Casos de dengue, chikungunya e zika crescem 407% em Natal em 2022

Procura nas unidades de saúde do Municipio de Natal tem crescido. Somente em março foram 651 casos na capital/ Foto: Magnus Nascimento

Os registros de casos de dengue, zika e chikungunya em Natal cresceram 407,6% entre os meses de janeiro e (início) de abril de 2022, se comparado com igual período do ano passado. Os dados são do Boletim Epidemiológico Centro de Controle de Zoonoses de Natal (CCZ). Foram notificados, de acordo com os números, 184 casos em 2021 contra 934 neste ano, no mesmo recorte. O Boletim, que já inclui alguns números deste mês de abril, foi divulgado na última sexta-feira (8).

Os casos de dengue foram os que tiveram maior aumento de registros (336,91%), seguidos pelo crescimento nas notificações de zika (266,67%) e chikungunya (75%). No recorte mês a mês, março é o que registra o maior número de notificações de arboviroses (651) até o momento, segundo o CCZ. Depois, vem o mês de fevereiro (154). Os primeiros dias de abril chamam a atenção, uma vez que o boletim já apresentam 69 notificações.

Para se ter uma ideia, durante todo o mês de janeiro deste ano, foram registrados 60 casos. Com os números em crescimento, a procura nas unidades de Saúde do Município, aumenta. Após ser atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cidade Satélite, na zona Sul de Natal, na manhã de quarta-feira (13), a recepcionista Talita Cristina, de 30 anos, esperava o resultado de um exame de sangue para receber o diagnóstico sobre os sintomas que a acompanhavam desde a segunda-feira (11): dor no corpo, febre e tosse

“A suspeita é de dengue, mas estou aguardando o resultado do exame”, disse. “Procurei atendimento somente hoje [quarta] porque na terça eu sequer tive condições de levantar da cama. Saí para trabalhar na segunda-feira e estava tudo bem, mas os sintomas surgiram ao longo do dia e na terça, pioraram muito”, comentou.

A diarista Maria do Carmo, de 48 anos, também foi até a UPA de Cidade Satélite na quarta-feira após sucessivos relatos de febre, que não cessaram nem com o uso de um antitérmico. “Os sintomas começaram no sábado e vim procurar um médico hoje [quarta-feira], porque eles não passam”, afirma.

Segundo a diarista, a febre veio acompanhada de tosse seca, falta de apetite e coceira. “Começou como se fosse uma alergia, com nariz entupido, mas isso passou. Os outros sintomas é que estão persistindo”, contou Maria, enquanto aguardava atendimento na UPA de Cidade Satélite, onde a procura em razão de casos suspeitos de dengue aumentou nos últimos dias.

*Com informações da Tribuna do Norte

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