O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, avaliou que há um clima muito favorável no Congresso para o avanço da proposta de reforma da Previdência e se disse otimista de que o governo conseguirá o número necessário de votos para aprová-la.
“Eu nunca vi um momento como esse no Congresso Nacional. Talvez dez a 15 deputados já nos procuraram se colocando à disposição para relatar o projeto”, destacou Marinho, em entrevista à Band exibida na madrugada desta segunda-feira, 25. “(Acredito que) vamos ter sim condições, em breve, de ter uma base confortável para fazer com que o projeto ande na velocidade que se espera”.
Marinho defendeu também que o Congresso seja transparente em eventuais modificações que faça no texto apresentado pelo governo federal. “Na hora que uma categoria é excetuada, colocada de forma diferente das outras, há um custo, um impacto fiscal, e isso precisa ficar muito claro para a sociedade.”
O secretário destacou, porém, que confia no “espírito público” dos congressistas para enfrentar o problema fiscal. “Temos convicção de que o resultado será aquele que permitirá o Brasil ter conforto para voltar a crescer e se desenvolver.”
Marinho afirmou ainda que, até o momento, as críticas que ouviu sobre o projeto vieram apenas dos setores da oposição, “que se sentem atingidos” pelo texto e já atacavam com “chavões” a proposta do governo Temer. De acordo com ele, predomina hoje a sensação de curiosidade sobre o projeto entre parlamentares. “O que existe hoje é a dúvida, apesar do nosso esforço de esclarecimento.”
Questionado sobre a proposta de mudanças das regras de inatividade dos militares das Forças Armadas, Marinho reafirmou que o texto deve ser enviado até o dia 20 de março, conforme anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro. “Todos vão entrar, vão participar. São quatro projetos: a MP 871, que combate a fraude; a PEC 006, que reestrutura todo o sistema; o projeto que melhora a questão da cobrança contra grandes devedores, que ainda não chegou à Câmara e chegará na próxima semana; e a assistência dos militares.”
Por Letícia Fucuchima