Justiça do RN condena mulher por furto qualificado em restaurante de Santa Cruz

Justiça

A Justiça potiguar condenou uma mulher pelo crime de furto qualificado ocorrido em 2021, durante seu expediente de trabalho como operadora de caixa em um restaurante localizado no município de Santa Cruz, interior do Rio Grande do Norte. A decisão é da 1ª Vara da Comarca local e leva em consideração provas colhidas por meio de imagens de câmeras de segurança instaladas no estabelecimento.

Segundo o processo, a mulher foi flagrada retirando uma nota de R\$ 100,00 do caixa do restaurante e, em seguida, ocultando o valor sob uma das pernas e, posteriormente, na capinha do celular. O Ministério Público argumentou que o furto se deu com abuso de confiança, já que a trabalhadora exercia função de responsabilidade no local, que tem como sócio seu marido.

A denúncia foi apresentada após o outro administrador do restaurante identificar discrepâncias frequentes nos valores registrados. Ele relatou ter instalado o sistema de vigilância como medida para apurar as irregularidades.

Em seu depoimento, a mulher alegou que o dinheiro era de seu companheiro e que apenas o havia guardado temporariamente. No entanto, o juiz responsável pelo caso não acolheu essa justificativa, considerando as imagens como prova contundente da ação. O magistrado ressaltou que a atitude da ré se deu de forma intencional e durante momento de descuido das demais pessoas no ambiente.

A pena fixada foi de dois anos de reclusão em regime aberto, mas, por não haver violência ou grave ameaça, a sanção foi substituída por medidas alternativas. A mulher deverá cumprir 730 horas de serviços comunitários, em local ainda a ser definido, e pagar multa no valor de R\$ 5.500,00, conforme sua condição econômica — já que atua como servidora pública e enfermeira.

A decisão reforça a importância da transparência nas relações de trabalho e da responsabilidade no exercício de funções de confiança. A Justiça destacou ainda o caráter educativo da pena alternativa, voltada para a reparação simbólica à sociedade.

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