Mourão diz que resultado das urnas não será questionado ‘com Exército na rua’
O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, afirmou que o resultado das eleições 2022 não será questionado com “o Exército na rua”. “Não existe espaço para um golpe. Quem diz isso está enlouquecendo”, afirmou ele em conversa na manhã desta quarta-feira, 25, com empresários, gestores e assessores de investimentos na gestora RPS Capital, cujo relato foi obtido pelo Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Segundo Mourão, é bobagem questionar a integridade das urnas eletrônicas, como tem sido feito pelo presidente Jair Bolsonaro e aliados, sem apresentar provas. “Com toda a minha sinceridade, sempre pode ter algum problema. Mas desde que esse processo teve início (votação pela urna eletrônica), não teve fraude”, disse o vice-presidente. “Em um País que não guarda segredo, uma fraude já teria aparecido. É uma bobagem ficar alimentando isso aí.”
Ele defendeu, no entanto, a impressão do voto. “Qualquer pessoa quando vai ao banco pode tirar um extrato e conferir se foi aquela operação que fez. Qual seria o problema de acontecer isso na eleição?” questionou.
O vice-presidente disse que conversou com o ministro Luís Roberto Barroso, que foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até fevereiro deste ano, e que houve a sugestão de chamar as Forças Armadas para participar da Comissão de Transparência das Eleições. “Entre 90 e 100 engenheiros cibernéticos, que defendem o País de ataques hackers diariamente, produziram dois documentos. Um com mais de 400 observações, de caráter menor. E outro com nove aspectos que poderiam ser melhorados. Mas deram um grau de sigilo para todos e o presidente (Jair Bolsonaro) ficou pressionando para divulgar. Mas o tribunal respondeu que não aceitava”, afirmou.
“O problema é que se coloca em discussão que as Forças Armadas estão intervindo, mas não. Criamos o relatório, fizemos o trabalho e está encerrado o assunto. Próximo assunto das Forças Armadas é a distribuição das urnas e a segurança do processo eleitoral. É o que ela faz toda vez que acontece uma eleição”, disse.
Dúvidas levantadas por militares foram classificadas no TSE como manifestação de “opinião” no começo do mês.
*Com informações do Correio Braziliense