RN terá menos de 500 policiais civis em 10 anos, alerta sindicato

Nilton Arruda, presidente do Sinpol RN

“A diminuição do efetivo da Polícia Civil é uma realidade preocupante e, caso não seja revertida nos próximos anos, alcançará números insustentáveis”. O alerta é do Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte. Segundo o Sinpol , no início de janeiro deste ano, por exemplo, o efetivo era de 1.401 policiais, entre agentes, escrivães e delegados. Em outubro, porém, caiu para 1.358.

O levantamento feito pelo sindicato também revela que, se não houver novas contratações, em 2029 o efetivo será menor que 500. “No decorrer dos próximos 10 anos, 869 policiais civis estarão aptos a aposentadoria”, acrescentou o Sinpol.

De acordo com Nilton Arruda, presidente do Sinpol, “com baixo efetivo e a perda mensal de policiais que se aposentam, as investigações se tornam cada vez mais lentas e inconclusivas”.

Com um déficit de 73,6%, a Polícia Civil do RN possui 3.792 cargos vagos (conforme Lei Estadual 417/2010).

“Esses números impactam de forma significativa no aumento da violência do Estado. Quem contestar essa afirmação, e não concordar com um real aumento do efetivo da nossa Polícia Civil, estará indo contra uma política de ação em desfavor da criminalidade. A violência vem cada vez mais afetando a economia do estado e a vida dos norteriograndenses”, destaca Nilton.

Nota

A Polícia Civil conta atualmente com 1.358 policiais civis em atividade, incluindo delegados, agentes e escrivães. Em relação ao concurso público, a instituição tem acompanhado os trabalhos da comissão, que está sob a coordenação da Secretaria de Estado da Administração (SEAD), havendo previsão de lançamento do respectivo edital até o fim do ano. A delegada-geral Ana Cláudia Saraiva reforça a necessidade da realização do concurso público para reposição e contratação de novos policiais, tendo em vista que diversas ações planejadas esbarram na insuficiência de efetivo. Por outro lado, a Polícia Civil tem buscado alternativas para o déficit a curto prazo, como a redistribuição de policiais, visando otimizar os recursos humanos já existentes.

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