Cesta básica em Natal aumenta 14,6% no ano e vai a R$ 433,70

Uma família com quatro pessoas compromete 46,06% do salário-mínimo nacional para comprar os 40 itens da cesta básica

O custo médio da cesta básica de alimentos em Natal tem aumentado significativamente mês a mês. De junho a agosto, o valor teve alta de 3,075%, passando de R$ 420,76 em junho; para R$ 427,51 no mês de julho e R$ 433,70 no mês passado. Esse comportamento vem sendo observado desde o início do ano. Em janeiro, o preço médio da cesta básica foi de R$ 379,51, gerando um acumulado no ano de 14,60% na capital, mesmo o Índice de Preço ao Consumidor Amplo do IBGE, que em agosto teve deflação de -0,73%, em parte devido aos combustíveis mais baratos.

O levantamento é do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Natal, e mostrou a evolução de preços nas cinco semanas de agosto. Os verificadores encontraram um preço médio da cesta básica de R$ 435,15 na primeira semana; de R$ 436,00, na segunda semana e nas duas semanas seguintes foi registrado uma diminuição nos preços, chegando a R$ 433,69 e R$ 432,08, e na última semana do mês um pequeno aumento para R$ 433,06.

A equipe verificou preços em 25 estabelecimentos comerciais da capital entre Hipermercados, Supermercados e Atacarejos. Por segmento, a pesquisa constatou que o preço médio da cesta básica é maior nos hipermercados da cidade, onde o valor alcançou R$ 460,81. Em seguida vem os supermercados de bairros, que tiveram o segundo maior preço médio: R$ 433,89. Nos atacarejos foram encontrados os melhores preços médios da cesta básica: R$ 411,73. A cesta básica mais cara nos hipermercados é 6,21% maior que o valor mais alto verificado nos supermercados de bairro. Ou seja, o consumidor paga R$ 26,93 a mais nos hipermercados. Na comparação com os atacarejos, o custo é bem maior, de 11,92%, chegando a R$ 49,08.

Para o consumidor natalense, o poder de compra de alimento e subsistência vem diminuindo. Segundo análise do Núcleo de Pesquisa, para adquirir os produtos da cesta básica, em Natal, que em tese deve suprir as necessidades alimentares básicas de uma família com quatro pessoas durante um mês, o trabalhador compromete 46,06% do salário-mínimo nacional, que é R$ 1.212,00. Isso representa 91,31 horas de trabalho no mês. A análise leva em conta a cesta básica dos natalenses em agosto. São quarenta itens que compõe a cesta básica divididos em categorias como: mercearia, açougue, hortifrúti, higiene e limpeza, em relação ao salário-mínimo vigente em 2022.

Em agosto, apenas hortifruti teve deflação

A pesquisa mostra que no mês de agosto das quatro categorias que compõem a cesta básica apenas a de hortifrúti teve variação negativa de 0,65%, e seis produtos dessa categoria registraram redução nos preços em relação ao mês passado, como o tomate de salada (kg), com -32,45%. A batata comum (kg) com varição de -5,89%, com um preço médio de R$ 5,22 no mês anterior e de R$ 5,22, e em agosto R$ 4,93, entre outros produtos. As demais categorias tiveram variação positiva de um mês para o outro.

Na categoria de açougue, a variação foi de 1,75%, seguindo tendência de alta. A categoria higiene e limpeza, teve variação de 3,83%. A pesquisa mostra um aumento frequente do valor do produto, sendo registrado uma variação de 1,38% em relação a julho e de 1,63% em relação ao mês de junho. Mesmo com um percentual menor de um mês para o outro, a tendência observada é de aumento nos preços.

O Núcleo de pesquisa orienta os consumidores natalenses a pesquisar antes de sair às compras. Os dados analisados apresentam preços que variam durante determinadas semanas do mês assim como diferentes dias da semana, ou seja, estratégias promocionais dos comércios para atraírem clientes.

Tribuna do Norte

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