O deputado federal Antônio Jácome (Podemos) disse nesta segunda-feira, 23, que “não traiu ninguém” ao se aliar a DEM, MDB, PDT e PP em uma chapa para disputar as próximas eleições no Rio Grande do Norte. Considerado aliado do governador Robinson Faria (PSD) durante os últimos três anos e meio, Jácome agora é pré-candidato a senador no mesmo grupo político do pré-candidato ao Governo Carlos Eduardo Alves (PDT).
“Não votei em Robinson para governador [em 2014], mas não podia fazer oposição ao Rio Grande do Norte. Estive à disposição dele e do secretariado quando o Rio Grande do Norte era um assunto em pauta nos ministérios ou no Palácio do Planalto. Acompanhei [em Brasília], todas as vezes em que fui convidado pelo Governo, as audiências, solicitações, dificuldades e entraves burocráticos. Estive ao lado do Rio Grande do Norte”, afirmou Jácome, em entrevista à TV Band Natal.
De acordo com o parlamentar, ele “não era um aliado automático e incondicional” do governador Robinson Faria porque sua trajetória política sempre foi de “muita independência”. Segundo o deputado federal, os cargos na gestão estadual atribuídos a ele – o que justificaria uma acusação de “traição” – na verdade foram indicados por seu filho, o deputado estadual Jacó Jácome (PSD).
“Meu filho é do PSD e sim, como membro da bancada do partido [presidido no Estado por Robinson Faria], indicou alguns espaços, o que é natural em uma aliança político-administrativa que se dá, principalmente sendo membro do mesmo partido”, registrou.
Por fim, Antônio Jácome assinalou que, devido à sua postura de “independência”, não houve sequer “rompimento” com o atual governador. “Não traí ninguém. Não precisei romper porque não anunciei qual seria o meu caminho para a majoritária. A circunstância me fez aceitar o convite de MDB, DEM, PDT e PP”, acrescentou.
Sobre a possibilidade de o PSD negar legenda para Jacó Jácome disputar a reeleição para a Assembleia Legislativa, Antônio Jácome disse que isso já foi resolvido. “Esse é um assunto vencido, superado”, finalizou o deputado, complementando que crê que o seu filho terá “segurança jurídica” para disputar as próximas eleições.
Agora RN