Rogério Marinho discursa sobre “responsabilidade social” do governo e é destaque em fórum de Lisboa

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, defendeu que a visão do Brasil “não pode ser meramente fiscal ou monetária” em contraponto a desafios para a “acessibilidade social” no país. A declaração foi feita no IX Fórum Jurídico de Lisboa nesta terça-feira (16).

“Nosso desafio é entendermos essa situação, nos adequarmos a ela entendendo que o nosso Brasil é um país que não se resume apenas aos investidores, àqueles que estão apenas com o capital. Nós somos um país desigual”, afirmou Marinho.

“Nossa visão necessariamente não pode ser meramente fiscal ou meramente monetária. Temos que ter acessibilidade social, como este governo teve”, defendeu.

O ministro participa do fórum junto com outros membros do governo federal, do Legislativo, do Supremo Tribunal Federal e de entidades jurídicas brasileiras.

No mesmo evento, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que seria interessante que o Brasil acenasse com “algum corte de gastos” para estabelecer uma credibilidade sólida diante do mercado internacional.

“Eu entendo a dificuldade e entendo que o mundo político gera suas limitações nesse sentido. Mas o fato é o seguinte: o que a gente tem que olhar para frente é o que vai equilibrar a percepção no futuro, independente do que está acontecendo no curto prazo”, disse o presidente do BC.

Marinho, por outro lado, afirmou que sua trajetória política de mais de 30 anos fez com que ele tentasse construir “consenso” ao longo do tempo, e que, em breve, “todos os modelos paramétricos do ponto de vista da economia vão ser redesenhados”.

“Os pacotes econômicos que estão existindo no mundo não vão cessar agora. Então essa crise de oferta ou de excesso de liquidez vai continuar e talvez ficar mais forte ainda”, disse. “Somos um país complexo. Um país com muitos desafios a serem vencidos ainda”, complementou.

Para Marinho, “não se governa um povo ou um país apenas levando-se em consideração o pensamento daqueles que têm o poder econômico”. O ministro também ressaltou que, em sua visão, o papel do governo “é diminuir desigualdades regionais”.

“Eu lhes asseguro que nós estamos extremamente convencidos de que o caminho é este: colocar o governo a serviço das populações que mais precisam”, disse. “É ter responsabilidade fiscal, responsabilidade monetária, mas, sobretudo, responsabilidade social”.

Com informações do Terra Brasil Notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.