19 de julho de 2018

Ministra do TSE rejeita pedido do MBL para declarar Lula inelegível

Na decisão, Rosa Weber não entrou no mérito do pedido e entendeu que os representantes do movimento não tem legitimidade para levantar a causa

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou ontem (18) pedido feito pelo Movimento Brasil Livre (MBL) para que o tribunal declare a inelegibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na decisão, Rosa Weber não entrou no mérito do pedido e entendeu que os representantes do movimento não tem legitimidade para levantar a causa. Além disso, a ministra afirmou que antes do período de registro de candidaturas, não se pode discutir legalmente a questão da inelegibilidade de candidatos.

Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex em Guarujá (SP). A prisão foi executada com base na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.

Apesar de a Lei da Ficha Limpa ter definido que condenados por órgãos colegiados estão inelegíveis, o momento no qual a Justiça Eleitoral analisa a restrição ocorre após a apresentação do pedido de registro de candidatura, que deve ser feito a partir do próximo dia 20 de julho até 15 de agosto, depois da aprovação do candidato na convenção de seu partido.

Agência Brasil

São Paulo do Potengi poderá ter mais um pré-candidato a deputado estadual no pleito de 2018

Com o passar da Copa do mundo e das comemorações Juninas, dá-se início nos próximos dias as convenções partidárias, aonde será homologada as candidaturas para o pleito de 2018.

A região Potengi como é de conhecimento de todos, a tempo, mas a muito tempo, está sem representatividade, digo; sem um representante do Potengi na Assembleia Legislativa…

Andando e analisando o quadro político na ribeira do Potengi, São Paulo do Potengi possivelmente vai ter mais um pré-candidato para concorrer ao pleito de 2018…

Em breve a região ficará sabendo quem será o 4 pré-candidato a Deputado Estadual do Potengi para concorrer a uma vaga na ALRN.

Teremos mais informações.

São Paulo do Potengi poderá ter um pré-candidato a deputado estadual no pleito de 2018

Com o passar da Copa do mundo e das comemorações Juninas, dá-se início nos próximos dias as convenções partidárias, aonde será homologada as candidaturas para o pleito de 2018.

A região Potengi como é de conhecimento de todos, a tempo, mas a muito tempo, está sem representatividade, digo; sem um representante do Potengi na Assembleia Legislativa…

Andando e analisando o quadro político na ribeira do Potengi, São Paulo do Potengi possivelmente vai ter mais um pré-candidato para concorrer ao pleito de 2018…

Em breve a região ficará sabendo quem será o 4 pré-candidato a Deputado Estadual do Potengi para concorrer a uma vaga na ALRN.

Teremos mais informações.

Sujos e mal lavados do centrão montam o palco para sabem quem vão apoiar para Presidente

Os partidos do centrão assumiram o comando das arrumações nos bastidores da sucessão de 2018. A cortina ainda está fechada. Mas já se ouve da plateia o ruído abafado da montagem do palco. Nesta quinta-feira, sujos e mal lavados da política se reúnem na casa funcional do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para refinar o processo de escolha de um protagonista para sua trama. Disputam o tempo de TV e o amor do centrão Ciro Gomes e Geraldo Alckmin. Ex-presidiário do mensalão, Valdemar Costa Neto, que no espetáculo faz o papel de dono do Partido da República, assumiu as vezes de cupido.

Deve-se a Valdemar a perspectiva de reunificação do centrão. O personagem desgarrara-se do grupo para negociar uma aliança com Jair Bolsonaro. Fracassada a tentativa, comunicou aos velhos parceiros que está de volta. Como já foi alvejado pela língua de Ciro, Valdemar tem uma leve queda por Alckmin. Mas informou aos congêneres que topa qualquer negócio, desde que o empresário Josué Gomes da Silva, filiado ao PR, seja acomodado na posição de candidato a vice-presidente. Conforme já noticiado aqui, Josué já havia se colocado à disposição do grupo.

Participam dos entendimentos, além de Rodrigo Maia e do notório Valdemar, o senador Ciro Nogueira (PP), réu na Lava Jato, Paulinho da Força (SD), alvo de inquérito criminal no Supremo, Marcos Pereira (PRB), também pendurado na Lava Jato e ACM Neto (DEM). Consolidou-se entre eles o desejo de que seus respectivos partidos negociem os dotes eletrônicos de maneira unificada.

Fala-se muito em coalizão partidária e programa de governo. Mas a ausência de ideias denuncia, por assim dizer, o embuste. Ganha trinta segundos no horário eleitoral quem for capaz de explicar o que une o centrão além do propósito de invadir cofres públicos. Se alguém não estiver ligando o nome à pessoa, basta recordar que o grosso do atual centrão fez as vezes de milícia parlamentar de Eduardo Cunha, esticando-lhe o mandato e acompanhando-o até a porta da cadeia.

Com poucas variações, esse mesmo condomínio parlamentar dá as cartas há muito mais tempo do que o Tesouro Nacional poderia suportar. Sob FHC, a convivência com a intelectualidade tucana proporcionou ao centrão um excelente merchandising. Sob Lula, o Planalto de fachada operária resultou em ótimos negócios. Sob Dilma, o centrão desistiu de terceirizar o poder ao petismo. Substituiu a preposta de Lula, sem talento para a administração do balcão, por Michel Temer, especialista na matéria.

Nem as almas mais ingênuas acreditariam que partidos identificados com o suborno, o acobertamento, o compadrio, o patrimonialismo e o fisiologismo percorrem os bastidores das negociações presidenciais com a disposição de passar os próximos anos dedicando-se a outra atividade que não seja a perpetuação dos vícios. Pode demorar mais alguns dias para acomodar todos em suas marcas e decidir quem, afinal, vai levar o tempo de TV do bloco.

Quando a cortina finalmente for aberta, a primeira cena deve ser divertida. Alguém deve achegar-se à boca do palco para anunciar: “Nós apoiaremos…” Ao fundo, os dois candidatos ajustarão a peruca e escolherão o nariz que utilizarão na campanha.

JOSIAS DE SOUZA

Artigo: Agora, termina o futebol e começa o voto

No futebol terminou a Copa do Mundo. A partir de sexta feira, 20 de julho começa a Copa do voto”, com o início do prazo para realização das convenções partidárias e definição das candidaturas, que terminará em cinco de agosto.

Sobre os jogos de Moscou, difícil responder as razões da nossa desclassificação. Um fato incontestável é explicado por Luís Fernando Veríssimo: “Crepúsculo dos Deuses seria um título adequadamente wagneriano para essa Copa. Divindades caíram dos seus pedestais”.

Em principio, total injustiça atribuir o insucesso a incompetência de Tite e dos jogadores. Os números mostram que a seleção dominou o jogo final com a Bélgica. Perdeu no mínimo 10 gols, acertou bola na trave e teve um pênalti claro e incontroverso não marcado. No placar, dois gols do Brasil (um contra), contra um marcado pela Bélgica.

Afinal, o que faltou ao Brasil: competência ou sorte? Napoleão alinhava três fatores para ganhar a guerra: bons soldados, armamento eficiente e “sorte”. Seria mera coincidência, a semelhança desses conceitos napoleônicos com o futebol? Atribuir o sucesso a sorte gera polêmica. Não se nega ser fundamental fazer com eficiência o dever de casa. Mas, isso não basta. Competência é fruto do talento e do trabalho. Sorte é a oportunidade, que independe da competência. Muitas vezes, a oportunidade aleatória vence o talento e o trabalho. O importante será lutar, começar de novo, fazer escolhas profissionais acertadas, preservar valores humanos e acreditar sempre.

Sobre a “Copa do voto”, que começa no Rio Grande do Norte, muitas indagações pairam no ar. Dois fatores se sobressaem: o curtíssimo espaço de tempo para mostrar os candidatos e o elevadíssimo grau de indefinições sobre o comportamento do eleitor.

Pelas últimas pesquisas, aplicadas por institutos locais idôneos, só não enxerga quem não queira. São evidentes os reduzidos índices de apoio e os expressivos percentuais de ausência do eleitor nas urnas (favorece os aliados de Lula). Caso as pesquisas se confirmem será um preço elevadíssimo, a ser pago por aqueles que insistam e não entendam a voz prévia das ruas. Avaliações sobre as causas dessa realidade apontam várias hipóteses. Duas delas: o “enclausuramento” dos partidos, transformados em “casa grande de fazendas” e o fato das novas exigências do eleitor não serem levadas em conta pelas siglas, nas escolhas de candidatos. Usam-se critérios antigos para agregar aparentes e falsos apoios eleitorais, que o eleitor rejeita, pelo oportunismo revelado.

Na história política estadual, sempre prevaleceram verdadeiras armaduras em torno dos partidos, favorecendo “grupos” e “amigos” com interesses pontuais, regra geral pessoas sem vocação e sem o mínimo de espirito público. Tais fatores dificultaram o surgimento de propostas, realmente inovadoras. Percebe-se que a escassez não é do “novo”, mas de valorização da experiência política e competência no lançamento de candidatos, independente de terem ou não exercido mandatos eletivos, ou idade biológica.

Por outro lado, o momento nacional é de profundas mudanças. Ninguém se engane: o eleitor “abriu os olhos”. Nos distantes rincões do país, o what up, facebook, blogs e outros meios da Internet detalham informações instantâneas sobre os candidatos. No RN, praticamente não se conhecem propostas. Na disputa pelo executivo, o que existe de concreto para julgamento popular é a bem avaliada experiência administrativa de Carlos Eduardo na PMN e o desempenho de Robinson Faria no governo, além da impetuosidade ideológica da senadora Fátima Bezerra, agregando o lulismo.

Na escolha legislativa estadual (senador e deputados) a desertificação é maior. Nada de ideias, ou apresentação de obra legislativa de mandatos anteriores, a ser continuada. A esperteza é premiada, com o uso notório da máquina pública para “prometer” votos e apoios no “mercado eleitoral”, através de “pseudos” serviços prestados, “vitaminados” pelos “convênios” viciados e nutridos pelo dinheiro público. De outra parte, vê-se a notória manipulação de legendas, construindo “nominatas”, a serviço unicamente de interesses privados e chantagens de bastidores.

No futebol, o sonho do Brasil hexa está transferido para 2022. Afasta-se também o sonho do “novo Brasil” brotado das urnas de outubro, diante do crescimento da decisão do eleitor de “não votar”. Se essa tendência prevalecer, pela total e absoluta ausência de candidatos com vocação e espírito público, também na política o sonho será adiado para 2022. A dúvida é se as instituições resistirão até lá.

Ney Lopes – jornalista, ex-deputado federal e advogado – [email protected]