Jean Paul Prates é o melhor nome do PT para comandar Petrobras, avaliam conselheiros e mercado

Jean Paul Prates, do PT, foi indicado pelo governo Lula para presidir a Petrobras — Foto: Adriano Machado/Reuters

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) é visto por conselheiros da Petrobras e pelo mercado como o melhor quadro do PT para comandar a estatal.

Na avaliação de economistas e dos executivos da própria petroleira, Prates entende muito do setor e ganha pontos ao não adotar um discurso intervencionista.

Nesta quarta-feira (4), Prates repetiu que nunca defendeu uma intervenção direta nos preços da Petrobras. Como resultado, as ações da estatal subiram e impulsionaram o índice da Bovespa.

Segundo um economista, se a Petrobras será comandada pelo PT, é melhor que seja Jean Paul Prates – alguém que conhece o mercado e tem uma visão realista do papel da estatal.

Conselho deve aprovar nome

No Conselho de Administração, a avaliação é de que o nome dele será aprovado.

Depois da oficialização da renúncia de Caio Paes de Andrade, nesta quarta, o Comitê de Pessoas vai analisar o nome do senador dentro das regras de governança da empresa.

O relatório do comitê será encaminhado ao conselho, que pode aprovar a indicação do governo imediatamente, antes da análise da assembleia de acionistas, por causa da renúncia do nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Mudança sem intervencionismo

O senador Jean Paul Prates disse nesta quarta ser contra uma intervenção nos preços. Ao mesmo tempo, sinalizou que haverá uma mudança no cálculo para levar em conta os custos locais e internacionais.

Atualmente, a Petrobras se baseia no Preço de Paridade Internacional (PPI), que consiste em vender a gasolina e o diesel pelo mesmo preço que eles são vendidos no resto do mundo.

Prates é contra esse modelo, mas reconhece que os custos internacionais e o preço de mercado são componentes da fórmula que define o preço dos combustíveis nas bombas.

Reservadamente, interlocutores do senador têm garantido que ele não vai repetir o modelo adotado durante o governo Dilma – que segurou artificialmente os preços dos combustíveis para baixar a inflação, o que não deu certo e gerou prejuízo para a estatal.

Essa visão de Prates agrada o mercado.

G1

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