setembro 2022

O candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte, Rogério Marinho (PL), teceu duras críticas ao seu adversário direto para a vaga no legislativo, Carlos Eduardo Alves (PDT), durante entrevista concedida à InterTV nesta quarta-feira (21). O ex-ministro do Desenvolvimento Regional respondeu a acusações feitas por Carlos Alves em entrevista concedida ao mesmo jornal no dia anterior.

“É muito ruim para o Estado do Rio Grande do Norte que a gente mande mais um despreparado para o Senado da República, alguém que é raso nas suas explicações e nos seus conhecimentos”, rebateu Rogério.

O candidato do PL chamou de “picuinha política” e “narrativa inverídica” a acusação de que ele teria beneficiado prefeitos aliados com mais recursos enquanto ministro de Bolsonaro no Ministério do Desenvolvimento Regional.

“Os critérios são critérios técnicos, o Executivo só pode aplicar o recurso se tiver dotação orçamentária e se tiver o escopo jurídico. Agora a indicação do recurso vem do parlamento brasileiro”, explicou Marinho.

Reprodução

Coordenador da bancada federal do Rio Grande do Norte, o deputado Benes Leocádio afirmou que o Governo do Estado deixou de adquirir três tomógrafos para a rede pública hospitalar, com recursos de emenda de bancada ao Orçamento da União no valor de R$ 6 milhões, porque não atendeu exigências do Ministério da Saúde. Os equipamentos seriam instalados nos hospitais Santa Catarina, em Natal; Deoclécio Marques, em Parnamirim; e Nelson Inácio dos Santos, em Assu.

Os recursos foram previstos por intermédio de emenda de bancada indicada à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021, que destinou cerca de R$ 10 milhões para o custeio de hospitais, a pedido do próprio governo, enquanto R$ 6 milhões seriam para a aquisição de aparelhos de tomografia para os três hospitais.

O senador Styvenson Valentim, candidato a governador pelo Podemos, tem criticado Governo do Estado por deixar de executar obras que também teriam recursos garantidos no Orçamento da União, porque “infelizmente não tem capacidade técnica de elaborar e executar projetos”.

Styvenson Valentim cita que o setor de queimados do  Hospital Walfredo Gurgel (HWG) funciona a um custo anual de R$ 2 milhões, mas há mais de uma década sem faturar recursos federais porque não era habilitado no Ministério da Saúde, foi preciso que ele mesmo tomasse a iniciativa de levar a documentação necessária ao Ministério da Saúde para que o setor de queimados passasse a receber recursos federais da pasta da saúde.

A Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap) afirmou, em nota, que apresentou várias propostas e atendeu a todos os pedidos do Ministério da Saúde para a compra dos três tomógrafos, “mas por desconhecimento da realidade do quadro da saúde do Estado e morosidade do MS em responder as seguidas comunicações da Sesap, o investimento terminou não sendo efetivado”.

Segundo a Sesap, em 8 de julho de 2021, a bancada federal comunicou que estava destinando os recursos para a compra dos tomógrafos, tendo a Secretaria de Saúde apresentado a primeira proposta no mês seguinte e recebendo a primeira devolutiva do Ministério da Saúde só em 7 de dezembro daquele ano.

A Sesap informou que ao longo do processo, seguidas vezes fez os esclarecimentos necessários, justificando com os serviços prestados e as vidas salvas nas unidades hospitalares durante a pandemia de coronavírus.

A Secretaria expôs que “lamenta a morosidade por parte do Ministério da Saúde, além dos seguidos pedidos conflitantes que dificultaram as respostas, não se sabendo por fim, o que queria efetivamente para a devida aprovação do processo, impedindo que o benefício de novos equipamentos de tomografia chegasse ao povo potiguar”.

Na nota, a Sesap reforça que “sua abertura para o trabalho em conjunto com os órgãos federais e os representantes do Rio Grande do Norte no Congresso Nacional, como tem feito ao longo desses anos”.

Tribuna do Norte

As cenas de Carlos Eduardo Alves implodindo o PT ganharam destaque no guia eleitoral.

Imagens de um passado recente em que o ex-prefeito de Natal diz que o PT acabou com o Brasil e com a Petrobras estão sendo amplamente divulgadas como lembrete de que a aliança dele com o Partido dos Trabalhadores é por conveniência de poder.

“O PT desmantelou a economia do Brasil. O PT pegou a Petrobras e privatizou para duas ou três empresas e promoveu a maior história de corrupção do Brasil”, afirma Carlos Eduardo nas cenas resgatadas.

Ainda mais recentes são as falas de Jean Paul Prates, atual senador, mas que disputa como suplente de Carlos Eduardo. Em entrevista que tem semanas de duração ele disse:

“Carlos Eduardo foi o adversário direto de Fátima. Ele e outros que andavam com ele chamaram Fátima de tudo que é nome. É incoerência [querer o apoio de Fátima]? Total.”, indigna-se Prates.

Na sequência, são exibidas cenas de ambos, Carlos e Jean Paul, agarrados em vídeo: “Fátima governadora e Carlos pra o Senado”, diz Jean, ao que escuta de quem chamou de incoerente: “É isso aí, parceiro!”

Veja o vídeo:

Foto: Reprodução

O ex-ministro e candidato a deputado federal Henrique Alves (PSB) é alvo de novo mandado de prisão por dívida de pensão alimentícia com o filho que teve com sua ex-mulher Priscila Gimenez.

O processo que tramita na 2ª Vara da Família e Sucessões da Comarca de São Paulo que decidiu rejeitar a justificativa ofertada por Henrique e restabelecer a sua prisão pelo prazo de 30 dias, diante do não pagamento de pensão alimentícia em favor do seu filho.

O candidato à deputado federal pelo Estado do Rio Grande do Norte, que, inclusive não mais possui advogados constituídos, porquanto estes renunciaram ao patrocínio da causa, teve sua prisão decretada mais um vez.

Em virtude da legislação eleitoral, na condição de candidato a deputado federal, o mandado de prisão não poderá ser cumprido até o dia das eleições, visto que candidatos desde o último sábado só podem ser presos em casos de flagrante.

Blog do BG