8 de setembro de 2018

Programa de TV de Carlos Eduardo Alves descumpre legislação e é advertido pelo TRE

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte divulgou decisão judicial contra a campanha do candidato a governador Carlos Eduardo Alves (PDT), por propaganda irregular.

O juiz federal Almiro Lemos entendeu que em um dos programas eleitorais de Carlos Eduardo não foi respeitada a regra do protagonismo do candidato.

O candidato, que teria que aparecer em 75% do tempo do programa, só apareceu em 22% do tempo, infringindo o artigo 54 da Lei das Eleições.

Pelas normas do TSE, 75% do tempo da propaganda tem que ser ocupados pelo candidato e 25% pelos apoiadores, locutores ou recursos gráficos.

A representação foi ajuizada pela Coligação Trabalho e Superação e acatada pela Justiça Eleitoral, que entende que, como o programa político é pago com recursos públicos, o tempo é outorgado ao candidato.

“A liminar pleiteia a proibição imediatamente da veiculação de propaganda eleitoral por parte dos representados em que o candidato não seja o protagonista de 75% do tempo a que ele é destinado na televisão na forma acima demonstrada sob pena de desobediência e aplicação de multa diária”, diz o texto.

O juiz constatou as irregularidades ao perceber que Carlos Eduardo Alves só apareceu 35 segundos dos dois minutos e 35 segundos a que a coligação tem direito na propaganda gratuita, e quase todo o tempo foi usado para depoimento de populares, de terceiros e cenas computadorizadas.

“Tem-se, portanto, que o candidato esteve em cerca de 22% do tempo total, sendo parcela substancial do programa ocupada por fala de um contendor e depoimento de populares de maneira que é ostensiva inobservância do dever do protagonismo. Assistir, pois, razão ao representante da ocorrência de irregularidades”, justificou Almiro Lemos.

A campanha de Carlos Eduardo Alves será advertida e caso volte a reincidir na infração, será penalizada com aplicação de multa, além da perda de tempo no horário destinado à coligação.

Thaísa Galvão

Homem que atacou Bolsonaro diz que agiu sozinho e se classifica como ‘esquerda moderada’

O homem que esfaqueou o candidato Jair Bolsonaro (PSL) em Juiz de Fora (Minas Gerais), Adélio Bispo de Oliveira, afirmou, em depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira, 6, ter seguido ordens de Deus para cometer o ataque e que fez tudo sozinho. Ao ser questionado sobre uma possível motivação política para cometer o crime, ele se classificou como uma pessoa “de esquerda moderada” e que o candidato defende ideias de extrema direita. O acusado afirmou ainda que Bolsonaro defende o extermínio de homossexuais, negros, pobres e índios, situação que discorda radicalmente.

“Que perguntado sobre a motivação religiosa, esclarece que recebeu uma ordem de Deus para tirar a vida de BOLSONARO, haja vista que, embora ele se apresente como evangélico, na verdade não é nada disso”, diz trecho do depoimento de Adélio, destacado pela Justiça Federal de Juiz de Fora (MG) em audiência de custódia.

“Que questionado sobre a motivação política, informa que o interrogado defende a ideologia de esquerda, enquanto o Candidato Jair Bolsonaro defende ideologia diametralmente oposta, ou seja, de extrema direita; Que se considera um autor da esquerda moderada; Que BOLSONARO, defende o extermínio de homossexuais, negros, pobres e índios, situação que discorda radicalmente ( ….) Que declara que não foi contratado por ninguém para atentar contra a vida do Candidato; Que não recebeu o auxílio de ninguém para o intento criminoso”, afirmou Adélio. Os advogados do pedreiro alegaram na audiência insanidade mental de seu cliente.

Nesta sexta-feira, ele foi transferido da sede da Polícia Federal em Juiz de Fora para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (CERESP), também no município mineiro, e passou por uma audiência de custódia. Na audiência, a juíza Patrícia Teixeira de Carvalho, da Justiça Federal de Juiz de Fora (MG), decidiu manter a prisão de Oliveira e determinou a transferência dele para um presídio federal. Na decisão, a juíza reconheceu os indícios apontados pela PF de crime contra a Segurança Nacional, e fixou a competência da justiça federal para analisar o caso. A juíza considerou o atentado “delito grave, que revela profundo desrespeito à vida humana e ao estado democrático de direito.” Ele não descarta crime político.

Ainda nesta sexta-feira, a Polícia Federal liberou um segundo suspeito do atentado, que, sem ligação direta com o ato, teria incitado a violência. Ele foi “detido, ouvido e liberado, mas segue na condição de investigado”, informou a PF. Ao todo, segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, três pessoas são investigadas.

ESTADÃO CONTEÚDO

Bolsonaro passará sua campanha para as redes e deixará ruas para aliados

Impossibilitado de fazer atos públicos de campanha após ter sido atingido por uma facada na quinta-feira (6), o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) deve usar as redes sociais para se dirigir a seus eleitores nos próximos 30 dias que antecedem as eleições.

Menos de 24 horas depois de ter sofrido o atentado, ele recorreu à internet para tranquilizar seguidores: “Estou bem e me recuperando!”, escreveu. “Agradeço do fundo do meu coração a Deus, minha esposa e filhos, que estão ao meu lado, aos médicos que cuidam de mim e que são essenciais para que eu pudesse continuar com vocês aqui na Terra, e a todos pelo apoio e orações!”

Com grande número de seguidores, que ultrapassam 1 milhão, em questão de segundos as postagens receberam centenas de replicações e respostas.

Como a internação pode durar pelo menos dez dias, outros assumirão a dianteira nos atos de rua. Já foram escalados para a função dois de seus filhos, o candidato ao Senado Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que disputa reeleição. O vice da chapa, general Hamilton Mourão (PRTB), também deve assumir algumas das agendas.

O ataque sofrido pelo candidato coincidiu com um momento em que a organização da campanha pretendia intensificar os atos nas ruas.

Embora lidere pesquisas de intenção de votos, ele perde para quase todos adversários em simulações de segundo turno, exceto Fernando Haddad (PT), com quem aparece tecnicamente empatado.

Diante disso, aliados haviam decidido intensificar as ações de campanha nos maiores colégios eleitorais, em especial estados do Sudeste e do Nordeste, e incluir agendas públicas nos domingos e nas segundas-feiras, dias que o candidato tirava para descansar ou para se preparar para entrevistas e debates.
Bolsonaro havia se comprometido a ir pela primeira vez ao Nordeste desde que foi oficializado candidato.

Começaria na terça-feira (11) em Recife (PE), passaria por Maceió (AL) e encerraria em Salvador (BA), na quinta-feira (13).

Além de comícios, caminhadas e visitas, a campanha terá de decidir sobre a participação do candidato em entrevistas e debates.

A escolha de um único representante ou de múltiplos deve enfrentar nova disputa interna de poder. O PRTB se apressou em soltar uma nota na tarde de sexta (7) para dizer que a tendência era que Mourão assumisse os compromissos de Bolsonaro. Ao pousar no Rio, o vice amenizou o tom e disse que ainda teria conversas em São Paulo e em Brasília.

O deputado Major Olímpio (PSL), coordenador de campanha em São Paulo, confirma a ideia de convocar os quadros para atuarem nas ruas.

“Tenho uma agenda muito grande de eventos de rua, vou pedir aos deputados, às executivas, ao PRTB [que façam o mesmo]. Aliás, neste momento não, mais para a frente. Agora é 100% a saúde dele a preocupação”, disse à Folha.

Tom semelhante foi dado por Flavio, ao entrar no hospital Albert Einstein, em São Paulo, para visitar o pai.
“O capitão está se recuperando, mas a gente vai estar na rua para fazer a campanha dele e virar essa página triste do nosso país”, disse.

Uma ala de apoiadores formada por militares defende que Mourão assuma alguns dos compromissos do candidato. Esse grupo pode sofrer resistência de um núcleo mais político, ligado ao presidente do PSL, Gustavo Bebianno, que vinha comandando as ações de campanha.

Esses grupos já mostraram algumas divergências sobre o tom que a campanha deveria ter após o ataque. Horas depois do episódio, Bebianno respondeu “Agora é guerra” à Folha, após ser perguntado sobre a abordagem que seria adotada.

Mourão pediu calma. “Eu acho que as primeiras declarações são sempre feitas na base da emoção e aí as pessoas acabam dizendo coisas que não deveriam dizer. Existe um velho ditado: as palavras quando elas saem da boca elas não voltam mais. Essa é uma realidade.”

QUEM DEVE ASSUMIR A CAMPANHA

General Hamilton Mourão
Vice (PRTB) e líder do núcleo militar, deve cumprir agendas de Bolsonaro

Gustavo Bebianno
É presidente do PSL e chefe do grupo político

Onyx Lorenzoni
Coordenador da campanha, o deputado (DEM-RS) já tem marcado reuniões para repensar projeto

Major Olímpio
O deputado (PSL-SP) deve puxar atos nas ruas

Bolsonaros
Os filhos Eduardo e Flavio farão agendas nos estados reforçando o nome do pai.

Delegado da PF confirma que agressor de Bolsonaro tem quatro advogados particulares

O agressor de Jair Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira, contou com o apoio de quatro advogados particulares em sua audiência de custódia em Juiz de Fora, na tarde deste sábado.

A informação é do deputado federal Delegado Francischini, líder do partido de Bolsonaro na Câmara, o PSL. Ele mostrou estranheza ao revelar o fato em coletiva de imprensa.

“Alguém com situação de pobreza como a gente viu ter quatro advogados e não ter a defensoria pública acompanhando é de se estranhar”, destacou o deputado.

Francischini diz que isso indica que Adélio não agiu sozinho e pede mais apuração da polícia federal sobre o caso.

“Só isso aí é indício de que não é um lobo solitário sem estrutura financeira nenhuma que cometeu”, completou o aliado de Bolsonaro.

Além dos quatro advogados e de Adélio Bispo, a audiência de custódia contou com um defensor de Jair Bolsonaro e pessoas ligadas à Justiça e às polícias.

De acordo com o portal UOL, os advogados foram enviados depois de serem procurados por familiares e membros das Testemunhas de Jeová

Cristiane Dantas é recebida de forma calorosa em São Tomé


Seguindo com a agenda no interior do Estado, a deputada estadual e candidata à reeleição, Cristiane Dantas (PPL), foi acolhida de forma calorosa no Sítio Mulungu, zona rural de São Tomé, região Potengi, na noite desta sexta-feira (07).

A deputada foi recepcionada pelo vereador Jean Makson, que reuniu amigos, familiares e correligionários e defendeu a reeleição da parlamentar. “Cristiane merece ser votada em São Tomé porque tem uma atuação destacada na área social, em favor das mulheres e trabalhadores”, declarou durrante a reunião.

Cerca de 100 pessoas participaram do encontro e ouviram a prestação de contas, realizada pela deputada, em favor do município. “Fui eleita pela imprensa Parlamentar do Ano em reconhecimento à minha atuação. Tenho um mandato dedicado às causas sociais, à saúde, à educação e à defesa da mulher. Posso fazer muito mais por São Tomé e pelo Estado com o apoio e o voto de todos vocês”, declarou Cristiane.

Também participaram do encontro o vice-governador Fábio Dantas; o prefeito de São Tomé, Babá e a primeira-dama Marilda Pereira; o vereador de Barcelona, Israel Mafra e D. Terezinha Araújo, da Rede Feminina de São Tomé.