Em jantar com centrão, Alckmin tem dificuldade de provar viabilidade de candidatura

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) deixou o jantar com integrantes de partidos do centrão nesta quarta-feira (4) sem convencer a cúpula de DEM, PP, PRB, SD e PSC que sua candidatura tem viabilidade.

Participantes do encontro disseram reservadamente que o tucano é bem aceito tanto pessoal como politicamente, mas que não consegue demonstrar condições de crescer nas pesquisas de intenção de voto. Preocupa principalmente o baixo desempenho de Alckmin em São Paulo, estado que governava até abril.

Pesquisa interna do DEM aponta que a rejeição de Alckmin é de 60% ante 52% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O levantamento indica ainda que o PSDB e seu candidato tem um nível de desgaste considerado irreversível.

A cúpula do DEM quer usar os dados da pesquisa para tentar mostrar aos demais integrantes do bloco que Ciro Gomes (PDT-CE) é um candidato mais viável. Com a pesquisa em mãos, a ideia do comando da legenda do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é tentar explicar ao eleitor a guinada a esquerda para um apoio o presidenciável do PDT.

Diretórios mais tradicionais do DEM e partidos como o PRB, no entanto, preferem Alckmin.

O ex-governador de São Paulo acenou ao centrão dizendo que está aberto a construir a campanha e o governo em conjunto com o bloco. Argumentou ainda que deve crescer nas pesquisas em São Paulo, disse já ter o apoio de quatro partidos (PV, PTB, PSD e PPS) encaminhado, que terá a melhor estrutura de campanha e que tem as melhores propostas.

Os primeiros a deixar o encontro foram os presidentes do DEM, ACM Neto, e do PP, Ciro Nogueira. Eles disseram que a definição do bloco acontecerá somente depois da Copa do Mundo, entre 16 e 20 de julho.

O grupo, que já havia se reunido com Ciro Gomes e Alvaro Dias (PODE-PR), volta a se encontrar na próxima quarta-feira (11).

Juntos, os cinco partidos têm cerca de 150 segundos de tempo de televisão, algo importante para qualquer candidato, ainda mais nesta campanha reduzida. Sozinho, o PSDB tem apenas 78 segundos.

FOLHAPRESS

Potengiense é destaque no quadro ‘O Brasil que eu quero’ do Jornal Nacional

Na edição do Jornal Nacional desta quarta-feira, 04, em mais um quadro ‘O Brasil que eu quero‘ o Potengiense Moacir Farias, pai do radialista Vinicius Marinho da 98 FM de Natal/RN, foi destaque da vez.

Moacir no vídeo de 0:15 segundos disse: “Eu quero um Brasil de honestidade, que dê dignidade ao seu cidadão, onde os impostos serão devolvidos em segurança, saúde e educação pra se ter mais liberdade, sem criminalidade e sem corrupção”.

Para conferir a participação de Moacir, basta clicar no link abaixo:

https://globoplay.globo.com/v/6851292/

Em depoimento, Fred admite ter recebido R$ 9 milhões para campanha de Henrique

O empresário Fred Queiroz confirmou em depoimento à Justiça Federal nesta quarta-feira, 4, que recebeu R$ 9.031.500,00 (destes, R$ 5 milhões em espécie) via caixa 2 para a campanha do, então, candidato ao governo do Rio Grande do Norte, Henrique Eduardo Alves. Também ex-secretário de Obras de Natal, Queiroz citou que houve ainda “compra de apoio político” para juntar votos em benefício de Henrique.

Queiroz, todavia, afirmou desconhecer a origem do dinheiro até o momento em que o Ministério Público Federal deflagrou a Operação Manus, em junho de 2017. Ele explicou ainda que, do dinheiro recebido em espécie, R$ 1 milhão foi entregue em uma mala por Norton Domingos, assessor pessoal de Henrique, e outros R$ 500 mil foram depositados na conta da empresa do ex-secretário de Obras de Natal, a Pratika. O restante, conforme depoimento de Queiroz, foi repassado a pessoas indicadas por Arturo Arruda e ao próprio publicitário (R$ 100 mil) em São Paulo.

O resto do dinheiro pago em espécie (R$ 4 milhões), segundo Queiroz, teria sido sacado do Banco do Brasil do Centro Administrativo e viabilizado pelo assessor Aluízio Dutra. O intuito era “mobilizar” municípios potiguares a favor de Henrique em 2014.

Fred Queiroz, o primeiro a ser ouvido nesta quarta-feira, foi parte da oitiva envolvendo os réus da “Operação Manus”, que apura desvios na construção da Arena das Dunas, bem como movimentação de propinas envolvendo empreiteras para auxiliar na campanha do ex-ministro do Turismo. Ele negou que houvesse sido coagido a firmar acordo de delação premiada com Ministério Público Federal.

Além do próprio Queiroz, são réus na ação, Henrique Alves; Eduardo Cunha; o publicitário Arturo Arruda; o ex-presidente da Odebrecht, Fernando Ayres e José Aldemário Pinheiro (Léo Pinheiro), da OAS. Ele foi ouvido pelo juiz Francisco Eduardo Guimarães, titular da 14ª Vara Federal.

Palavra de Ayres

Ex-presidente da Odebrecht, Fernando Ayres afirmou em seu depoimento que a intenção da empresa era apoiar um candidato ao governo do Rio Grande do Norte que estivesse de acordo com os ideais da Odebrecht, bem como maleável a participar de iniciativas de privatizações, como a Caern – este nome seria o de Henrique Alves.

AGORA RN

Henrique Alves vira réu por lavar dinheiro de propina de obra no RJ

O ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-ministro Henrique Eduardo Alves (MDB-RN) virou réu nesta quarta-feira, 4, em um processo que apura se ele lavou dinheiro ilícito desviado de uma obra do Rio de Janeiro conhecida como Porto Maravilha para uma offshore e, desta, para contas em paraísos fiscais. A decisão é do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal.

“Sem prejuízo de análise mais acurada em fase posterior, considerando que o mesmo réu já foi processado e julgado por fatos conexos anteriores, até agora está demonstrada a plausibilidade das alegações contidas na denúncia em face da circunstanciada exposição dos fatos tidos por criminosos e as descrições das condutas”, escreveu o magistrado.

A denúncia contra Alves foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) em dezembro de 2017. O caso é referente às transações financeiras que Alves teria feito para encobrir propina supostamente recebida por ele da Carioca Engenharia, uma das responsáveis pela obra Porto Maravilha.

Veja

Pré-candidato Henrique Meirelles diz que pode levar votos de Lula

Marcelo Camargo / Agência Brasil

Agência Estado

Pré-candidato do MDB à Presidência da República, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles afirmou nesta quarta-feira, 4, que vai basear sua campanha nas experiências que teve no governo Michel Temer e Lula – de quem foi presidente do Banco Central. Meirelles conta com a propaganda eleitoral na TV para convencer eleitores de que foi responsável por crescimento econômico da Era Lula, captando votos dos lulistas, e da recuperação no governo Temer.

“Sirvo o País. Trabalhei com Lula e com Temer, sendo bem-sucedido em ambos os casos”, disse hoje o emedebista ao discursar para empresários no evento Diálogo da Indústria com Candidatos à Presidência da República, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Vou basear minha campanha no que fiz no governo Lula e no governo Temer também. As pessoas vão saber que o responsável por aquela época fui eu e não um candidato qualquer apoiado por Lula. E agora (governo Temer) também.”

Ele afirma considerar que poderá, com o início do horário eleitoral, levar o crédito, no lugar de um eventual candidato do PT, de eleitores que avaliam como positivo o governo Lula. Mesmo preso, o ex-presidente é pré-candidato do PT, mas foi condenado em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o que poderá levar a Justiça Eleitoral a barrar o registro.

O ex-ministro disse que obteve resultados excelentes nos dois governos, mas que ainda não houve tempo de a população perceber na gestão Temer. Meirelles afirmou que tem apoio majoritário no MDB para vencer a convenção nacional do partido, agendada para o fim de julho. Segundo o presidenciável, a base do partido já se mobiliza por sua campanha.

“Temos garantia da vasta maioria e de uma vitória consagradora na convenção do MDB. É natural que um ou outro questione. Calculo que mais de 80% dos delegados do MDB, de Estados que visitei, estão conosco”, disse.

Ele diz que, apesar de ter no geral entre 1% e 2% de intenções de voto, segundo pesquisas registradas, atinge patamares superiores em sondagens qualitativas encomendadas por seus aliados.

Meirelles considera possuir até 30% de preferência entre eleitores que o conhecem e julgam ter dados suficientes sobre ele para decidir o voto. O ministro ainda se julga desconhecido do eleitorado: “Vários dos atuais candidatos estão fazendo campanha há anos”.

Fintechs

O ex-ministro da Fazenda se comprometeu a enviar ao Congresso nos primeiros meses de governo, caso eleito, um projeto de simplificação do sistema tributário, tornando-o mais transparente, eficiente e benéfico para empresas. Em seguida, promete a redução da carga tributária, que considera crucial para a recuperação industrial. Ele disse que o excesso de processos trabalhistas também atrapalha a competição da indústria brasileira no mercado aberto.

Meirelles afirmou que “não há dúvida de que existe pouca competição no mercado financeiro brasileiro” e citou o excesso de agências bancárias como uma barreira à competição. Ele disse que aposta numa abertura do mercado às fintechs, para competição de crédito. Ele prometeu uma regulação no Conselho Monetário Nacional para abrir o mercado às fintechs.

Ele disse que a interferência governamental na taxa de juros “sempre deu errado no mundo inteiro” e que a redução virá com aumento da competição.

Caso eleito, ele promete montar um “time dos sonhos” nos ministérios.

Guilherme Boulos: “Nós temos que tirar Henrique, os Maias e as oligarquias do RN”

O pré-candidato a presidente da República pelo Psol, Guilherme Boulos, passou em Natal (foram apenas algumas horas na capital do Estado) nesta quarta-feira, 4, e aproveitou a oportunidade para externar, à imprensa local, parte do entendimento dele sobre questões políticas variadas, tanto nacional, quanto local.

No aspecto local, defendeu o fim dos espaços do que chamou de “Oligarquias que representam o atraso” e sugeriu uma mudança na forma de combate à violência no Rio Grande do Norte e em todo o País, com o ciclo fechado, onde o policial responsável pela prisão, deve também fazer a denúncia e tudo mais; e unificação e desmilitarização das polícias.

Nacionalmente, revelou que deve haver uma união entre as forças da esquerda no segundo turno e prometeu, se eleito, fazer um grande programa emergencial de obras públicas, como forma de reverter a crise econômica. Veja as análises de Boulos sobre esses temas:

POLÍTICA NO RN

Uma coisa é a imagem do Rio Grande do Norte e do seu povo. Um povo guerreiro, resistente, que lamentavelmente sofre com as desigualdades desse pais, que está machucado, mas que tem esperança e não tenho a menor dúvida que vai se posicionar ao lado da mudança.

Outra coisa são as oligarquias do estado. Essas oligarquias que representam o atraso que nós vemos aí em boa parte do Brasil. Gente que se acha dona do País, da consciência popular. Acredita que pode tratar o povo como gado, negociando, inclusive, água, na indústria da seca em troca de voto e prática clientelista.

Temos que tirar essas pessoas da política. Henrique Eduardo Alves, os Maia daqui, toda essa turma, dos vários nomes oligárquicos do Rio Grande do Norte e do Brasil. Estamos falando dos Sarney no maranhão, do Jader Barbalho no Pará.

A política que construímos e o que vamos fazer ganhando essas eleições é tirar, pela primeira vez, essas oligarquias do poder. Não queremos aliança com eles, não queremos governar com eles. Eles são adversários nossos e do Brasil.

UNIÃO DA ESQUERDA

A esquerda tem unidade em pontos fundamentais e somos defensores dessa unidade. A defesa da democracia, contra o conservadorismo, contra oportunismo como Bolsonaro; em defesa da liberdade do Lula, da justiça por Marielle. Esses pontos são chaves. Agora, existem diferenças e não dá para jogar essas diferenças para debaixo do tapete. Eu não me sinto representado, nem o PSOL, por quem não aprende a lição do que aconteceu com o Brasil, com o golpe, e continua fazendo aliança com golpista. Isso não nos representa. Unidade se constrói em torno de princípio. Se tiver um acordo que não há aliança com golpista, que nós vamos enfrentar os bancos e o sistema financeiro e nós vamos governar com a maioria do povo brasileiro, é uma coisa. Querer que a gente baixe bandeira e faça política de um jeito que já vimos que não deu certo, nós não vamos fazer.

SEGUNDO TURNO

Num segundo turno – e nós esperamos estar no segundo turno, porque nossa candidatura é para valer e o cenário dessa eleição é o mais aberto dos últimos 30 anos – qualquer candidato do campo progressista, seguramente vai ter uma unidade se houver um candidato da direita do outro lado.

SAIDA PARA A CRISE

Nenhum país do mundo saiu de crise sem investimento público. O mercado, as forças de mercado, espere sentado para ver se vão investir e gerar emprego. O temer está com essa balela faz dois anos e o desemprego só aumenta. Isso é conversa mole para dar dinheiro para banqueiro e retirar direito dos trabalhadores.

Nós vamos fazer investimento público nesse país. Em infraestrutura, saneamento básico, moradia, saúde e educação, com um programa emergencial de obras públicas para retomar o crescimento do Brasil. Com isso, recupera emprego e renda dos trabalhadores. Vamos também retomar a política de valorização do salário mínimo.

SEGURANÇA PÚBLICA

O modelo de segurança pública hoje está falido. Nós temos um modelo caro, violento e ineficaz. Basta ver os dados. As polícias brasileiras estão entre as que mais matam no mundo e as que mais morrem. E esse matar tem alvo: é a juventude negra, nas periferias, sobretudo.

Existe um verdadeiro genocídio da juventude negra. Temos um modelo que apostou na ideia da violência, da repressão. Então investe em arma, em choque, em mais polícia ostensiva. Pera lá! Vamos botar a bola no chão e olhar para trás: resolveu?

Faz 30 anos que se faz isso e só aumentou a violência no Brasil. Então, essa política de prender, bater, matar, fracassou. Serve para matar jovem negro na periferia. Vamos mudar isso, implementando o ciclo completo da polícia; desmilitarização das polícias, como na maior parte do mundo; investir em educação, construindo escolas; e investir em inteligência.

AGORA RN