Após fala do líder do PSL, Eduardo Bolsonaro, sobre a possibilidade de um novo AI-5, partidos de esquerda vão ao Conselho de Ética da Câmara pedir a cassação do mandato do filho de Jair Bolsonaro (PSL). A representação será feita pelo PSOL, PT, PCdoB e PSB.
Os partidos da oposição também estudam notificar o STF (Supremo Tribunal Federal) com uma queixa-crime (equivalente a uma denúncia criminal) da posição.
“Um absurdo essa frase. A gente vive em um país democrático que tem memória sobre a ditadura. A gente repudia a ação do filho do presidente, mas não é de se espantar pelo histórico dele. Mas não vamos permitir a volta de uma ditadura”, disse o deputado David Miranda (PSOL-RJ).
Lideranças da Câmara dos Deputados, partidos políticos e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), repudiaram as declarações.
“O povo brasileiro não aceita e não tolera o fim da democracia. O presidente e sua família foram eleitos pela via democrática e juraram defendê-la. E democracia não combina com AI-5 ou qualquer outra medida autoritária”, disse o líder da oposição Alessandro Molon (PSB-RJ).
A família Bolsonaro tem histórico de apoiar a ditadura militar brasileira. Durante o voto do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o então deputado Jair Bolsonaro, declarou seu voto em “memória” do torturador Brilhante Ustra.
Em outubro do ano passado, viralizou um vídeo em que Eduardo também sinalizava apoio à ditadura. Ele disse que “se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Você não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo”, afirmou.
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