agosto 2018

PSOL registrou maior número de candidaturas, aponta TSE

Agência Estado

Na primeira atualização do novo portal de estatísticas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o órgão oficializou o registro, feito pelos partidos, de 250 candidaturas para as eleições deste ano. O PSOL é a legenda que mais oficializou candidatos – 104 no total, seguido do Novo, com 43, e do PSL, com 38.

As candidaturas ainda não constam como “aptas”, mas apenas como “cadastradas”. Os pedidos de registro de candidatura protocolados recebem essa designação de início até serem deferidas.

A maioria das candidaturas registradas até o momento é para vagas nas Assembleias Legislativas – 116. Para deputado federal foram registradas 97. Também estão cadastrados nove postulantes ao cargo de senador e 18 suplentes ao Senado. Cinco candidatos a governador aparecem no portal. Roberto Robaina (PSOL), do Rio Grande do Sul; Márcio Souza (PSOL), de Sergipe; Coronel Ulysses (PSL), David Hall (Avante) e Janaína Furtado (Rede), os três do Acre.

Uma única candidatura já aparece como “inapta”, a de Max da Silva Teodoro, que registrou candidatura para segundo suplente de Senador pela Rede do Acre, mas ele desistiu de concorrer e teve a renúncia homologada pelo juiz eleitoral.

O TSE também divulgou dados sobre o perfil dos candidatos registrados: 71,2% são homens e 28,8% são mulheres. Casados são 50,4% e 37,6%, solteiros. A maioria tem entre 40 e 49 anos (89 candidatos) e 56% têm ensino superior completo. Quanto à cor/raça declarada, 50,4% se identificam como brancos e 36,4%, como pardos. Pretos são 10,8%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Robinson acusa Alves, Maia e Rosado de “boicotar” folha de pagamento

Pré-candidato à reeleição pelo PSD, o governador Robinson Faria acusou “ex-governadores” do Rio Grande do Norte, em uma clara referência aos senadores Garibaldi Alves Filho (MDB) e José Agripino Maia (DEM), de “boicotarem” seu governo em Brasília, ao dificultarem a liberação de recursos para o Estado.

Em entrevista à rádio 96 FM, Robinson denunciou que os ex-governadores teriam influenciado ministros do Tribunal de Contas de União a vetar, apesar de o presidente Michel Temer (MDB) ter autorizado, o envio de R$ 600 milhões para o Rio Grande do Norte, dinheiro que poderia ser usado no pagamento dos salários de servidores públicos.

Confira os pontos da entrevista:

CRISE ECONÔMICA
“O Rio Grande do Norte foi o estado do Nordeste que mais empobreceu ao longo dos últimos 14 anos. Me entregaram o Estado quebrado, destruído. Aliado a isso, pegamos sete anos de seca. O Brasil quebrou também e, com isso, caiu a arrecadação dos repasses constitucionais. E tivemos ainda a Petrobras quebrada, que era um braço forte de nossa economia. Tudo isso de uma só vez”.

ERROS DE GESTÕES PASSADAS
“Os estados vizinhos tiveram planejamento, preparação e enxugamento da máquina, o que lhes deram condições de enfrentar a crise, independentemente da situação nacional. No RN, foi o contrário: houve muita gastança, e eu recebi um estado totalmente quebrado. A ex-governadora [Rosalba Ciarlini], quando estava terminando o mandato, teve de pagar a folha usando o dinheiro do fundo previdenciário. Agora, nós conseguimos, mesmo sem vender patrimônio e sem demitir nenhum servidor público, atravessar a crise. Faltam apenas R$ 100 milhões para colocarmos as finanças em dia, ou seja, colocar a despesa dentro da receita”.

“BOICOTE DO ACORDÃO”
“Os ex-governadores que quebraram o Rio Grande do Norte, e que agora estão unidos em torno de mais um Alves, estão com saudade de quebrar mais o Estado. Quando fui a Brasília tentar regularizar a folha, fiquei só. Consegui até uma medida provisória de R$ 600 milhões, mas era eu saindo de uma porta e eles entrando na outra para falar com os ministros do TCU para não liberar o dinheiro. Eu posso provar e vou mostrar quem foram eles. Eu tenho testemunha. Os próprios ministros disseram que ficaram indignados com os políticos que foram lá para não liberar o dinheiro para pagar o servidor. Era para a folha estar em dia há muito tempo, se eu não tivesse sido boicotado pelo acordão Alves, Maia e Rosado”.

CARLOS EDUARDO E ROSALBA
“É o candidato das famílias Alves, Maia e Rosado, que estão formando o ‘acordão dois’, que reúne as famílias que quebraram o Estado. O ex-prefeito de Natal cometeu um estelionato eleitoral: se elegeu prefeito e depois abandonou a cidade, deixando no lugar um vice-prefeito que nem de Natal é. Esse candidato disse que vai botar a folha em dia, mas demitindo servidor. Ele disse isso em uma rádio em Apodi. Ele vai ter o troféu de governador carrasco, se for eleito. Mas, para a sorte do servidor, ele não será eleito”.

CRÍTICAS AOS ADVERSÁRIOS
“Eu enfrentei três rebeliões e mais uma greve de policiais e ninguém chegou para me ajudar. Onde estava Fátima Bezerra? Se escondeu. Onde estava o prefeito de Natal, cidade onde ônibus estavam sendo incendiados e o comércio atacado? O ex-prefeito se escondeu, não deu um telefonema. Ficou foi torcendo contra. E ainda veio à rádio para criticar a polícia. Ele pensava somente na ambição desvairada de ser candidato ao Governo. Preferiu ficar escondido covardemente”.

SEGURANÇA PÚBLICA
“Eu elegi essa área como a política pública principal do meu governo. E eu procurei fazer o meu dever de casa. Promovi policiais, cumpri todas as demandas reprimidas que havia com a Polícia Civil e acabei de lançar o concurso para 1 mil novos policiais militares. Dobramos o investimento na área de segurança pública. Alugamos e compramos automóveis e fizemos o Ronda Cidadã e o Ronda Integrada. Mas isso não foi suficiente porque a segurança hoje é uma guerra nacional”.

ALCAÇUZ
“Foi construída pelo ex-prefeito de Natal na gestão dos Alves. Era um castelo de areia, de onde se fugia cavando um túnel com as mãos. Por isso teve tanta fuga. Alcaçuz virou um caos, um caldeirão do diabo. Paguei o preço de uma gestão incompetente, que construiu o presídio em cima de uma duna. Mas, em poucos meses, transformei um castelo de areia em um presídio de segurança máxima. Foi do caos ao case. Hoje é um modelo de sucesso. E vai ser inaugurada agora em Ceará-Mirim uma nova cadeia pública, com mais de 600 vagas e ainda com capacidade de ampliação. Fiz também concurso para agentes penitenciários”.

SAÚDE PÚBLICA
“Em vez de colocar um birô no Hospital Walfredo Gurgel, regionalizei as cirurgias de ortopedia e de trauma. Eu levei vários Walfredos Gurgel para o interior. Hoje há cirurgia ortopédica em Pau dos Ferros, Mossoró, Caicó e Currais Novos. Em Macaíba, tem maternidade e UTI. Em Parnamirim, o Hospital Deoclécio Marques saiu de 80 para 160 leitos. Além disso, inaugurei 10 leitos de UTI. Além disso, está em obra o Hospital da Mulher, em Mossoró”.

EDUCAÇÃO
“Sabe quantas escolas de tempo integral existiam no Rio Grande do Norte antes de eu ser governador? Nenhuma, zero. Hoje temos 49 escolas de tempo integral. É motivo de orgulho, de celebração. Além disso, vou inaugurar agora a biblioteca Câmara Cascudo, que talvez seja a melhor do Nordeste. Também fiz concurso para 5 mil professores e fiz promoções”.

OBRAS SOCIAIS
“O Brasil vive o pior momento da sua economia. Isso significa desemprego, pobreza e fome. Pensando nisso, o nosso governo criou um programa na área social de acesso à alimentação. É o maior programa de acesso à alimentação da história do Rio Grande do Norte, talvez o melhor do País. É o Restaurante Popular, o Café Cidadão e a Sopa Cidadã. Quase 1 milhão de pessoas estão sendo beneficiadas”.

Agora RN

“Sabia que eu era o cabra marcado para morrer”, e “O PT não quer que eu seja a renovação” diz Ciro Gomes sobre revés em aliança

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, disse nesta quarta-feira, 1º, que não desistiu de receber o apoio do PSB, que fechou um acordo com o PT e se comprometeu a anunciar a neutralidade no primeiro turno das eleições 2018, e que ainda aguarda uma comunicação oficial da legenda sobre a decisão.

“A vida de candidato é dura no Brasil, não é moleza não. Evidentemente, eu não escondo as coisas que eu desejo, é o meu estilo. E eu desejo muito – eu não falei desejava, eu falei desejo muito – o apoio do PSB”, afirmou Ciro, em entrevista à GloboNews na noite desta quarta-feira. O candidato justificou o desejo de apoio citando afinidades históricas da sigla com o trabalhismo, relações fraternas com “a esmagadora maioria dos quadros” da legenda e a comum preocupação “com a degradação de uma certa esquerda mais tradicional no Brasil e a falta de perspectiva de futuro”.

“No momento em que eu lhes falo, eu não recebei nenhuma carta, nenhum sinal de fumaça, nenhuma mensagem. E eu me comporto mais ou menos assim: eu costumo ligar para as pessoas, dar satisfação das minhas coisas, então, estou aguardando que se confirme isso. E se isso se confirmar, é um revés, mas não me abate nem me surpreende. Quando entrei nessa luta, sabia bastante bem que eu era o cabra marcado para morrer”, afirmou.

Sobre a atitude particular do PT de se opor à sua candidatura, Ciro avaliou que é “hostil ao País”, porque coloca o Brasil “à beira do abismo”, uma vez que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve conseguir ser candidato. Segundo Ciro, no quadro eleitoral o candidato Jair Bolsonaro (PSL) “sombreia” Geraldo Alckmin (PSDB) e Lula o “sombreia”. “O PT não quer que eu seja a renovação do pensamento progressista brasileiro.”

O candidato ainda destacou que MDB, PSDB e PT estão fazendo, segundo ele, um esforço para mantê-lo isolado. “Devo ter algo muito especial”, disse.

O pedetista também afirmou que sempre teve um “backup” para a vice-presidência, caso não fechasse alianças, mas disse que ainda é cedo para anunciar qual seria o nome.

ESTADÃO CONTEÚDO

Getúlio Batista recebe apoio do grupo político de Júlio Protásio em Natal

O pré-candidato a deputado estadual e presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) no Rio Grande do Norte, Getúlio Batista, participou na noite da última terça-feira, 31, de um encontro promovido pelo ex-vereador Júlio Protásio com diversos correligionários no Espaço Cuxá, em Natal.

O evento serviu para que o ex-vereador da capital apresentasse os candidatos que terão seu apoio no pleito do próximo dia 7 de outubro, e Getúlio é o candidato do grupo à uma cadeira na Assembleia Legislativa no próximo quadriênio. Feliz com a parceria, o presidente do PTB-RN agradeceu ao apoio dado por Protásio.

“É uma satisfação muito grande estar dentro do grupo de Júlio, uma pessoa que a cada dia que passa se mostra mais organizada e empenhada com os projetos que decide apoiar. Para mim é uma honra e espero junto a todos os amigos alcançar o nosso grande objetivo, que é estar na Assembleia a partir de 2019”, projetou.

Marina diz que vai mudar “pontos draconianos” da reforma trabalhista

Estadão

A pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, disse, em entrevista ao programa Central das Eleições, da GloboNews, que não vai revogar a reforma trabalhista, mas vai corrigir “pontos draconianos” da legislação.

Entre eles, Marina citou a exposição de grávidas e lactantes a ambientes insalubres em caso de ausência de laudo médico e o ponto que diz que os custos de uma ação trabalhista serão pagos por quem perder o processo, o que, segundo ela, tem desestimulado os trabalhadores a entrarem na Justiça contra as empresas.

A pré-candidata criticou a reforma aprovada pelo governo Michel Temer porque, segundo ela, foi feita às pressas e sem discussão e, no fim, criou insegurança jurídica. Marina disse que manteria o fim do imposto sindical, mas que é preciso definir como os sindicatos vão existir e com que forma de contribuição.

Sobre a reforma da Previdência, a ex-ministra do Meio Ambiente evitou expor suas opiniões. Ela foi instada a falar sobre a idade mínima, mas disse apenas que propõe o debate sobre o assunto. “A minha opinião é de que devemos fazer o debate. Em relação à idade dos homens e mulheres, quero debater com os especialistas.” Ela completou que os privilégios da aposentadoria dos militares têm de ser encarados.

Alianças

Sobre a aliança entre Rede e Podemos no Rio, beneficiando o pré-candidato ao Governo do Estado Romário (Podemos), Marina sugeriu ter ficado pouco satisfeita. “No Rio de Janeiro, eu queria manter a candidatura do Miro (Teixeira, deputado federal), mas ele resolveu que iria fazer aliança com o Romário. Meu palanque vai ser do Miro. Não estou em aliança com o Romário, o palanque dele é do Álvaro Dias (pré-candidato à Presidência do Podemos)”, disse, negando ter um comportamento incoerente em relação as alianças.

Segundo ela, o posicionamento da Rede é de autonomia dos Estados “Diziam que a Rede seria o partido da Marina. Não sou dona da Rede. Dou a minha opinião, se sou ouvida, ótimo, mas entendo o partido como um movimento.”