DEM pode fundir com PSL e comandar a sigla, diz Francischini em áudio

Felipe Francischini fala em reunião do PSL que deseja frear fusão com o DEM [Pablo Valadares/Câmara dos Deputados]

Em áudio vazado de uma reunião privada da ala bivarista do PSL, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Felipe Francischini (PSL/PR), revela os bastidores de um plano que estava sendo debatido nos bastidores do Congresso Nacional: uma possível fusão do PSL com o Democratas. O áudio foi divulgado pelo R7.

Sob o pretexto de comemorar o aniversário do deputado Alexandre Frota (PSDB/SP), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), reuniu Felipe Francischini, Mendonça Filho (DEM/PE) e o vice-presidente do PSL Antônio Rueda (PE). O assunto de pauta foi a fusão que pode fazer do partido o maior do país. Além dos presentes, houve uma ligação para o presidente nacional do DEM, ACM Neto (BA).

“Ontem a gente foi na casa do Rodrigo, tava o Mendonça, tava o Rodrigo Maia ligando pro ACM, comigo e com o Rueda. Eles estão louco esperando para fazer a fusão do Democratas com o PSL. Eu tô tentando segurar essa porra, porque eu não quero que aconteça”, disse Francischini no áudio vazado na imprensa.

O presidente da CCJ alerta que caso a fusão aconteça, os deputados do PSL perderão espaço, protagonismo e verba pública. “Se a bancada passar o recado que não está com o partido, eles vão fazer a fusão e vão liderar todo mundo aqui. Sem levar fundo, sem levar porra nenhuma e o Democratas vai ficar com o dinheiro de todos vocês aqui”, diz.

Outro ponto forte do áudio é o momento em que Felipe Francischini afirma a falta de diálogo com o presidente Bolsonaro. O Congresso em Foco publicou na última terça-feira (15) reclamação semelhante feita pelo líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir, que revelou não falar com o presidente desde a eleição. “Então não tem chance de dar certo o jogo com o Palácio, porque o Palácio não combina o jogo com ninguém”, se queixou Francischini.

Caso a fusão se confirme e não haja nenhuma expulsão e nem pedidos de desfiliação, o novo partido ficará com 80 deputados federais.

Congresso em Foco

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