Por Octávio Santiago – Apesar de a legislação exigir cota mínima de 30% por gênero nas candidaturas proporcionais, os partidos que atualmente constituem a bancada potiguar na Câmara dos Deputados admitem a priorização de candidaturas declaradas masculinas. MDB, PSDB, PSD, PSB e PP afirmam que vão respeitar a exigência, mas a prioridade é a reeleição dos atuais mandatários.
Os cinco partidos integram grupo que fecharam questão sobre a importância da manutenção dos mandatos dos seus deputados federais. São eles, respectivamente: Walter Alves, Rogério Marinho, Fábio Faria, Rafael Motta e Beto Rosado. Felipe Maia (DEM) deve abrir mão da reeleição em favor do seu pai, o senador José Agripino Maia (DEM), completando a sexta candidatura de peso masculina na disputa.
Os outros dois deputados federais com mandato atualmente, Zenaide Maia (PHS) e Antônio Jácome (Podemos), declaram-se pré-candidatos ao Senado Federal. Seus partidos, porém, afirmam que terão mulheres na corrida pela manutenção das cadeiras na Câmara, mas ainda não divulgaram quais. O irmão de Zenaide, o ex-deputado João Maia (PR), pretende retornar à baixa câmara do Congresso Nacional com o apoio de bases eleitorais da sua irmã.
O Rio Grande do Norte já teve duas deputadas federais em sua bancada até o ano de 2015 – a senadora Fátima Bezerra (PT) e a vereadora de Mossoró Sandra Rosado (PSDB). O maior número até aqui. A saída de Zenaide da Câmara pode subtrair de vez a representação feminina potiguar na casa legislativa.
Partidos sem representação atual na Câmara dos Deputados, no entanto, elegeram candidaturas de mulheres como prioritárias em 2018. É o caso do PROS, com a vereadora de Natal Carla Dickson (PROS) e o Avante, com a odontóloga Karla Veruska, esposa do presidente da Câmara Municipal da capital, vereador Raniere Barbosa, do mesmo partido. Outras legendas seguem caminho parecido, na tentativa de manter ou até mesmo de ampliar a voz feminina potiguar em Brasília.