Defesa Civil reforça alerta para chuvas no litoral do RN, PB, PE e AL
Segundo dados do Inmet, na Paraíba e no Rio Grande do Norte, o acumulado de chuvas deve ser superior a 60 milímetros por hora ou maior que 100 milímetros por dia
O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) reforça o alerta para o risco de chuvas intensas, nesta sexta-feira (27) e no fim de semana, em quatro estados do Nordeste – Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas. A Defesa Civil Nacional realizou, nessa quinta-feira (26), uma coletiva de imprensa sobre a previsão do tempo para o litoral da região e as medidas de proteção que devem ser tomadas pela população.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na Paraíba e no Rio Grande do Norte, o acumulado de chuvas deve ser superior a 60 milímetros por hora ou maior que 100 milímetros por dia nesta sexta e no sábado. As áreas mais afetadas serão o leste e o agreste potiguares e a mata e o agreste paraibanos.
Ainda de acordo com o Inmet, o risco de danos em edificações, corte de energia elétrica, queda de árvores, descargas elétricas, alagamentos, enxurradas e transtornos no transporte rodoviário é grande nos dois estados.
Riscos hidrológicos e geológicos
De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), diante da previsão de chuvas intensas, existe a possibilidade de ocorrências de inundações, alagamentos e enxurradas entre as cidades de Maragogi (AL) e João Pessoa (PB). Já em Pernambuco, o risco geológico é maior nas cidades de Recife, Olinda, Ipojuca e São Lourenço da Mata.
A capital alagoana já registrou deslizamentos e também está em alerta. Atenção especial também para João Pessoa (PB) e Natal (RN), que possuem acumulados elevados de chuvas.
Defesa Civil Nacional
Neste momento, o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) da Defesa civil Nacional opera em alerta máximo (vermelho) e já mobilizou e enviou duas equipes do Grupo de Apoio a Desastres (Gade) para a cidade de Maceió (AL).
O coordenador-geral de Gerenciamento de Desastres do Cenad, Tiago Molina Schnorr, destaca as medidas de prevenção que devem ser tomadas pela população das regiões castigadas pelas fortes chuvas com o objetivo de minimizar os danos.
“São recomendadas diversas ações para proteger a população. A primeira é ficar bastante atento para as informações publicadas pelos órgãos oficiais, principalmente os locais. Além disso, é preciso ter cuidado com as notícias não oficiais, que nem sempre estão corretas e podem trazer risco adicional”, destaca Schnorr.
Uma das principais recomendações é para que as pessoas se inscrevam nos serviços de alerta, enviando um SMS para o número 40199. Assim, em caso de uma situação de desastre, será enviado um alerta on-line. Outra sugestão é ficar sempre atento ao Twitter da Defesa Civil Nacional (@defesacivilbr) e do Instituto Nacional de Meteorologia (@inmet_), que publicarão atualizações em tempo real.
O coordenador-geral do Cenad também explicou o que deve ser feito nos locais com risco de deslizamento. “É importante que a população fique atenta a qualquer sinal de movimentação do terreno, rachaduras, árvores e postes inclinados. Se houver risco iminente, a residência deve ser desocupada imediatamente”, alertou Tiago Schnorr. “Também é importante a atenção a qualquer sinal de elevação de rios, alagamentos e enxurradas nas ruas e à subida das águas, para não serem pegos desprevenidos. Além disso, deve-se desligar aparelhos de energia da tomada, a chave-geral, encanamento de gás e de água”, acrescenta.
Os municípios atingidos devem se cadastrar no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Na ferramenta, é possível elaborar Planos de Contingência; registrar desastres ocorridos no município/estado; solicitar o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública; solicitar recursos federais a partir da elaboração de formulários on-line; consultar e acompanhar as solicitações de reconhecimento e de repasses para ações de resposta e de recuperação, e buscar informações sobre recorrências de desastres com base em dados oficiais.
Via Novo Notícias