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Bolsonaro fortalecido, Onyx vitorioso mas Renan vai dar o troco e Alcolumbre terá dificuldade para virar protagonista

Diante da derrota iminente, Renan Calheiros renunciou à disputa por um quinto mandato na presidência do Senado e automaticamente vira candidato a líder da oposição ao governo Jair Bolsonaro, reunindo parte da esquerda, do centro e da direita. Será um teste de força para um dos últimos líderes políticos remanescentes, num momento de grande fragilidade do Congresso. Renan tanto pode estar nos estertores de seu poder quanto diante de uma janela de oportunidade na oposição.

Experiente e audacioso, o senador alagoano foi considerado favorito até a quinta-feira, quando começou a receber um turbilhão de más notícias: a vitória apertada (7 x 5) para a senadora Simone Tebet no MDB, 50 votos do plenário a favor da eleição aberta, a determinação do opositor Davi Alcolumbre (DEM-AP) e a histeria de Kátia Abreu, que teve efeito oposto.

Renan não acordou otimista nem mesmo depois que Dias Toffoli, do STF, providencialmente determinou o voto secreto. Os senadores deram de ombros a Toffoli, ao STF e ao próprio regimento do Senado e, um a um, abriam seu voto, desafiadoramente. Na segunda votação, quando os apoiadores do próprio Renan começaram a fazer o mesmo, só restou jogar a toalha.

Ao contrário da Câmara, a renovação foi decisiva no Senado, não só contra Renan, mas contra o que ele representa, como campeão de investigações entre os que têm foro privilegiado no Supremo. De um lado, ficaram os que defendem a Lava Jato e Sérgio Moro e, de outro, os que preferiam blindar o mundo político. Pena as cenas lamentáveis: Alcolumbre na dupla condição de juiz e competidor, Kátia Abreu apropriando-se da pasta com questões de ordem, o vexaminoso voto a mais, o festival de manobras.

O presidente Jair Bolsonaro foi prudente e sai ileso da guerra pelas presidências da Câmara e do Senado, mas é cedo para se dizer o mesmo do chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Ele bancou Alcolumbre, que ganhou por um mísero voto, e cutucou um adversário implacável. Como bem sabem FHC, Lula e Dilma, Renan é um precioso aliado ou um temível adversário.

Onyx torceu o nariz para a reeleição de Rodrigo Maia e, quando o Planalto abriu o olho, Maia já tinha cristalizado sua vitória. O PSL aderiu e Jair Bolsonaro reagiu bem, mas Maia pode exibir orgulhosa independência. Outro erro de Onyx foi optar pelo desconhecido Alcolumbre e dar a chance ao seu partido, o DEM, de levar três ministérios importantes, mais a presidência das duas Casas. Se o partido ratear, a culpa vai cair no chefe da Casa Civil.

O foco de poder de Onyx é Jair Bolsonaro, o que, obviamente, não é pouco. O presidente é grato a ele porque, lá atrás, aquele gaúcho do DEM jogou todas as suas fichas na campanha do capitão, contra o seu partido e todas previsões. Comprou na baixa. Já o vice Mourão deixa claro que não tem nada a ver com Onyx, o general Heleno (GSI) mantém distância e olhar crítico, Eduardo Bolsonaro já bateu de frente, Paulo Guedes corre por fora, Bebianno (Secretaria-Geral), padrinho do recente casamento de Onyx, tem lá seus próprios planos de poder e vem, discretamente, ganhando espaços na articulação política.

O Legislativo sabe para onde os ventos sopram, tem canal direto com Paulo Guedes e Bebianno e tem à disposição Flávio e Eduardo Bolsonaro, para emergências. Todo mundo sabe para onde os ventos sopram. Onyx respira aliviado com o resultado de ontem, mas que se prepare para a independência e os canais próprios de Maia, o troco de Renan num Senado dividido ao meio e as dificuldades que o coadjuvante Alcolumbre vai enfrentar para assumir protagonismo. A vida de Onyx não parece fácil nem no governo nem na nova composição da Câmara e do Senado.

Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo

Com ausência de 4 senadores, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) é eleito novo Presidente do Senado

Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Acaba de ser encerrado e contabilizado os votos que definiu o Senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) como o próximo Presidente do Senado Federal. Davi obteve 42 votos.

Houve a ausência dos senadores Jader Barbalho (MDB-PA), Renan Calheiros (MDB-AL), Maria do Carmo Alves (DEM-SE) e Eduardo Braga (MDB-AM).

Veja o resultado:

Fernando Collor: 3 votos

Reguffe: 6 votos

Angelo Coronel: 8 votos

Davi Alcolumbre: 42

Renan Calheiros: 5

Espiridião Amin: 13

VÍDEO: Confira momento da renúncia de Renan Calheiros

Após confusão em votação, Renan retira candidatura à presidência do Senado

Imagem: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

O senador Renan Calheiros retirou sua candidatura à presidência do Senado após a confusão envolvendo a votação para a escolha do novo comando da Casa. Ele retirou sua candidatura em pronunciamento ao plenário do Senado neste sábado (2).

Renan reclamou do foto de se repetir “uma votação que foi anulada porque um senador colocar uma cédula dentro da outra cédula”.

Para ele, “esse processo não é democrático”. “Então, para demonstrar que esse processo não é democrático, eu queria lhes dizer que o Davi não é Davi, o Davi é o Golias. Ele é o novo presidente do Senado porque eu retiro minha candidatura. E eu não vou me submeter a isso”, disse, em tom inflamado.

Ainda não está claro o que acontecerá na escolha. Há diversas opções sobre a mesa:

  • Há senadores pedindo que nova votação — uma terceira — seja aberta. É essa a posição, por exemplo, do senador Esperidião Amim (PP-SC)
  • A retirada de candidatura de Renan pode ser ignorada e ele seguir candidato,

Estadão Conteúdo

Renan Calheiros retira sua candidatura ao Senado Federal

Em novo impasse, Senado descobre 82 cédulas para 81 senadores

Em novo impasse, Senado descobre 82 cédulas para 81 senadores

A apuração da votação manual para a presidência do Senado chegou a novo impasse, em mais um capítulo da sucessão de confusões que marcou a disputa.

Ao apurar as cédulas depositadas nas urnas, descobriu-se haver 82 cédulas, sendo que só há 81 senadores. Havia 80 cédulas dentro de envelope, a forma correta, e duas fora.

“Manda pro Toffoli decidir”, ironizou um dos senadores.

O presidente em exercício do Senado, José Maranhão, afirma ao plenário que haverá uma nova votação para eleger a mesa diretora. Senadores pedem que os votos que foram depositados anteriormente sejam incinerados. Com informações da Folhapress.

Apesar de votação secreta, 30 senadores mostram cédulas para câmeras

Apesar de votação secreta, 30 senadores mostram cédulas para câmeras

Apesar de o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, ter decidido que a votação para presidente do Senado deveria ser secreta, 31 senadores decidiram mostrar suas cédulas para as câmeras de TV.

Alguns foram além e declararam o voto no microfone: Lasier, Heinz, Girão, Kajuru, Daniella Ribeiro, Plínio Valério, Oriovisto, Alavaro Dias, Thronicke e Randolfe.

+ Kátia Abreu entrega flores para Davi Alcolumbre após ‘roubo de pasta’

Omar Aziz (PSD-AM) não mostrou a cédula, mas foi ao microfone declarar voto em Davi. (Daniel Carvalho, Marina Dias, Thais Bilenky e Ranier Bragon)

Quem mostrou a cédula:

Roberto Rocha (PSDB-MA)

Major Olímpio (PSL-SP)

Antonio Anastasia (PSDB-MG)

Carlos Viana (PSD-MG)

Rodrigo Pacheco (DEM-MG)

Jorge Kajuru (PSB-GO)

Selma Arruda (PSL-MT)

Lasier Martins (PSD-RS)

Luis Carlos Heinze (PP-RS)

Eduardo Girão (PROS-CE)

Tasso Jereissati (PSDB-CE)

Daniella Ribeiro (PP-PB)

Fabiano Contarato (REDE-ES)

Marcos do Val (PPS-ES)

Elmano Férrer (PODE-PI)

Styvenson Valentim (REDE-RN)

Esperidião Amin (PP-SC)

Rodrigo Cunha (PSDB-AL)

Oriovisto Guimarães (PODE-PR)

Plínio Valério (PSDB-AM)

Alvaro Dias (PODE-PR)

Sérgio Petecão (PSD-AC)

Mailiza Gomes (PP-AC)

Nelsinho Trad (PSD-MS)

Simone Tebet (MDB-MS)

Soraya Thronicke (PSL-MS)

Marcos Rogério (DEM-RO)

Randolfe Rodrigues (REDE-AP)

Lucas Barreto (PSD-AP)

Davi Alcolumbre (DEM-AP)

Com informações da Folhapress.

SINPOL-RN homenageia dois Policiais Civis como reconhecimento pelo trabalho desenvolvido; São Paulo do Potengi está entre os contemplados

O SINPOL-RN fez uma homenagem para dois Policiais Civis como reconhecimento pelo trabalho desenvolvido.

A Diretoria do Sindicato entregou Moção de Congratulação aos Agentes Creedence de Lima Santana, atualmente lotado na Deicor, e Gustavo Henrique Cavalcanti de Albuquerque, da 1ª Regional de São Paulo do Potengi.

Os dois APCs estiveram na sede do SINPOL-RN e receberam a Moção de Congratulação das mãos do presidente Nilton Arruda.

“A atual Diretoria tem procurado cada vez mais valorizar os Policiais Civis. Nossa categoria faz muito pela sociedade e pela Segurança Pública. Semanalmente, são dezenas de ações e prisões. Então, o reconhecimento precisa ser feito pelo SINPOL-RN e, principalmente, pela instituição Polícia Civil e pelo Governo do Estado”, afirma Nilton Arruda.

O APC Creedence Santana está na Polícia Civil do Rio Grande do Norte desde 2009. Já o APC Gustavo Henrique entrou no ano de 1997.

“Esses dois policiais tiveram atuação destacada recentemente e, por isso, foram escolhidos para receber a Moção de Congratulação. Assim como eles, centenas de outros profissionais merecem esse reconhecimento e a nossa idéia é propagar esse tipo de homenagem”, finaliza.

RN tem 170 barragens ‘sem dono’, segundo relatório; 9 delas têm alto potencial de dano e risco

O Rio Grande do Norte tem 170 barragens sem donos identificados, segundo o relatório da Agência Nacional de Águas (ANA), divulgado no ano passado. Entre elas, existem pelo menos nove estruturas com alto potencial de dano e alto risco. O órgão afirma que no caso de rompimento dessas barragens sem dono, a responsabilidade é do fiscalizador estadual, o Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn).

As nove barragens estão distribuídas em vários municípios do estado. Segundo o Igarn, as barragens não estão exatamente sem dono, mas na verdade não foi possível identificar o dono durante as inspeções dos técnicos.

Ainda de acordo com o Igarn, todas as estruturas possuem altura menor que 15 metros e capacidade inferior a 3 milhões de metros cúbicos. Por isso, elas não estariam inseridas na Lei de Segurança de Barragens (Lei 1233/10). Apesar disso, um cadastro está sendo realizado.

“O Igarn está realizando o cadastro das barragens do Estado e algumas ainda estão identificadas apenas pelas coordenadas geográficas, através de geoprocessamento. As atividades de cadastramento continuam e na sequência serão realizadas as visitas presenciais, quando serão identificados os proprietários”, informou o instituto, em nota.

O órgão ainda confirmou que, pela lei, tem o dever de fiscalizar os usuários de água e, constatada a infração, determinar as alterações que, caso não sejam cumpridas, deverão ser executadas pelo instituto.

As 9 listadas abaixo têm risco e potencial de dano altos:

Angicos II / Paraú
Tipo: Dessedentação animal
Capacidade: 413.000 m³

Barragem Baixio II / Jurucutu
Tipo: Dessedentação animal
Capacidade: 1.374.000 m³

Barragem Gavião / Lajes
Tipo: abastecimento de água
Capacidade: 300.000 m³

Barragem Walter Magno / Serrinha dos Pintos
Tipo: Dessedentação animal
Capacidade: 382.000 m³

Barra do Tapuia, em Sítio Novo
Tipo: Dessedentação animal
Capacidade: 2.116.000 m³

Barragem dos Tanques, em Campo Grande
Tipo: Dessedentação animal
Capacidade: 476.000 m³

Barragem do Escondido, em Patu
Tipo: Abastecimento de água
Capacidade: 119.000m³

Barragem Ferreira de Baixo, em Jardim de Piranhas
Tipo: dessedentação animal
Capacidade: 983.000 m³

Barragem Francisco Cardoso, em Currais Novos
Tipo: Irrigação​
Capacidade: 1.618.000 m³

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