Chefes da segurança, inteligência e administração do presídio de Mossoró são afastados
Os responsáveis pelas áreas de segurança, inteligência e administração do presídio federal de Mossoró foram afastados de seus cargos de chefia pela corregedora do sistema prisional federal, Marlene Inês da Rocha. A medida foi tomada nesta terça-feira (20) e valerá até que as investigações sejam concluídas.
Esses servidores, de acordo com a decisão, continuarão exercendo o cargo de agentes penais, mas sem chefiar os setores. O afastamento ocorre uma semana após dois presos fugirem da penitenciária federal, a primeira fuga do sistema federal desde que foi criado.
De acordo com a decisão da corregedora, o afastamento dos chefes dos setores vai durar até a conclusão dos procedimentos que apuram as circunstâncias da fuga.
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram os primeiros detentos a escapar de um presídio federal brasileiro, considerado de segurança máxima. O sistema foi criado em 2006. Eles fugiram na última quarta-feira (14).
Os fugitivos fizeram uma família refém na noite de sexta-feira (16), numa casa a três quilômetros da penitenciária. As autoridades policiais afirmam que as buscas se concentram sobretudo num raio de 15 km a partir da prisão. Foram montados também cinturões em áreas mais amplas.
Para fugir do presídio, os dois presos utilizaram ferramentas encontradas dentro da unidade, que estava passando por uma reforma interna e os equipamentos não foram guardados adequadamente, facilitando o acesso dos detentos.
Em entrevista em Mossoró nesse domingo (18), Lewandowski disse que o episódio não afeta a segurança das penitenciárias de segurança máxima do país.
A Penitenciária Federal de Mossoró foi inaugurada em julho de 2009 e fica em uma área rural da cidade. Atualmente, o país conta com cinco unidades desse modelo. Elas estão em: Brasília (DF), Campo Grande (MS), Catanduvas (PR), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO).
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