Vice-governador critica alianças do PT e tratamento dado ao PCdoB: ‘Fomos empurrados ladeira abaixo do palanque’

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O vice-governador Antenor Roberto (PCdoB) criticou a política de alianças do PT do Rio Grande do Norte para as eleições de 2022. Em entrevista ao jornal Agora RN publicada nesta terça-feira (7), o vice-governador lamenta que o PCdoB tenha ficado de fora da chapa governista à reeleição e tenha sido descartado até para a 1ª suplência do pré-candidato ao Senado Carlos Eduardo Alves (PDT).

“Meu nome não está posto para disputar, até porque, não ocupando a 1ª suplência do Senado, o PCdoB achou que seria muito desgastante insistir com nosso nome em qualquer outro espaço. O caminho que está posto para nós é encerrar nosso ciclo de participação desta eleição até 31 de dezembro, no cargo de vice-governador”, afirmou.

Para Antenor, na construção da chapa eleitoral, o PT deveria ter privilegiado o PCdoB, um aliado histórico. “O PT, abusando da sua hegemonia política, dar um tratamento (desses) a um parceiro como o PCdoB, que nos momentos difíceis e de agonia, seja no mensalão, seja no golpe do impeachment da presidente Dilma Rousseff, atuou como escada para ajudar o PT a oxigenar… Basta haver um novo ciclo de oxigênio que a gente é tratado desta forma”, lamentou.

Segundo o vice-governador, o PCdoB acabou constrangido na construção das chapas. “O PCdoB no RN ficou em uma situação muito difícil e de muito constrangimento político, porque nós fizemos toda essa construção e fomos empurrados ladeira abaixo do palanque da chapa majoritária”, destacou.

Antenor afirma que, com isso, o PCdoB vai se dedicar à pré-candidatura a deputada estadual da vereadora de Natal Júlia Arruda. Ele lamenta, ainda, que o partido não tenha tido destaque na construção da nominata para deputado federal da federação PT/PCdoB/PV.

“Constituída a federação, o PV terminou sendo o catalisador de arranjos eleitorais com aqueles que queriam romper com o campo que eles ocupavam na eleição passada e se aproximar da governadora, que vai para uma reeleição como favorita. O PV aqui foi um objeto de acomodação de mandatos de deputados que imprensou a gente na parede do ponto de vista da disputa parlamentar eleitoral. Isso é um efeito concreto e não estou aqui chorando as pitangas”, explicou.

O vice-governador destaca, também, que há perigos em escolher Walter Alves (MDB) como pré-candidato a vice da chapa de Fátima Bezerra (PT) à reeleição. “Já está tudo estabelecida. Sinalizando que não é apenas o Walter que vai ser o vice de Fátima, mas ele objetivamente entra na linha sucessória, já que a governadora encerra o seu ciclo de segundo governo, caso se reeleja, e evidentemente qualquer movimento que ela fizer o MDB e Walter estará na linha de sucessão”, pontuou.

98 FM

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