2 de junho de 2022

Flávio Bolsonaro justifica compra de mansão com outras fontes de renda

Foto: Divulgação

Em resposta à ação põe sob suspeita o financiamento de R$ 3,1 milhões fechado com o Banco de Brasília para compra de sua mansão de quase R$ 6 milhões próxima ao Lago Paranoá, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) alegou que sua renda não consiste só no salário de R$ 24 mil que recebe como parlamentar, uma vez que ‘atua como advogado, empresário e empreendedor, por muitos anos’.

Na ação, a parlamentar pede a suspensão do empréstimo concedido ao casal, argumentando que a autorização do financiamento no caso de Flávio e Fernanda se deu em suposto ‘desacordo com regras internas’. A deputada aponta desvio de finalidade e lesão à moralidade administrativa.

Um dos argumentos apresentados na petição que Érika Kokay protocolou na 1ª Vara Cível de Brasília é o de que, em simulação no site do Banco, considerando as mesmas informações do caso de Flávio e Fernanda – detalhes sobre os valores da casa, do financiamento e renda do casal – recebeu-se a mensagem de que a ‘renda mínima necessária para a operação é de R$ 46.874,35’.Segundo a deputada, tal valor superaria em mais de R$ 9,9 mil a renda do casal.

Além disso, a parlamentar argumentou que não havia garantia de que Flávio Bolsonaro vai manter a renda de R$ 24,9 mil, recebida pelo exercício da atividade no Senado – seria mantida pelos 30 anos do financiamento fechado com o Banco.

Em resposta à ação, a defesa de Flávio e Fernanda sustenta que a aquisição da casa em Brasília, ‘para moradia da família’, ocorreu de forma ‘transparente, pública, sem qualquer favoritismo’.

“Em razão do valor do imóvel, os Réus utilizaram, como parte de pagamento, recursos próprios e a outra parte do pagamento foi realizada mediante contrato de financiamento imobiliário com garantia do imóvel (alienação fiduciária), em conformidade com a legislação, com previsão de todos os encargos, taxas, parcelas fixadas e prazos, por meio de instrumento público devidamente registrado na matrícula do imóvel. Razão pela qual não se observa nenhuma irregularidade, preço vil, fora do mercado ou qualquer outro tipo de benevolência, afastando qualquer tipo de possível lesão ao erário”, sustentaram os advogados do senador.

Para a defesa de Flávio, a ‘narrativa de desvio de finalidade e imoralidade’ em torno da compra da casa de quase R$ 6 milhões pelo senador é ‘uma falácia criada por adversários políticos e desafetos’.

Conforme registro no 1º Ofício de Registro de Imóveis do Distrito Federal, feito em 2 de fevereiro de 2021, a mansão foi comprada pelo preço de R$ 5,97 milhões. A casa fica localizada no setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul, bairro nobre da capital. O anúncio de venda informava que se tratava da “melhor vista de Brasília da suíte máster”. O senador, no entanto, registrou o imóvel em um cartório de Brazlândia, cidade de perfil rural a 50 km do Plano Piloto.

Como mostrou o Estadão à época, o valor da casa é mais que o triplo do total de bens declarados por Flávio Bolsonaro à Justiça Eleitoral em 2018, quando afirmou ter patrimônio total de R$ 1,74 milhão. Entre eles constava um apartamento na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, avaliado em R$ 917 mil.

A mansão tem 1,1 mil m², com quatro suítes amplas, academia, piscina e spa com aquecimento solar. As condições do financiamento do imóvel de Flávio no Banco de Brasília (BRB), no valor de R$ 3,1 milhões, foram bastante vantajosas. A título de exemplo, em um outro banco, o filho do presidente da República obteria uma taxa mínima de 5,39% ao ano. Para financiar R$ 3,1 milhões, ele teria que arcar com uma parcela inicial de R$ 23.222,93, considerando o valor do imóvel, entrada, idade do senador, seguros e taxa de administração.

*Com informações do Correio Baziliense

Dia livre de impostos em Natal: protesto traz produtos com descontos de até 70%; confira lojas participantes

Lojas participam de protesto e zeram impostos. Foto: Ney Douglas

A Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem (CDL Jovem) realiza nesta quinta-feira 02 a 16ª edição do Dia Livre de Impostos (DLI). Em Natal, lojistas de shopping e de lojas de rua de toda a cidade já confirmaram participação no evento que tem por objetivo protestar pelas altas cargas tributarias e o baixo retorno dos impostos arrecadados como saúde, educação, transporte e segurança para população, no Brasil.

Entre as lojas âncoras da ação estão marcas conhecidas do consumidor potiguar como Sport Master, Comjol, Rio Center, Miranda Computação, Pittsburg, Óticas Diniz, Stalker, Arezzo Midway, Fio a Fio, Lacoste Midway, MR. Cat Midway, Pequeninos, Pratas Art, Óticas New Vision, Vai Lá e Arrasa, Soft Perfumes, Romance Brazil, La Femme, Santa Rosa Acessórios, Pequeninos, Matersol, Adega São Cristovão e Frigoiás. Existem lojas que ativam no dia, em seus pontos físicos, e não aparecem na plataforma da campanha. São mais de 200 empresas participando do movimento.

Um dos destaques também é o Posto de Combustível ALE, em Candelária, que terá gasolina a R$4,87 o litro, cerca de 35% de desconto, referente aos impostos. O combustível em oferta será limitado a 20L por pessoa, 4 mil litros no total. Acesse o site www.dialivredeimpostos.com.br e confira a lista. Acompanhe também as lojas participantes e a localização delas pelo aplicativo CDL Jovem Natal. Baixe o seu no APP Store ou no Google Play Store gratuitamente.

Na ação, itens como roupas, produtos de tecnologia e gasolina podem ser adquiridos com descontos que podem chegar a até 70%, correspondentes aos impostos que incidem sobre as mercadorias. O Dia Livre de Impostos (DLI) é uma campanha promovida pelas Câmaras de Dirigentes Lojistas Jovem (CDL Jovem) de todo Brasil que compõe o sistema CNDL e com participação da sociedade. Os lojistas participantes arcam com os custos e abrem mão de margens de lucro para evidenciar o peso dos impostos para os compradores.

“O projeto DLI, que é liderado pela CDL Jovem local e nacional, busca tirar de cima do empresário a responsabilidade por preços altos de produtos e serviços e destacar que há uma elevada carga tributária envolvida. Com isso, buscamos trazer a população como um todo para somar forças e se engajar na busca por um sistema tributário mais justo. Um comércio pujante, representa uma cidade pujante. O imposto não pode ser uma barreira para o desenvolvimento, mas sim, um aliado”, explica o presidente da CDL Jovem de Natal, Saulo Medeiros.

Saulo lembra que o Impostômetro, ferramenta que calcula quanto de impostos os brasileiros pagam, alcançou, em 2022, o valor arrecadado de R$ 1 trilhão no dia 3 de maio. Em 2021, a marca havia sido atingida em 19 de maio, 16 dias antes. “O que isso quer dizer? Os impostos estão aumentando. Isso reforça nosso grito para alertar a alta carga tributária”, afirma.

*Com informações do Agora RN