Trabalhadores da educação de Parnamirim entram em greve nesta quinta
Os trabalhadores da educação de Parnamirim, Região Metropolitana de Natal, irão entrar em greve na próxima quinta-feira (20). Decisão foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Parnamirim (Sintserp) e realizada no dia 13 de abril, sendo consequência da falta de progresso nas discussões sobre o pagamento do reajuste do piso salarial nacional para os profissionais do magistério da educação básica do município.
A greve só terá inicio nesta quinta-feira devido a Lei de Greve Geral, que indica um intervalo de 72 horas entre a publicação de edital para o inicio da grave. Em suas redes sociais, o Sintserp orientou a categoria a realizar diversas atividades nos locais de trabalho e polos com a presença de toda a comunidade escolar.
A Tribuna do Norte entrou em contato com Gildásio de Figueiredo, secretário de educação e cultura de Parnamirim, para falar sobre a situação. Em entrevista, o secretário apontou que o sindicato tem o entendimento que o professor com 30 horas tem direito ao piso, mas que “o piso salarial, aquele piso que estava decidido em R$ 4.420,55 é para o professor com 40 horas”.
De acordo com ele, o contrato de trabalho dos professores no município é de 30 horas, fazendo com que fosse oferecido a categoria um reajuste de 6%, que chegaria a 3300 reais. Na visão do secretário, esse valor estaria dentro do piso dos profissionais, pois seria a multiplicação do valor divulgado na portaria assinada pelo ministro da educação com 0.75, o que representaria uma redução de 10 horas no tempo de trabalho, das 40 horas que supostamente seriam abrangidas pelo piso. A proposta de reajuste foi recusada pela categoria.
Gildásio de Figueiredo apontou que a prefeitura irá aguardar a judicialização da grave. “O município vai entrar com uma ação na justiça assim que for informado, e dependendo da decisão, se vamos ser chamados para algum acordo ou coisa do tipo, iremos esperar para sentar com o sindicato”, disse o secretário.
O reajuste salarial referente ao piso nacional do magistério, no valor de 14,95%, vem sendo motivador de protestos por parte da categoria no RN em 2023. Recentemente, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) chegou a deflagrar uma greve que durou mais de um mês, com as aulas sendo retomadas somente no dia 13 de abril.
Tribuna do Norte