Agora RN- O PSL abriu nesta terça-feira, 22, processo disciplinar contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e mais 18 deputados da ala ligada ao presidente Jair Bolsonaro. Pouco depois de serem notificados, porém, eles conseguiram na Justiça uma liminar para evitar punições.
Segundo a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), a medida invalida a tentativa da executiva nacional do PSL de suspender as atividades de 19 parlamentares. Pelo processo aberto pelo PSL, o prazo para apresentarem a defesa seria de cinco dias. As punições poderiam ir de uma simples advertência até a expulsão dos parlamentares da legenda.
A decisão do conselho de ética do PSL é mais um capítulo da disputa entre os grupos ligados a Bolsonaro e ao presidente da legenda, Luciano Bivar (PE). Em jogo, está o controle do partido, que se tornou uma superpotência após eleger 52 deputados no ano passado e angariar a maior fatia dos recursos públicos destinados às siglas. Apenas neste ano, o PSL deve receber R$ 110 milhões de fundo partidário.
A Justiça determina que “sejam suspensos todos os processos disciplinares instaurados em desfavor dos requerentes pelo partido réu, PSL, até o julgamento desta ação cautelar, quando será avaliada, principalmente, a alegação de que as notificações estavam desacompanhadas do inteiro teor da representação”.
Nenhum dos deputados que foram alvos do processo aberto pela executiva nacional compareceu à reunião do partido na manhã desta terça-feira, 22, em Brasília. Na segunda-feira, a sigla enviou notificações para o grupo, que é acusado de fazer ataques à legenda. Eles deveriam comparecer à reunião de ontem para tratar do assunto.
DEPUTADOS ALVOS DO PROCESSO
Eduardo Bolsonaro (SP)
Vitor Hugo (GO)
Alê Silva (MG)
Bia Kicis (DF)
Bibo Nunes (RS)
Carla Zambelli (SP)
Carlos Jordy (RJ)
Chris Tonietto (RJ)
Daniel Silveira (RJ)
Luiz Ovando (MS)
Coronel Armando (SC)
Filipe Barros (PR)
General Girão (RN)
Helio Lopes (RJ)
Junio Amaral (MG)
Guiga Peixoto (SP)
Luiz Philippe O. e Bragança (SP)
Marcio Labre (RJ)
Sanderson (RS)