O professor de educação física e candidato ao governo do Estado pelo PSTU, Dário Barbosa, passou pela sabatina promovida pela rádio 96FM. Ele defende uma substituição completa de quem faz a política no estado, com o fim das oligarquias familiares, as falsas promessas de renovação e o não pagamento da dívida pública para que o País e os Estados possam investir em educação, saúde e segurança e gerar empregos.
Para Dário Barbosa, será impossível a realização de qualquer mudança quando a União – por meio da aprovação de um orçamento – destina 43% ao pagamento da dívida pública, com um valor superior a R$ 2 trilhões, dos quais o Rio Grande do Norte terá que contribuir com pelo menos R$ 1 bilhão por ano. Dário Barbosa considera um absurdo as instituições financeiras – com destaque para os bancos – não pagarem impostos. Para ele, isso mostra o quanto o Brasil é desigual.
Dário Barbosa destacou que o Brasil passa por um processo de esfacelamento de todos os estados. Diante deste quadro, que ele considera calamitoso, ele defende uma rebelião da sociedade para que o Estado garanta os direitos dos cidadãos. “A sociedade precisa ser reconstruída porque os três poderes só funcionam bem para os ricos. Em Brasília, por exemplo, dos 512 deputados, metade passa por algum tipo de processo na justiça por corrupção”, explicou.
De acordo com Barbosa, a única maneira dos estados conseguirem garantir o funcionamento da máquina é não pagando ou renegociando o pagamento da dívida pública. “Você tem um orçamento de R$ 3,5 trilhões para o próximo ano, dos quais R$ 2 trilhões serão para pagar juros dívida pública. Como haverá investimentos? Não tem como. Por isso, a sociedade deve se preparar para uma revolução sem violência – uma rebelião racional. O Brasil já está em guerra e uma das provas está nos homicídios: 60 mil por ano. No Rio Grande do Norte, as grandes empresas e as pessoas mais ricas devem – em impostos – R$ 7 bilhões. O nosso Estado gasta R$ 130 milhões com a Arena das Dunas por ano e apenas R$ 6 milhões com o Hospital Walfredo Gurgel. É aí que precisamos trabalhar”, disse Barbosa.
O candidato do PSTU defendeu, ainda, um novo pacto federativo, principalmente porque da maneira que é hoje os municípios ficam apenas com 17% dos impostos, 23% vão para os Estados e o restante vai para a União. “Isso é um absurdo. Pior ainda é um banco público, como o BNDES, emprestar bilhões a grandes empresas e dificultar o microcrédito, quando todo mundo sabe que as microempresas juntas geram mais empregos. Outra coisa: fala-se que no Brasil tem muito servidor público, mas é o contrário. Nos Estados, 16% da população são servidores, nos países da Europa passam de 20% e aqui no Brasil não chega a 4% e ainda dizem que o Estado está inchado. Temos que investigar para onde está indo o dinheiro dos impostos”, disse Barbosa.
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