Amaro Sales diz que Agenda Potiguar 2019/2022 é mapa da mina para os candidatos
Pensar o futuro, debater propostas de Governo que fomentem o desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Norte. Neste contexto, o Sistema FIERN promove o Fórum Caminhos do RN, evento no qual os candidatos ao governo do Estado apresentarão suas ideias e planos de governo. O evento, que acontece nos dias 20, 21 e 22, recebeu, em sua abertura, a senadora Fátima Bezerra (PT), na manhã desta segunda-feira (20), na Casa da Indústria. Antes, a candidata junto com o presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo, concederam entrevista coletiva.
O presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo, disse que a preocupação do setor produtivo potiguar com a situação do Estado levou a FIERN a se colocar à disposição para contribuir com o debate de propostas importantes a retomada do crescimento econômico. Para isso, o Sistema FIERN promoveu a atualização do programa MAIS RN, com a Agenda Potiguar 2019/2022, que será entregue a todos os candidatos e discutidos durante a realização do Fórum.
O MAIS RN, explica ele, não é um programa de Governo, mas um programa de Desenvolvimento Estratégico do Estado. “Os postulantes ao Governo terão, com a entrega do MAIS RN, acesso a um mapa da mina para, se eleito, ter como reduzir as dificuldades existentes. A Agenda traz uma radiografia, um diagnóstico da estrutura do RN, em oportunidades, seus gargalos e setores que se completam na suas necessidades, além de metas, objetivos e ações”, frisa o presidente.
Durante a coletiva, ele revelou que será criado um observatório do MAIS RN, no portal da FIERN, para acompanhar a implantação das metas e propostas sugeridas na Agenda Potiguar, pelo próximo Governo. “Faremos este acompanhamento da execução das nossas sugestões e recomendações, como estamos abertos para dar o apoio necessário”, afirma.
O presidente lembra que se as ações sugeridas pelo estudo na primeira versão, lançada em 2014, tivessem sido executadas, a trajetória de declínio do estado poderia ser um pouco diferente. Em 2012, o Rio Grande do Norte despontava como a 12ª economia do país e, dois anos depois, caiu para 14ª posição. E, se nada for feito, alerta ele, a projeção é de que, em 2022, o RN ocupe a 23ª posição do ranking de desenvolvimento econômico do país. “Nossa preocupação é que, quando a economia do estado não consegue se recuperar e crescer, a conta é para toda a sociedade, não apenas para a FIERN ou um setor ou atividade específicos. Mas todos sofrem essa consequência”, destaca.
Uma das prioridades destacadas no estudo e que devem compor o programa do próximo Governo, na avaliação do presidente, é o de tornar o ambiente de negócios mais atrativo para o investimento privado, de modo a ampliar o número de empresas operando, gerando emprego e renda. O setor da indústria potiguar possui mais de 10 mil empresas industriais e emprega mais de 100 mil trabalhadores. Os números, entretanto, pondera Amaro Sales, poderiam ser melhores caso houvesse segurança jurídica e maior eficiência dos órgãos licenciadores.
“Temos dez projetos e um grande potencial para instalação de resorts, mas apenas um, o Vila Galé, está instalado, com 500 empregos e que futuramente pode mudar a realidade da região do litoral norte do estado. Se o ambiente fosse mais favorável, poderíamos ter mais. Vamos discutir esses gargalos e metas para avançar”, disse.