agosto 2018

Cabo Daciolo foi o candidato que mais cresceu nas buscas digitais durante debate da BAND seguido de Ciro Gomes e Boulos. Bolsonaro liderou

FOTO: PAULO WHITAKER / REUTERS

A fala enérgica, as insinuações mirabolantes, termos despojados e as múltiplas menções a Deus serviram para o candidato Cabo Daciolo (Patriota) se transformar em um dos protagonistas do primeiro debate presidencial dessa eleição. Segundo os dados do Google Trends, o deputado fluminense foi o participante que mais cresceu nas buscas na internet. Guilherme Boulos (PSOL) foi outro nome que capitalizou bastante com sua participação no debate, já Marina (Rede) e Alckmin (PSDB) ficaram na lanterna no índice de pesquisa.

Antes da transmissão da Band ser iniciada, Jair Bolsonaro praticamente monopolizava as buscas no google, com 70% do total. Porém, ao final do debate, sua porcentagem caiu para 25%, quase empatado com Cabo Daciolo, que saiu de 1% para 22%. Ciro Gomes e Guilherme Boulos também foram nomes bastante procurados, e chegaram aos 14%. Por outro lado, Marina Silva e Geraldo Alckmin, candidatos dos mais antigos no pleito, dividiram a lanterna, com míseros 4%.

O termo relacionado a Daciolo mais procurado no Google foi “Ursal”, que significa a “União das Repúblicas Socialistas da América Latina”. O assunto surgiu no momento mais inusitado do debate, quando o deputado perguntou a Ciro Gomes sobre suas supostas ligações com o Foro de São Paulo e a Ursal. O pedetista não segurou o riso, e respondeu que Daciolo não lhe conhecia, pois ele nunca fez parte de nenhuma das organizaçoes citadas.

O Rio, domicílio eleitoral do deputado, foi o estado de onde mais se originaram as buscas sobre Daciolo. Ao longo do debate, ele protagnoziou vários momentos que levantaram a plateia. Logo na sua apresentação, outros candidatos riram discretamente, por causa da sua fala enérgica. Já nas considerações finais, ele puxou uma bíblia e leu um trecho.

Pelo perfil das buscas, o estilo cômico de Daciolo foi o que alavancou o interesse do público, e não seus projetos de governo, que mesclavam entre o nacionalismo, as estatizações e a religiosidade.

Marina e Alckmin estagnados

A lanterna da corrida digital foi dividida por Marina Silva e Alckmin. Apesar dos dois candidatos já serem bastante conhecidos, o que diminui a necessidade de pesquisa, chamou a atenção o desinteresse que a audiência demonstrou pelos dois nomes. A Rede, por exemplo, partido de Marina, costuma promover ações na internet para alavancar a candidata. Mas dessa vez parece não ter funcionado.

O GLOBO

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Corrupção, economia e contas públicas são temas do 1º debate presidencial

Oito candidatos à Presidência da República participam de debate presidencial na TV Bandeirantes, localizada na zona sul de São Paulo (SP) – 09/08/2018 (Paulo Whitaker/Reuters)

Após quatro anos marcados pela Operação Lava Jato e pela crise econômica no Brasil, o primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República nas eleições de 2018 foi marcado por discussões, entre outros temas, sobre corrupção, economia e a gestão das contas públicas.

Candidato mais escolhido pelos adversários para responder perguntas, Geraldo Alckmin (PSDB) foi criticado pela aliança com o grupo de partidos conhecido como Centrão e respondeu alegando a necessidade de buscar “governabilidade”. Um dos menos acionados, Ciro Gomes (PDT) reclamou de sofrer “bullying” dos adversários.

Enquanto os postulantes com mais experiência no Executivo, casos de Alckmin, Ciro, Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB) procuraram exaltar seus feitos e passagens de destaque, outros, casos de Cabo Daciolo (Patriota) e Jair Bolsonaro (PSL), se concentraram em criticar a “velha política” e defender a substituição dos atuais políticos.

Marina Silva (Rede), apesar de ter sido ministra do Meio Ambiente e senadora, não falou muito sobre suas passagens anteriores. Também sem experiência política, Guilherme Boulos (PSOL), que pediu a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não falou tanto sobre mudanças radicais na política, se limitando a defender medidas duras contra excessos que enxerga no setor financeiro e na falta de cobrança de impostos sobre os mais ricos.

Atual presidente, Michel Temer (MDB) apareceu no debate apenas como uma “batata quente”. Candidato do seu partido, Henrique Meirelles disse novamente ser o candidato do seu histórico e, sempre que relacionado ao governo, lembrava de ter também comandado o Banco Central no governo Lula. Tentando relacionar candidatos de outros partidos que participaram do governo ao presidente impopular, em especial Alckmin, Boulos disse haver “cinquenta tons de Temer” no debate.

Os candidatos recorreram, algumas vezes, a figuras externas que imaginaram ter potencial para impulsionar as suas candidaturas. Geraldo Alckmin e Jair Bolsonaro mencionaram diversas vezes seus candidatos a vice. O tucano mencionando diretamente a senadora Ana Amélia (PP-RS), enquanto o candidato do PSL exaltava a posição de general da reserva do seu parceiro de chapa, Hamilton Mourão (PRTB). Em outras quatro oportunidades, Alvaro Dias prometeu nomear o juiz Sergio Moro, da Operação Lava Jato, para o Ministério da Justiça.

VEJA

Nina Souza critica desativação de Fórum na Zona Norte

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) irá desativar até o fim do ano o Fórum Varella Barca, o único da zona Norte de Natal. A decisão foi criticada pela vereadora Nina Souza (PDT), que também é advogado.

“Essa medida representará um grande retrocesso para o Judiciário, dificultará as ações e o trabalho realizado a favor da população. Momento é de fazer um apelo para que esta decisão seja revista”, disse Nina Souza.

Todos os serviços atualmente prestados na unidade serão transferidos para o Complexo Judiciário, em Potilândia. Serão transferidos quatro Juizados Especiais e três Varas Criminais. No prédio do Varella Barca, irá funcionar um novo centro de solução de conflitos.

Nina também demonstrou preocupação pelo fato de que, com a mudança, as pessoas precisarão se locomover da zona Norte para Potilândia, contribuindo para a piora do trânsito e do transporte público.

PT confirma ‘debate paralelo’ com Haddad e Manuela pela internet

A candidata à Presidência da República, Manuela D’Avila (PCdoB), participa de conferência com Fernando Haddad, em São Paulo (SP) – 07/08/2018 (Paulo Whitaker/Reuters)

Com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso e impedido pela Justiça de participar do debate presidencial da TV Bandeirantes, que acontecerá na noite desta quinta-feira, 9, o PT confirmou que fará uma transmissão paralela pela internet durante o programa.

O “Debate com Lula”, como será chamado, reunirá o candidato a vice-presidente na chapa anunciada pelo partido, Fernando Haddad, a deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) – escolhida para ser vice na chapa após a Justiça Eleitoral definir a situação do ex-presidente na disputa -, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e o coordenador da campanha, José Sergio Gabrielli.

O debate paralelo começará às 22h, no mesmo horário da programação da emissora de TV. O PT avalia que um programa pelas redes sociais daria mais exposição a Haddad e Manuela do que se os dois fossem ao debate na TV como convidados.

A estratégia do partido é vincular diretamente os candidatos à imagem de Lula, preso em Curitiba desde 7 de abril.

O debate da TV Bandeirantes, primeiro da eleição presidencial de 2018, terá a participação de presidenciáveis de todos os partidos com representação na Câmara dos Deputados: Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT). A mediação será feita pelo jornalista Ricardo Boechat.

Santa Maria: Nilson Urbano e vereadores decidem apoiar a pré-candidatura de Jácome ao Senado

Ex-prefeito do município de Santa Maria, região agreste potiguar, Nilson Urbano juntamente com os vereadores Júnior Braz, Sérgio Reis, Arthur César, o ex-vereador Max e o assessor José Eider, decidiram na tarde desta quinta-feira, 09, em reunião com Jácome, apoia-lo para o Senado nas eleições de 2018.

Quem também passa apoia-lo é o prefeito do município de Itajá, Alaor, acompanhado pelo ex-prefeito Gilberto e dos vereadores José Valderi, Francisca de Guegue, Carlos Marcondes, Maxisilvam, José Menino e Canindé Guegue, se reuniram para apresentar e discutir ideias para o desenvolvimento da saúde na cidade.