12 de janeiro de 2022

RN registra queda de 12,9% no número de homicídios em 2021, aponta Sesed

Segundo governo, RN reduziu número de mortes violentas em 2021 — Foto: Divulgação

O número de mortes violentas no Rio Grande do Norte teve queda de quase 13% em 2021 na comparação com o ano anterior, segundo levantamento da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesed) divulgado nesta quarta-feira (12).

De acordo com a pasta, a consolidação dos dados estatísticos de condutas violentas letais e intencionais, os chamados CVLIs, aponta que foram registradas 1.306 homicídios de janeiro a dezembro do ano passado, contra 1.500 ao longo de 2020.

Com isso, o estado volta a registrar redução do número de mortes, após apresentar um crescimento de cerca de 3% entre 2019 e 2020.

Ainda segundo a secretaria, o número de mortes violentas em 2021 foi o menor registrado no estado desde o ano de 2013.

De acordo com o levantamento do governo, os índices de criminalidade, envolvendo principalmente as mortes violentas, caíram também nas principais cidades-polo do estado ao longo dos últimos anos.

Em Natal, capital do estado, foram registradas 858 casos entre 2019 e 2021, contra 1.682 ocorrências entre 2015 e 2017, segundo apontou a Sesed. Os dados apontam para uma redução de 49%.

Em Mossoró, segunda maior cidade do estado, as mortes saíram de 633 casos entre 2015 e 2017, 566 ocorrências entre 2019 e 2021 – uma redução de 10,6%.

Já em Parnamirim, na Grande Natal, houve uma redução de 461 casos para 200 na comparação entre os dois períodos – uma diminuição de 56,6%. Esse foi o maior percentual de queda entre as cidades-polo levantadas.

Também na Grande Natal, São Gonçalo do Amarante registrou 26,2%, caindo de 317 mortes violentas para 234 casos ao longo do período de três anos.

Em Pau dos Ferros, no Alto Oeste potiguar, foram 24 mortes violentas nos 1.096 entre 2015 e 2017, contra 16 ocorrências entre 2019 e 2021 – redução de 33,3%.

No Seridó, Caicó registrou redução de 36,2% no comparativo de mortes violentas entre os dois períodos de três anos. Os índices saíram de 113 ocorrências entre 2015 e 2017, para 72 entre 2019 e 2021.

Com informações do G1 RN

Ministro relaciona aumento de casos de covid-19 a festas de fim de ano

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga/ Foto Reprodução Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou hoje (12) que o recente aumento do número de casos de covid-19 no país está relacionado às festas de fim de ano, o que, segundo ele, não foi algo estimulado pelo governo federal. Segundo Queiroga, ainda nesta semana, o governo apresentará uma posição oficial sobre uma “eventual política para a aprovação dos autotestes”, o que poderá ampliar a capacidade de testagem por meio de exames a serem adquiridos em farmácias.

Queiroga disse que, em reunião ontem (11) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, obteve garantias de que não faltará suporte para estados e municípios, se aumentar a pressão sobre o sistema hospitalar e for preciso habilitar mais leitos de terapia intensiva. “Ele [Guedes] deixou claro que saúde e economia têm de andar de braços dados”, resumiu Queiroga.

Sobre o recente aumento do número de pessoas contaminadas pela variante Ômicron, o ministro confirmou que as unidades básicas de saúde (UBSs) vêm recebendo número maior de pacientes. “Isso é fruto das festas de final de ano, que não foram estimuladas pelo governo federal”, afirmou.

Queiroga lembrou que o Brasil conta com 58 mil UBSs e 53 mil equipes de saúde da família, e que, com a ampliação orçamentária, de R$ 17 bilhões para R$ 25 bilhões, o país terá condições de enfrentar a pandemia. Ele reiterou que o vírus está sofrendo mutações e criando dificuldades no mundo inteiro e que, nesse sentido, a principal ação deve ser a campanha de vacinação visando à ampliação da dose de reforço. “Sabemos que os indivíduos que não têm o esquema vacinal completo têm mais chances de desenvolver formas graves da doença.”

O ministro alertou, no entanto, que, para o sucesso desse enfrentamento, é necessária a colaboração de estados e municípios, principalmente com relação ao avanço nas aplicações da segunda dose e da dose de reforço. Queiroga chamou a atenção para a situação de alguns estados, principalmente da Região Norte, onde os níveis de aplicação da vacina estão baixos. “Há estados lá com baixo nível de aplicação de segunda dose e da dose de reforço. É preciso ampliar no Pará, Maranhão, Amapá, em Roraima e no Tocantins e em Manaus. No Pará assistimos ao aumento no número de hospitalizações e óbito.”

Queiroga disse que assiste-se ao aumento do número de casos, mas ressaltou que ainda não há pressão sobre os estados. “O número de óbitos ainda está em um patamar aceitável, se é que se pode aceitar óbito. Estamos ampliando os testes. Em janeiro, vamos distribuir 28 milhões de testes rápidos, sendo 13 milhões até o dia 15. Em fevereiro, temos perspectiva concreta de 7,8 milhões de testes”, acrescentou.

Autotestes
De acordo com Queiroga, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez uma consulta ao ministério sobre uma “eventual política para aprovação dos autotestes”, neste momento em que é necessário aumentar a capacidade de testagem. “O autoteste é uma iniciativa que pode se somar ao esforço do poder público de maneira geral. Nesta semana, com certeza, teremos uma resposta [sobre essa questão]”, afirmou.

Na avaliação do ministro, a expertise adquirida durante os períodos de pico da pandemia ajudará a evitar problemas como os ocorridos anteriormente, de falta de fornecimento de oxigênio nos hospitais. “Temos agora uma estrutura maior e melhor capacidade de distribuição. Se houver pressão sobre o sistema de saúde na Região Norte, o preparo hoje é maior”, disse.

Com informações da Agência Brasil

Gripe matou três pessoas no RN nos 11 primeiros dias de 2022; H3N2 está no estado

Imagem ilustrativa – Foto: DW

Três óbitos causados pela Influenza A foram confirmados nos 11 primeiros dias de janeiro no Rio Grande do Norte. A informação consta no relatório sobre o cenário epidemiológico de síndromes respiratórias, produzido pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), que o Agora RN teve acesso.

O perfil e o quadro clinico das vítimas não foram informados.

Até esta quarta-feira (12), foram 11 casos detectáveis para Influenza A, conhecida como gripe, no primeiro mês de 2022. Como o dia 12 ainda não acabou, o dado não comtempla a data em questão.

O Laboratório Central Dr Almino Fernandes (LACEN/RN), em Natal, identificou os primeiros casos de Influenza A em 18 de dezembro de 2021.

No mês de dezembro de 2021, foram detectadas 174 amostras de Influenza A no setor de Biologia Molecular do LACEN/RN. Destes, foram subtipadas 72 amostras, todas sendo H3N2.

De acordo com o relatório, os testes para gripe devem ser realizados em caráter epidemiológico e não diagnóstico, em virtude da quantidade de exames disponíveis.

“Considerando o pequeno estoque de reagentes recebidos do Ministério da Saúde pelo Laboratório Central do estado (LACEN-RN) para realização dos exames RT-PCR para Influenza é necessário compreender que as testagens para Influenza devem ser realizadas em caráter epidemiológico e não diagnóstico, devem ser priorizados os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) hospitalizados, evitando processar amostras de pacientes com Síndromes Gripais, e principalmente, devem ser priorizadas as análises de pacientes internados em hospitais da Rede Estadual de todas as Regiões de Saúde, a fim de se obter um retrato epidemiológico do estado por região”, consta no relatório.

Com informações do Agora RN