não haja nenhuma ilegalidade no decreto de Bolsonaro, a graça permanece a Daniel.

“Assim, o que resta para o debate é a suspensão dos direitos políticos, a perda do mandato e a consequente inelegibilidade, que não são alcançados pelo decreto. Quanto à suspensão dos direitos políticos, a Carta Magna prevê que a perda do mandato será declarada pela Mesa da Câmara dos Deputados (…), assegurada a ampla defesa, no que se depreende que existe uma possibilidade (remota) de manutenção do mandato. Contudo, a Lei da Ficha Limpa dispõe que a inelegibilidade decorre da condenação por um colegiado. Caso se entenda que a punibilidade foi extinta, é possível que se mantenha elegível. Essa seria a questão que remeteria ou não ao xeque-mate”, afirmou.

*Com informações do Correio Braziliense

Jovens de 16 e 17 anos correm para tirar o título de eleitor; o prazo final é dia 4

Todos os brasileiros a partir de 16 anos têm até o dia 4 de maio/ Foto: Divulgação

Interessados em votar nas eleições deste ano têm só mais 10 dias para tirar, regularizar ou transferir o título de eleitor, prazo contado a partir deste domingo (24) até a data limite, dia 4 de maio. Os serviços podem ser feitos on-line pelo sistema Título Net, disponível no Portal do Tribunal Superior Eleitoral.

De acordo com o TSE, 4 de maio também é o prazo final para que pessoas transexuais ou travestis solicitem o uso do nome social no documento, uma vez que, após essa data, o cadastro eleitoral será fechado e não serão permitidas mais mudanças para as Eleições 2022.

Como tirar o título
O primeiro passo para tirar o título de eleitor é digitalizar documentos obrigatórios. São necessários: documento oficial de identidade com foto (frente e verso); comprovante de residência recente; comprovante de quitação do serviço militar para homens a partir de 18 anos; e comprovante de pagamento de débito com a Justiça Eleitoral (quando houver).

O último requisito é tirar uma selfie segurando o documento de identificação ao lado do rosto, sem óculos, bonés, gorros, entre outros objetos que possam prejudicar a visualização. Todas as imagens devem estar totalmente legíveis para evitar que o pedido seja negado.

Com todos esses documentos digitalizados, basta acessar a página do Título Net para iniciar o atendimento a distância. Na página, é preciso informar a unidade da federação em que mora, selecionar a opção “não tenho título de eleitor” e inserir os dados pessoais solicitados, como nome completo, data de nascimento e nome dos pais.

Os documentos já digitalizados devem ser inseridos em sequência. É possível acompanhar o andamento do processo também pela plataforma Título Net, ao final da página, em “acompanhe seu requerimento”.

Regularizar

Há ainda eleitores que já tiraram o título, mas estão em situação irregular. Isso acontece quando a pessoa se enquadrar em alguma causa de cancelamento — como faltar à revisão de eleitorado. Pode ocorrer ainda em hipótese de suspensão dos direitos políticos — como em condenação criminal definitiva, cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado, improbidade administrativa, conscrição, etc.

Para conferir se está com o título regular, basta acessar o link sobre a “situação eleitoral”. Quem está com as votações em dia, justificou as ausências, atendeu às convocações da Justiça Eleitoral ou pagou as multas que tiverem sido aplicadas está com tudo em ordem para as eleições de 2022.

Mas caso exista alguma multa pendente decorrente de ausência às urnas ou aos trabalhos eleitorais, é necessário emitir o boleto para pagamento no site do TSE por meio do serviço “Consulta de débitos do Eleitor”, no link de “quitação de multas”.

Inmet alerta para chuvas intensas em 50 cidades do RN

Inmet alerta para chuvas intensas em 50 cidades do RN/ Foto: Bruno Andrade

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas para 506 cidades do Rio Grande do Norte. O aviso vale até 13h desta segunda-feira (25). O alerta é de perigo potencial, o primeiro numa escala de três em relação à severidade das chuvas (entenda melhor na tabela abaixo).

O Inmet aponta que as chuvas que podem atingir as cidades são entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia. Há também a possibilidade de ventos intensos, entre 40 e 60 km/h. O órgão diz também que há baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

Em caso de rajadas de vento, o Inmet recomenda não se abrigar debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas, e não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. Ainda indica evitar o uso de aparelhos eletrônicos ligados à tomada.

Cidades atingidas pelas chuvas intensas
Água Nova
Alexandria
Almino Afonso
Antônio Martins
Apodi
Augusto Severo
Baraúna
Caraúbas
Coronel João Pessoa
Doutor Severiano
Encanto
Felipe Guerra
Francisco Dantas
Frutuoso Gomes
Governador Dix-Sept Rosado
Itaú
Janduís
Jardim de Piranhas
João Dias
José da Penha
Lucrécia
Luís Gomes
Major Sales
Marcelino Vieira
Martins
Messias Targino
Olho d’Água do Borges
Paraná
Patu
Pau dos Ferros
Pilões
Portalegre
Rafael Fernandes
Rafael Godeiro
Riacho da Cruz
Riacho de Santana
Rodolfo Fernandes
São Francisco do Oeste
São João do Sabugi
São Miguel
Serra Negra do Norte
Serrinha dos Pintos
Severiano Melo
Taboleiro Grande
Tenente Ananias
Timbaúba dos Batistas
Umarizal
Upanema
Venha-Ver
Viçosa

Privatização da Eletrobras enfrenta novo tropeço no TCU

Foto:Eletrobras/Divulgação

O governo sofreu uma derrota, na quarta-feira (20/4), no Tribunal de Contas da União (TCU). O julgamento do processo de privatização da Eletrobras, um dos itens mais importantes da agenda econômica do Palácio do Planalto, terá novo atraso, após pedido de vista do ministro Vital do Rêgo, que terá até 20 dias para analisar o parecer do relator, ministro Aroldo Cedraz. Com isso, fica inviabilizado o objetivo do governo de finalizar a privatização até 13 de maio. Apesar disso, as ações da estatal fecharam em alta na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

A votação mobilizou ministros e o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL), que telefonou a integrantes do TCU, antes da sessão, para pedir que recusassem o pedido de vistas, que havia sido antecipado por Vital do Rêgo na terça-feira. Pela manhã, membros do tribunal confirmaram à imprensa ter recebido recados do ministro da Economia, Paulo Guedes, por aplicativo de mensagens, dizendo que a segurança energética do país dependia da privatização da estatal.

Vital do Rêgo, ao apresentar o pedido de vistas, defendeu prazo de 60 dias para a revisão, e criticou a proposta do ministro Jorge Oliveira — indicado ao cargo por Bolsonaro — de estabelecer o prazo de análise em sete dias, a exemplo do que ocorreu durante o julgamento do processo do leilão do 5G no Brasil. “O tribunal não pode rasgar a Constituição, sob pena de a gente não ter muito o que fazer aqui”, destacou Vital do Rêgo.

O magistrado fez o pedido de vistas após a leitura do voto do relator, Aroldo Cedraz, que se manifestou favorável à continuidade da privatização, com ajustes. A presidente da Corte, Ana Arraes, disse que acolhia o pedido de vista considerando o prazo regimental, estabelecido em, no mínimo, 20 dias desde o julgamento do processo do 5G.

O ministro Bruno Dantas, relator do processo do 5G, disse que a medida adotada naquela ocasião compreendia o pedido de vista por uma semana, mas que não voltaria a defender a adoção desse prazo. “O 5G era uma situação inusitada. Agora, examinando melhor, não votarei para reduzir além de 20 dias o prazo do ministro que pedir vista. Acho que esse tipo de procedimento não é útil para a construção da unidade do tribunal”, disse.

Com o travamento por 20 dias do julgamento no TCU, o cronograma original para a privatização da estatal de energia elétrica tornou-se inviável. O governo desejava lançar a oferta de ações da Eletrobras até 27 de abril, para concluí-la até 13 de maio. Agora, cogita nova data, com o risco de ver o processo avançar por um período de maior acirramento da campanha eleitoral.

No parecer apresentado ontem, o relator propôs que o governo federal possa, a qualquer tempo, reverter o processo de desestatização da Eletrobras, mediante pagamento de valores justos aos demais acionistas. Aliados ao governo temem que a privatização possa ser revertida, numa eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro. Por isso, um “mecanismo anti-Lula” chegou a ser ventilado durante o dia, a pedido do governo, para dificultar a reestatização, que dependeria da maioria dos acionistas.

*Com informações do Correio Braziliense

Parlamentares do RN reagem a indulto presidencial para Daniel Silveira

A cúpula menor, voltada para baixo, abriga o Plenário do Senado Federal. A cúpula maior, voltada para cima, abriga o Plenário da Câmara dos Deputados.

Parlamentares antibolsonaristas e bolsonaristas do Rio Grande do Norte se posicionaram em redes sociais sobre o indulto concedido ao deputado Daniel Silveira (PL-RJ). O senador Jean Paul Prates (PT) disse que “governos autoritários alimentam sempre o germe da corrupção. Bolsonaro acha que pode tudo enquanto estiver no cargo que ocupa, mas há limites!”

Para Jean Paul “esconder os mal feitos da parentalha e dos aliados já estávamos acostumados, infelizmente, e para isso ele emporcalhou as instituições que deram guarida a seus desejos”.

Jean Paul ainda disse: “Como já alertava Tancredo Neves, o desfiguramento das instituições termina por desfigurar o caráter do cidadão.”

Jean Paul acrescentou: “Mas tenho a certeza de que o povo brasileiro ainda não foi atingido por esse processo e deve repudiar com veemência mais essa atitude de um homem incapaz de honrar a cadeira de presidente da República.”

Já a deputada federal Natália Bonavides (PT) declarou que “o chefão da quadrilha que faz de tudo para salvar os filhotes delinquentes, agora avança no golpismo e anula a prisão de um dos seus capangas que atentou contra a democracia”.

Natália Bonavides continuou: “É isso, ou derrotamos o bolsonarismo agora, ou não restará mais nada desse país.”

Segundo a deputada, “primeiro ele (Bolsonaro) impediu que sua família fosse punida pelos crimes cometidos. Depois ele anulou a pena de um bandido que ameaçou a democracia – uma forma burocrática de fechar o STF sem ajuda de cabos e soldados. Vamos esperar ele fechar o TSE e acabar com as eleições?”

A deputada Carla Dickson (União Brasil) apoiou o decreto presidencial: “Parabéns, meu presidente Jair Bolsonaro, pelo perdão concedido ao colega deputado federal Daniel Silveira, condenado pelo STF.”

“Junto-me à sociedade com profunda indignação por essa condenação tão injusta”, afirmou C. Dickson, que finalizou: “O Congresso é um poder independente e não pode ser violado!”

O deputado federal General Girão (PL) também apoiou a decisão do presidente da República: “Não duvidem do nosso presidente “.

O General Girão afirmou “querer compartilhar alegria e satisfação em ser patriota junto com vocês. Orgulho do nosso presidente por fazer justiça dentro das quatro linhas da Constituição.”

Após condenação de Silveira, Rogério Marinho alerta para aprofundamento de crises

Reprodução: Twitter

O ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, fez uma espécie de alerta em suas redes sociais, após Supremo Tribunal Federal (STF) julgar e condenar o deputado federal Daniel Silveira a inelegibilidade e 8 anos e 9 meses de prisão.

Para Marinho, apesar das palavras de Silveira não terem seu posicionamento político-ideológico, a condenação feita pelo STF a um parlamentar no exercício do mandato pode aprofundar crises. “História ensina que erros não podem ser repetidos”, frisou o ex-ministro.

 

Mortes por Covid-19 têm queda de 12% no mundo em uma semana, diz OMS

Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O número de casos e mortes por Covid-19 continua em tendência de queda registrada desde o final de março. Na semana de 11 a 17 de abril, foram registrados mais de 5 milhões de infecções e mais de 18 mil óbitos pela doença em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os números representam quedas de 24% e 12% respectivamente.

As informações foram divulgadas pela OMS, na quarta-feira (20), em atualização semanal do boletim epidemiológico da Covid-19.

A OMS destaca que as tendências devem ser interpretadas com cautela, pois vários países estão mudando estratégias de testagem, com a redução no número de exames realizados, o que pode prejudicar a detecção de novos casos.

A nível nacional, o maior número de novos casos semanais foi notificado na Coreia do Sul (mais de 972 mil), França (827 mil), Alemanha (769 mil), Itália (421 mil) e Japão (342 mil).

O número mais elevado de novas mortes semanais foi registrado nos Estados Unidos (3.076 novas mortes), na Rússia (1.784), na Coreia do Sul (1.671), Alemanha (1.227) e Itália (944). O Brasil, que estava na quinta posição na semana anterior, não esteve entre os cinco países com os índices mais altos de mortes nesta semana.

*Com informações da CNN

Brasil vence Uruguai por 1 a 0 no Sul-Americano sub-20 feminino

Resultado deixa a seleção muito próxima da Copa do Mundo/ Foto: Reprodução Staff Images Woman

A seleção feminina sub-20 derrotou o Uruguai por 1 a 0, nesta quinta-feira (21) no estádio Nicolás Chauán Nazar, em La Calera (Chile), pela segunda rodada do quadrangular final do Sul-Americano da categoria.

Após este resultado o Brasil ficou muito perto de se classificar para a Copa do Mundo da categoria, que será disputada em agosto na Costa Rica. Para a classificação ser confirmada a seleção brasileira precisa torcer para uma possível derrota ou empate da Venezuela no confronto contra a Colômbia, que também será realizado nesta quinta.

O gol da vitória do Brasil saiu aos 28 minutos, com Cris após boa jogada de Giovaninha. Este resultado ratifica a ótima campanha da seleção brasileira na competição, na qual acumula seis vitórias, com 21 gols marcados e nenhum sofrido.

O próximo compromisso da equipe comandada pelo técnico Jonas Urias é no próximo domingo (24), contra a Venezuela, a partir das 20h30 (horário de Brasília).

Comissão define a banca para concurso da Assembleia Legislativa

Sede da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte – Foto: Eduardo Maia / ALRN

A Comissão do Concurso da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte resolveu, a unanimidade, acatar a decisão da Comissão de Licitação e classificou o Instituto AOCP como a banca para realizar o concurso público para provimento de cargos no Poder Legislativo. A decisão ocorreu na manhã desta quarta-feira (20), quando também foi acatada a recomendação para destinação de cotas para pessoas negras.

A escolha do Instituto AOCP ocorreu após análise da comissão do concurso, que concordou que a banca reunia as melhores condições para a realização do certame, que será realizado neste ano. Para a confirmação, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa deverá assinar o contrato nos próximos dias e, em seguida, publicar em Diário Oficial.

Sobre as cotas para pessoas negras, a Comissão do Concurso acatou a recomendação, em cumprimento à Lei Estadual 11.015/2021, sancionada no fim do ano passado e que trata sobre a garantia de 20% das vagas nos concursos públicos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário estadual para a população negra. Não haverá, contudo, a ampliação do número de vagas previstas no concurso.

Além dessas decisões, a comissão também confirmou que haverá a realização de provas na cidade de Pau dos Ferros, para atender os candidatos residentes nas regiões Oeste e Alto Oeste potiguar. A disponibilidade para os locais de provas também estarão no edital do certame.

A expectativa é que em 30 dias após a assinatura do contrato com a banca seja lançado o edital para o concurso, que deverá ter as provas aplicadas 120 dias depois. O concurso da Assembleia terá 47 vagas para os cargos efetivos de Analista Legislativo, com salários variando de R$ 4,1 mil a R$ 7,7 mil.

Antes da realização das provas que definem os ingressantes na carreira da ALRN, é necessário que haja uma organização administrativa interna, para que a seleção possa acontecer. Por isso que, em julho de 2021, uma Comissão Especial do Concurso Público foi formada e ficou responsável por elaborar o Termo de Referência para a contratação da empresa organizadora, assim como pelo acompanhamento e fiscalização da execução do certame.

Conforme o procurador-geral da Assembleia e presidente da Comissão Especial do Concurso, Sérgio Freire, o Termo de Referência foi apresentado à Assembleia Legislativa e o procedimento para habilitação das empresas interessadas foi aberto. Com isso, foi possível que as empresas interessadas em realizar o concurso apresentassem as propostas delas.

A Comissão de Licitação é responsável pela análise da documentação de habilitação e propostas de preços das instituições interessadas em participar da seleção para a contratação de pessoa jurídica especializada em consultoria, planejamento, organização e execução de concurso público de provas. Ou seja, a Comissão Especial de Licitação fica constituída com fim específico para escolha da Banca do Concurso Público da Assembleia Legislativa.

No último dia 17 de fevereiro, a nova Comissão Especial de Licitação foi instituída, sendo designados os servidores Thiago Antunes Bezerra; Maria Helena de Oliveira Matos; Klebet Cavalcanti Carvalho; Maria Goretti Dantas Barros; e Pacífico José Dantas Fernandes.

Conforme aponta Sérgio Freire, “o concurso está cada vez mais próximo e já é uma realidade. A banca organizadora deve ser escolhida agora em março”. A empresa responsável, portanto, deverá organizar conteúdo programático, cronograma de inscrições, realização das provas, correção, recursos, resultados. O último concurso público para ingresso na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aconteceu em 2013.