Moro não é Batman e deixou Justiça para proteger presidente, diz senador do RN

Fotos: Agência Senado

O senador Jean Paul Prates (PT) rebateu as críticas recebidas nas redes sociais contra o seu voto favorável a retirada do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça, comandado por Sérgio Moro. O parlamentar argumentou que o ex-juiz deixou a “carreira judicial para servir ao presidente que agora precisa de proteção”.

Segundo o petista, os críticos só passaram a “achar o Coaf ineficiente depois que ele produziu 30 mil relatórios de inteligência nos últimos 10 anos, estando onde está. Só em 2017 foram 6.608 relatórios, que analisaram movimentações financeiras de 249.107 pessoas”, referência feita ao período compreendido entre o Mensalão e a Lava Jato.

Em outra resposta, o senador afirma que não é desses “que acha que Moro é o Batman e que ninguém mais é capaz de combater a corrupção”. Em tom de ironia, Jean Paul disse ainda que “o Coaf cometeu o ‘erro fatal’ de denunciar as movimentações da filha do tal Queiroz, e outras tantas de mais quatro assessores de gabinete do Senado, além das próprias movimentações de 7 milhões em 3 anos. Aí subitamente surge a proposta de desentranhá-la do Ministério da Economia para ir para o controle do ministro que abandonou a carreira judicial para servir ao presidente que agora precisa da sua proteção”.

“Quem é mesmo que está sendo manipulado, então? Quem é que está apoiando uma nítida operação para ocultar informações e proteger potenciais corruptos?”, questiona o senador, finalizando sua resposta aos críticos que lhe enviaram mensagens pelas redes sociais.

Grande Ponto

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