O deputado estadual Sandro Pimentel (PSOL) avaliou negativamente a atitude do Governo Federal ao reduzir os recursos das universidades e instituições públicas de ensino superior. Para o parlamentar, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) está se tornando um inimigo da Educação brasileira.
“Bolsonaro está se tornando o verdadeiro inimigo da Educação. Não estou fazendo acusações vazias. A iniciativa dele, em menos de cinco meses de gestão, deixa explícito que o projeto dele é a destruição completa da educação pública e da pesquisa científica do nosso país”, criticou.
Na última quarta-feira, 15, manifestantes em todo o Brasil foram às ruas para protestar contra os cortes na Educação. Em reação, Bolsonaro afirmou que participantes eram “idiotas úteis […] usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais”. Pimentel, em contrapartida, opinou que o presidente desconhece “a força do povo”.
“O presidente, que estava em Dallas, chamou de ‘idiotas úteis’ aqueles que lutam por seus direitos. O que ele não assume é o medo que tem da resposta que começa a chegar das ruas. Bolsonaro ainda não entendeu a força do povo. Não tenho dúvida que o povo continuará lutando até que esse massacre à educação pública seja revertido”.
Pimentel lembrou que o governo de Bolsonaro tem apresentado consecutivos problemas no tocante à Educação. Ele exemplificou seu ponto de vista mencionando polêmicas envolvendo o ex-ministro Ricardo Vélez.
“O primeiro ministro teve uma breve passagem pelo MEC marcada por confusões, como a mudança dos livros didáticos e de como eles queriam revisar o golpe de 64, além de ter orientado que as escolas brasileiras filmassem os alunos cantando o Hino Nacional e os enviassem para o MEC”, recordou.
Para o deputado, o novo ministro, Abraham Weintraub, não chegou para melhorar a Educação brasileira. “O que esperar de um economista especializado em finanças cuidando da Educação brasileira? O resultado esta aí, cortes no orçamento. Ele encara a Educação como apenas um gasto a mais que pode ser reduzido. Ele esquece que as universidade públicas são responsáveis por produzir 95% das pesquisas feitas no país”, concluiu.
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