Osvágrio Ferreira de Oliveira, aluno de Direito, Historiador e poeta.
A novidade política da semana ficou por conta do movimento político do Deputado Rafael Motta (PSB), seu partido oficiou os institutos de pesquisa para incluir o nome do jovem deputado federal no cenário de disputa para o senado.
O deputado Rafael Motta, filho do ex-deputado estradeiro Ricardo Motta, é o atual presidente do PSB regional e tem uma carreira política prodigiosa, foi alçado de Vereador de Natal a deputado federal de forma vertiginosa. Recentemente agregou ao seu partido um importante nome da política regional e nacional, o ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves, que, por 44 anos, exerceu o cargo de deputado federal pelo RN.
As recentes mudanças na lei eleitoral têm deixado muitos candidatos sem sono, é sabido que, diante dessas mudanças, nenhum detentor de mandato tem cadeira garantida e, às vezes, não cabem dois tubarões no mesmo aquário. O PSB potiguar tem em suas fileiras, como pré-candidatos a deputado federal, os nomes de Rafael Motta, Henrique Eduardo Alves, Diego Américo, Pablo Aires, Janeayre Souto, Isabel Medeiros e Tatiana Pires, desses nomes os puxadores de votos são Rafael Motta e Henrique Alves.
Na eleição passada, Henrique, que estava encalacrado com a justiça, abandonou seu primo Walter Alves e apoiou seu escudeiro Benes Leocádio, transferindo pra ele boa parte dos seus redutos eleitorais, esse movimento causou dois problemas para ele, a candidatura do seu primo e ex-governador Garibaldi Filho à câmara federal e a sua saída, quase expulsão, do MDB, seu partido por toda a vida, até agora.
Henrique sabe que não conseguirá reaver todas as bases que entregou a Benes na eleição passada, sabe também das dificuldades que enfrentará para ser eleito em um partido com poucos recursos do fundo eleitoral e, acima de tudo, com o baixo potencial de votos dos outros candidatos do seu novo partido, deixando-o quase do mesmo tamanho de Rafael Motta. Diante da evidencia que o PSB dificilmente elegerá mais de um candidato, um político, experiente como Henrique, não ficaria contando com sorte e, portanto, precisaria agir e melhor forma de garantir sucesso seria melhor tirar seu principal adversário, interno, da disputa e, de quebra, ainda poderá herdar as bases eleitorais abandonadas por Rafael Motta.
Os fatos mostram que a propositura do nome de Rafael Motta, como pré-candidato ao senado, tem cheiro, cor, cara e o DNA do velho bacurau, hoje de penas vermelhas, Henrique Alves. O nome de Rafael Motta será a pá de cal na candidatura de Carlos Eduardo, que não é bem vindo entre os petistas de primeira hora, tal candidatura servirá a dois propósitos, facilitar a eleição de Henrique à câmara federal e servir de válvula de escape para o eleitor de Fátima que não engole o nome de Carlos Eduardo para o senado federal.
Agora vamos esperar os números das novas pesquisas e ver se o tiro disparado por Henrique se tornará a bala de prata em Carlos Eduardo ou vai bater catolé, como agente diz no sertão.