6 de janeiro de 2022

Operação Verão terá 1,7 mil policiais no Rio Grande do Norte

Operação Verão vai intensificar ações de patrulhamento nos 24 municípios da região costeira do Estado. Governo investe R$ 5 milhões em diárias operacionais/ Foto: Reprodução Magnus Nascimento

A Operação Verão 2022 foi oficialmente lançada na tarde de quarta-feira (5) pelos órgãos de segurança do Rio Grande do Norte. Ao todo, serão mobilizados 1.300 policiais militares e 435 policiais civis para atuar em pontos da extensa faixa litorânea potiguar, com 410 quilômetros, de Baia Formosa a Tibau. De acordo com a governadora Fátima Bezerra, aproximadamente R$ 5 milhões foram investidos para o pagamento das diárias operacionais dos profissionais, que ficarão mobilizados até fevereiro. A Operação Verão acontece até o dia 24 de fevereiro nos 24 municípios da faixa litorânea do Estado.

“Dizer aqui para a população do nosso Estado e para aqueles que nos visitam, que o Governo, através de suas forças de segurança em parceria com as secretarias, montou toda uma logística para garantir um verão seguro. É um período de alta estação e a perspectiva, graças a Deus, é que tenhamos um movimento do turismo forte, claro com os devidos cuidados que se fazem necessários devido a pandemia, mas a alta estação promete”, disse a governadora.

Integram a ação os efetivos da Polícia Militar, com reforço na Operação Lei Seca, Polícia Civil, Guarda dos municípios, Corpo de Bombeiros Militar do Estado do RN (CBMRN), Departamento de Trânsito (Detran), Comando De Polícia Rodoviária Estadual (CPRE) e secretarias de Mobilidade Urbana dos municípios.

“São efetivos de caráter extraordinário e não vão trazer problemas para os efetivos normais dos bairros e cidades. É uma operação integrada com as forças de segurança e com a população para que todos tenhamos um verão seguro”, acrescentou Coronel Francisco Araújo, titular da Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed).

Serão montadas ainda delegacias volantes no litoral, segundo a delegada-geral de Polícia Civil, Ana Claudia Saraiva Gomes. A ideia é fazer com os policiais em patrulhamento não tenham que se deslocar até Natal para fazer o registro dos procedimentos. “Montamos delegacias móveis e fixas, como, por exemplo, em Barra de Maxaranguape. Isso faz com que a PM não tenha que conduzir pessoas que estavam infringindo a lei até Natal. Isto é, os procedimentos serão lavrados in loco”, afirma.

A delegada ressalta ainda que os agentes estarão atentos aos crimes ambientais. “É importante destacar que a delegacia de meio ambiente estará atuando com os órgãos de fiscalização. Nós fazemos um apelo à população que contribua de forma educada, respeitando o direito ao sossego e a tranquilidade porque um dos grandes problemas durante o veraneio são pessoas que alugam e abusam do som alto”, comenta.

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte, Luiz Monteiro, serão deslocados bombeiros para pontos estratégicos. “É humanamente impossível a gente cobrir 410 quilômetros de orla, e isso sem falar nos mananciais, áreas espelhadas, lagoas, barragens. A gente distribui naqueles pontos em que a estatística maior de ocorrências, então a gente vai chegar a atingir 15 praias, com 15 pontos de guarda-vidas”, detalhou.

O secretário de Segurança Pública, Francisco Araújo, diz que os policiais recém-formados participarão do policiamento ostensivo em todas as praias do litoral potiguar. Eles serão divididos de acordo com as unidades operacionais.

“Todos os policiais militares recém-formados estarão aptos e vão participar do patrulhamento em todas as praias dos litorais norte e sul do Rio Grande do Norte, sem prejuízo ao policiamento ordinário nas demais áreas do Estado. Eles serão divididos de acordo com as unidades operacionais para garantir uma temporada de verão mais segura”, explicou.

No ano passado, a Operação Verão custou ao governo aproximadamente R$ 7 milhões em diárias operacionais e mobilizou 735 agentes, entre militares e civis.

Bombeiros fazem ações educativas
Para garantir a segurança e minimizar acidentes, o Corpo de Bombeiros realiza ações educativas e atua tanto na prevenção como na prestação do socorro em caso de afogamento. Porém, de acordo com o major Roberto Oliveira, Comandante do Grupamento de Busca e Salvamento Aquático, para apreciar o verão de forma tranquila e segura, são necessários alguns cuidados, como o não uso de bebidas alcoólicas, por exemplo.

“O uso de bebida alcoólica aparece com destaque entre as causas de afogamento. Ela nunca deve ser ingerida em abuso. Infelizmente temos muitos casos de afogamento em decorrência do álcool”, disse.

Quando o assunto é criança, todo o cuidado é pouco. “Qualquer descuido pode ser fatal. Os pais devem manter os olhos 100% em seus filhos e ‘abdicar’ do seu próprio lazer, pois um afogamento pode acontecer em questão de segundos”, completou o major Roberto Oliveira.

Entre as demais recomendações, o major lembrou também sobre o uso do protetor solar, que deve estar sempre presente entre os itens mais importantes na hora de se expor ao sol. “Existem frequentes casos de insolação, orientamos que o protetor seja usado de maneira abusiva”, ressaltou.

Capitania
A Operação Verão da Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte (CPRN) foi lançada no último dia 20 de dezembro. Com o lema “Navegue Seguro: a nossa melhor escolha”, a operação intensifica a fiscalização do tráfego aquaviário quanto à salvaguarda da vida humana, à segurança da navegação e à prevenção da poluição ambiental no mar, rios e lagoas do RN. Ao todo, 110 militares devem compor as equipes que atuarão até 6 de março de 2022, com o apoio de viaturas e treze embarcações, incluindo lanchas e motos aquáticas.

Segundo o comandante Silva Neto, o esforço logístico de fiscalização vai ser operacionalizado pela CPRN e sua agência subordinada em Areia Branca. “A operação consiste na intensificação das ações realizadas pela Capitania dos Portos no período do verão, notoriamente conhecido pelo aumento das embarcações de esporte e recreio utilizadas para lazer”, explica.

De acordo com o órgão, a Capitania inspecionou 4.246 embarcações, emitiu 99 notificações para comparecimento, apreendeu 6 embarcações e instaurou 5 inquéritos administrativos durante a Operação Verão 2020-2021. Um levantamento nacional divulgado pela Diretoria de Portos e Costas (DPC) apontou que as infrações que mais chamam atenção durante a fiscalização dizem respeito à condução de embarcação por pessoa não habilitada; documentação da embarcação incompleta ou vencida; falta de material de salvatagem (coletes, boias, extintores de incêndio, entre outros); excesso de lotação da embarcação, consumo de bebida alcoólica durante a condução e más condições de navegabilidade das embarcações.

Com informações da Tribuna do Norte

Ministério da Saúde não exigirá receita médica para vacinar crianças contra a Covid-19, segundo jornal

Criança recebe dose da vacina Pfizer-BioNTech contra Covid-19 em Madrid, na Espanha Foto: OSCAR DEL POZO / AFP

O Ministério da Saúde não exigirá receita médica para vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19. A autorização dos pais ou dos responsáveis será uma recomendação, não obrigatória como havia sido anunciado. As informações foram confirmadas ao GLOBO por integrantes ligados à pasta.

A pasta fará o anúncio oficial nesta quarta-feira, em entrevista à imprensa, e detalhará o cronograma de entrega de vacinas. A previsão é que cerca de 3,7 milhões de dioses pediátricas cheguem ao Brasil em janeiro. O montante deve alcançar 20 milhões até o fim do primeiro trimestre.

Antes da aprovação, o ministério realizou uma consulta pública — medida inédita, não adotada para outras faixas etárias — de 24 de dezembro de 2020 até o último domingo. Na terça, a pasta apresentou os resultados numa audiência pública: a maioria dos participantes rechaçou a exigência de prescrição. Segundo a pasta, houve 99,3 mil respostas ao formulário.

Se, por um lado, o ministério pressionou pela apresentação do pedido médico, sociedades médicas, o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) foram contrários.

Com informações do Jornal Agora RN

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