O senador Rogério Marinho (PL), líder da oposição no Senado, comparou o atual Governo Lula da Silva com as gestões da ex-presidente Dilma Rousseff, ambos do PT. Em entrevista ao Jornal da CBN nesta quinta-feira (02), o parlamentar disse que há um repetição de ações que demonstram a “irresponsabilidade do jeito PT de governar”.
De acordo com o senador, as últimas declarações do presidente Lula admitindo que a meta fiscal não será cumprida em 2024 demonstram o debate que existe dentro do próprio governo, “entre a vontade de quem manda e de quem tenta estabelecer algum verniz, um faz de contas, que é o ministro Fernando Haddad”. “Estamos assistindo a repetição do que ocorreu nos últimos governos do PT”, disse.
Durante o Governo Dilma, o Brasil enfrentou uma das maiores recessões econômicas da história, entre os anos de 2015 e 2016, superando inclusive as dificuldades enfrentadas durante a pandemia da Covid-19. Ao relatar as semelhanças daqueles anos com o atual momento, o parlamentar citou o “aparelhamento da máquina pública, de bancos, fundos de pensão, a forma irresponsável que o governo gasta, sem fazer dever de casa, sem reduzir despesa, não se fala em reforma administrativa, só se fala em aumento de impostos para financiar essa farra estabelecida”.
Segundo o senador, quando o governo fala que não vai cumprir a meta fiscal, ele desancora todas as expectativas que existiam em relação a diminuição da taxa de juros no futuro. “Isso prejudica toda a economia em cadeia”.
Rogério destaca que o governo e o Brasil podem contar com a oposição sempre que apresentar projetos que signifiquem aperfeiçoamento e racionalidade da máquina pública, a melhoria da gestão, projetos que sejam saudáveis para o Brasil. “O governo tem apresentado ações que vão na contramão do que estamos falando”.
Rogério acrescentou ainda que o atual governo propôs “acabar com a capitalização da eletrobras, o que é uma péssima sinalização para quem empreende no Brasil, tem ministro do Trabalho quer rever a terceirização, ministro da Previdência que afirma que não há déficit previdenciário e fala em revogar reforma, aumento da carga tributária, um o governo que só fala em aumentar gastos”. “Qual a credibilidade que podemos dar a um governo dessa forma?”, questionou.
O senador ressalta ainda que o Brasil está “contratando uma dívida pública futura que, praticamente, inviabiliza as próximas gerações”. Sobre a reforma tributária, destaca a preocupação com a dívida para o futuro. “Vamos ter o país com a maior carga tributária do planeta”.
Rogério Marinho acha pouco provável a votação favorável de uma reforma tributária que parte da premissa que vai aumentar a carga tributária em um país que já paga mais de um terço do seu PIB de impostos. O senador fala sobre a necessidade de um estudo de impacto para avaliar o tamanho da mudança que está sendo proposta na economia do Brasil como um todo.
Tribuna do Norte