
Pouco menos de horas após confirmar o prazo de tarifas de 50% para o Brasil, a Casa Branca voltou atrás e adiou o tarifaço para o dia 6 de agosto, ante o prazo final de 1º de agosto.
Além de adiar o tarifaço, a Casa Branca declarou que 694 produtos brasileiros escaparam do acréscimo de tarifa de 40% sobre o 10% já existentes. Na lista de exceções, estão presentes itens como:
Castanha do Pará
Suco e polpa de laranja
Minério de ferro
Estanho
Silício
Magnésio
Mica
Alumínio
Energia e produtos energéticos
Carvão, coque e derivados
Petróleo
Gás natural
Borracha dura
Madeira e cortiça
Aviões (civis), motores e outras peças de aeronaves
Aeronaves não tripuladas
Motores elétricos
Balões e aeronaves não motorizadas
Helicópteros
Papel e celulose
Ouro e prata
Fertilizantes
O decreto deixa de fora carnes de boi, porco e frango, além do café. Esses produtos serão taxados normalmente, ou seja, em 50% pelos EUA após 6 de agosto, caso o governo brasileiro não chegue a um acordo com a Casa Branca
Todos os itens são produzidos pelo Brasil, apesar de Casa Branca não citar nominalmente o país ao liberar a isenção. As informações são da agência Reuters.
A Casa Branca havia divulgado a tarifa de 50% nesta tarde, considerando que praticas recentes do governo brasileiro haviam colocado a soberania dos EUA sob ameaça.
“Ao impor essas tarifas para lidar com as ações sem precedentes do governo brasileiro, o presidente Trump está protegendo a segurança nacional, política externa e a economia dos Estados Unidos” diz outro trecho do decreto.
O aumento de tarifa confirmado pela Casa Branca nesta quarta vem na esteira de uma sanção contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos aplicou a Lei Magnitsky ao magistrado, que dá direito ao governo americano de congelar bens e contas bancárias de Moraes nos EUA.
O ministro, contudo, disse que não possui bens nem contas nos EUA, segundo o jornal O Globo.