Coligação de Lula pede prisão de diretor da PRF; Gleisi orienta ação contra agentes em blitze

Foto: Reprodução Twitter

A coligação Brasil da Esperança, que representa o candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu à Justiça a prisão do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e de superintendentes regionais que não estejam cumprindo a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proibiu operações de blitze neste dia de eleições.

No Twitter, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, orientou a parlamentares da coligação que deem voz de prisão a agentes que descumpram a ordem judicial. “Peço aos parlamentares da nossa coligação que se dirijam aos locais das operações em seus estados e deem ordem de prisão aos policiais,inclusive PMs como no RJ”, publicou a dirigente.

Embora o TSE tenha vetado operações da PRF neste domingo para garantir o fluxo de eleitores, blitze são registradas especialmente no Nordeste, onde o Lula mostra força eleitoral. A coligação de Lula acionou o tribunal contra as operações e o ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte, determinou o fim imediato das atividades.

Entenda o caso

No sábado, 29, Moraes proibiu a PRF de realizar qualquer operação contra ônibus e veículos do transporte público, sob pena de crime, no dia do segundo turno das eleições. No entanto, há denúncias de que o órgão federal estaria concentrando operações no Nordeste e retendo veículos com a finalidade de atrasar os eleitores.

Neste domingo, o presidente do TSE determinou, por volta de 12h, que o diretor da PRF explique as razões de operações que vêm sendo denunciadas por eleitores nas redes sociais. Em uma ação impetrada no sábado no tribunal eleitoral, o PT afirmou que a Polícia Federal estaria planejando uma operação contra o partido.

No despacho, Moraes citou uma publicação que acusa a PRF de fazer uma blitz em Cuité (PB) que estaria impedindo os eleitores de votar. Em outro vídeo, o prefeito da cidade, Charles Camarense, disse ter recebido vários relatos de operações similares no Nordeste. Segundo ele, os atos parecem “orquestrados”.

O Estadão

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