O corte promovido pela bancada federal do Rio Grande do Norte à emenda que possibilitaria a construção de um terminal turístico na praia da Redinha repercutiu mal na Assembleia Legislativa. A deputada estadual Eudiane Macedo (PTC) avaliou que os parlamentares de Brasília poderiam ter realizado o corte de maneira linear – isto é, retirando parcelas iguais de emendas voltadas para outros setores da administração, como segurança e saúde. Ela acredita que a capital potiguar saiu prejudicada com a decisão.
“Nossa cidade já tem dificuldades para receber essas emendas. Esse corte deveria ter sido linear a todas as emendas, mas infelizmente nossos deputados não tiveram sensibilidade de entender que a capital não tem indústria, e que a economia de Natal gira em torno do turismo”, lamentou em entrevista ao programa “Jornal Agora”, apresentado pelos jornalistas Alex Viana e Anna Karinna Castro, na rádio Agora FM (97,9).
O corte promovido pela bancada federal foi feito após o governo federal estabelecer um contingenciamento de 20% no Orçamento Geral da União de 2019. Inicialmente, os senadores e deputados potiguares haviam rebaixado o valor da emenda para Natal a R$ 1 milhão.
Em virtude da comoção negativa na qual a ação resultou, a bancada conseguiu elevar o montante destinado à construção do terminal para R$ 8,5 milhões. A deputada Eudiane, todavia, avalia que a emenda continua insuficiente.
“O projeto era algo que já estava quase concreto, só faltava o dinheiro, e infelizmente fomos pegos de surpresa com essa notícia da bancada. Houve um aumento da emenda, mas R$ 8,5 milhões é insuficiente. Eu como deputada vou ajudar como posso com minhas emendas positivas”.
Na avaliação de Eudiane, a fomentação do turismo contribui para a geração de mais segurança, saúde, educação e economia para Natal. Com investimentos em iluminações e atrativos turísticos, por exemplo, os visitantes de fora são mais atraídos a vir para a capital, o que movimenta a economia natalense, propiciando mais investimentos do Poder Público. “Tudo gira em torno do turismo”, concluiu.