10 de março de 2022

Análise: Lula e Bolsonaro mantêm polarização

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL)
/Foto: EVARISTO SA / AFP

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua à frente das pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, com 39%, mas o presidente Jair Bolsonaro mantém um lugar garantido no segundo turno, com 31,1%, encurtando sua distância para o petista, segundo o Instituto Paraná Pesquisas. O ex-juiz Sergio Moro refluiu para 7,5% e está em empate técnico com Ciro Gomes, que tem 6,8%, mantendo-se um empate técnico na terceira e na quarta colocações. João Doria (2,2) e Eduardo Leite (1,3%) vêm em quinto e sexto. André Janones marca 0,7%; Simone Tebet, 0,4%; e Alessandro Vieira, 0,1%. Somados, os candidatos que buscam a terceira via não chegam a 20% do eleitorado.

É nesse contexto que Lula se movimenta, ao consolidar a indicação de Geraldo Alckmin como vice, apesar das resistências do PT em São Paulo. Uma ala do partido teme o tucano na vice em razão do impeachment de Dilma Rousseff, por achar que o ex-governador de São Paulo seria uma alternativa para o establishment econômico e o Centrão afastarem Lula eventualmente eleito da Presidência, em caso de crise de governo. Outra, considera Alckmin melhor opção do que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, porque não atrairia para a campanha de Lula o forte sentimento antipetista de uma parcela significativa do eleitorado paulista. Essa seria a razão do surpreendente desempenho da candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Lula, porém, não dá ouvidos. Acredita que o tucano é realmente o melhor companheiro de chapa possível, inclusive para garantir o apoio das elites paulistas.

A grande ameaça à presença de Bolsonaro no segundo turno seria o surgimento de uma candidatura forte de terceira via, o que até agora não ocorreu. Moro, que disputa sua base política-ideológica com um discurso focado na bandeira na ética, fez um voo de galinha. A luta contra a corrupção parece que deixou de ser uma prioridade dos eleitores, mais preocupados com desemprego e saúde. Como não houve, até agora, nenhum grande escândalo de corrupção no governo federal, Moro não está tendo facilidade para capturar os eleitores mais conservadores descontentes com o presidente da República. Mesmo o caso das “rachadinhas” da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que envolve diretamente o clã Bolsonaro, saiu do radar eleitoral: o assunto está na geladeira dos tribunais.

De olho na economia
Bolsonaro paga um preço alto por seu negativismo na pandemia e pelo fracasso econômico, além do desmantelamento das políticas públicas, em todas as áreas do governo, principalmente na saúde, na educação e no meio-ambiente. Entretanto, prepara um pacote de medidas na área social com o claro propósito de impactar a população de baixa renda. Os recursos destinados aos novos programas sociais somam R$ 140 bilhões neste ano eleitoral.

O Bolsa Família foi substituído pelo Auxílio Brasil, graças ao parcelamento dos precatórios. Sozinho, representa uma transferência de renda de R$ 89,1 bilhões, muito abaixo dos R$ 353,7 bilhões do Auxílio Emergencial. É uma injeção de recursos de monta nas periferias e pequenas cidades do país. A única coisa que pode neutralizar o impacto eleitoral do programa é a inflação. Na eleição, o carrinho do supermercado será a medida de valor desse novo auxílio. A comparação com o poder de compra durante o governo Lula será até instintiva.

Com a pandemia domada, o emprego em recuperação e essas bondades, o que pode atrapalhar os planos de Bolsonaro são os reflexos da guerra da Ucrânia no Brasil. O comércio exterior brasileiro está acima de meio trilhão de dólares. As exportações superam US$ 100 bilhões, porém com crescente vulnerabilidade. O agronegócio representou 43%. Desse total, mais de 70% das exportações estão representadas por dois produtos de proteína vegetal (soja e milho), 87,7% em valor concentrado no mercado chinês. O mercado asiático absorveu 46,4%, com destaque para a China, que representou 31,3%. Mais de 80% dos fertilizantes são importados da Rússia e de Belarus. A guerra desorganiza as cadeias globais de produção e comércio.

Além disso, o Brasil tem vulnerabilidades estratégicas que passam longe da agenda de Bolsonaro: a falta dos insumos na área da saúde para a fabricação de vacinas (IFA); 60% do consumo doméstico de trigo depende de importação e, desse total, 85% são da Argentina; total dependência de semicondutores e terras raras. O atraso do Brasil na educação, em pesquisa e em desenvolvimento se reflete em todas as áreas produtivas, com exceção do agronegócio, o setor mais atualizado em termos tecnológicos. O problema é que os interesses imediatos dos eleitores também estão ao largo de tudo isso.

Com informações do Correio Braziliense

Número de doadores de órgãos volta a cair em 2021, diz associação

Número doadores de órgãos caiu em 2021 – Foto: Elza Fiuza / Agência Brasil

O número de doadores de órgãos em 2021 foi 4,5% menor que o registrado em 2020. Segundo um levantamento que a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (Abto) divulgou hoje (9), a taxa de doadores efetivos por milhão de pessoas da população (pmp), que tinha atingido 15,8 pmp em 2020, caiu para 15,1 pmp no ano passado.

Em números absolutos, a diferença foi de 123 doadores a menos. Enquanto, em 2020, eles eram 3.330, no ano passado houve apenas 3.207 doadores. Uma redução significativa, segundo a associação, uma vez que o número de doadores já tinha diminuído bastante devido à pandemia da covid-19 – em 2019, foram 3.768 doadores efetivos e a taxa atingiu a 18,1 pmp, a maior desde 2010, quando estava em 9,9 pmp.

Segundo a Abto, a nova queda do número de doadores efetivos ocorreu na contramão do aumento das notificações a potenciais doadores de órgãos ou seus familiares. De acordo com a entidade, no ano passado, foram feitas 12.215 notificações – o melhor número já obtido, superando as 11.399 de 2019 (em 2020, já no contexto pandêmico, foram 10.639).

Contraindicação
Para a associação, algumas das medidas adotadas para conter a disseminação do novo coronavírus, enquanto o mundo inteiro lidava com as incertezas quanto a melhor forma de enfrentar a covid-19, acabaram por impactar a doação e o transplante de órgãos, fazendo com que a taxa de contraindicação a doações aumentasse.

“A principal causa da queda na taxa de efetivação da doação foi o aumento de 60% da taxa de contraindicação, que passou de 15% em 2019 para 24% em 2021”, aponta a associação, em documento.

“Esse aumento [da taxa de contraindicação] se deve às medidas tomadas no início da pandemia para evitar a transmissão da covid-19 pelo transplante, pois o risco de transmissão era [então] desconhecido e poderia ser alto. Entretanto, [agora] já há dados suficientes na literatura [científica] sugerindo que esse risco [cirúrgico] é mínimo ou ausente, com exceção do transplante de pulmão e, portanto, as medidas devem ser revisadas”, acrescenta a associação, informando que, dos 12.215 potenciais doadores notificados no ano passado, 2.781 foram contraindicados.

Caso a taxa de 2019 (15%) tivesse se mantido, os casos contraindicados não passariam de 1.832, o que, considerando a taxa de efetivação das doações (2 pmp), corresponderia a potenciais 420 doações a mais.

Ainda segundo a Abto, no ano passado, tanto a taxa de transplantes renais (22,4 pmp) quanto a de fígado (9,6 pmp) recuaram 2% em comparação às de 2020. Já o transplante de córneas (60,2 pmp), cuja taxa caiu 53% em 2020, aumentou, em 2021, 77% – percentual que, embora elevado, a mantém 16% abaixo do resultado de 2019, antes da chegada do novo coronavírus ao país.

Situações parecidas com as dos transplantes cardíacos e pulmonar. Ainda que as taxas tenham crescido, respectivamente, 7% e 33%, continuam abaixo dos níveis registrados em 2019. Realizados em apenas seis unidades federativas, os transplantes de pâncreas aumentaram 12% neste ano, retornando à mesma taxa anterior à pandemia (0,8 pmp).

Governo
O Ministério da Saúde já tinha divulgado, no início de fevereiro, que, em 2021, o número de transplantes de órgãos realizados no país caiu em comparação com o ano anterior. Segundo a pasta, entre janeiro e novembro do ano passado, foram realizados 12 mil transplantes. Em 2020, no mesmo período, equipes de saúde executaram 13 mil procedimentos.

Ainda de acordo com o ministério, a lista de espera para transplantes de órgãos e córnea aumentou. Em 2020, 32.900 pessoas estavam aguardando para receber um órgão externo. Em 2021, o número subiu para 34.380 pessoas.

Lista de espera
Em seu levantamento, a Abto aponta que só a lista de espera para o transplante renal (27.427) cresceu, em 2021, 2% em relação ao ano anterior, enquanto o ingresso em lista, que tinha caído 31% em 2020, aumentou 70% no ano passado – em parte, devido à demanda reprimida do período anterior. Em relação a outros órgãos, também foi registrado um aumento da procura.

Com informações do Agora RN

Começa hoje convocação da lista de espera do Sisu 2022

Chamada será feita diretamente pelas instituições de ensino/ Foto: Reprodução Agência Brasil

Começa nesta quinta-feira (10) a convocação de candidatos que se inscreveram na lista de espera do Sistema de Seleção Unificado (Sisu) 2022/1. O programa permite que estudantes com melhores desempenhos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) conquistem vagas em universidades públicas.

A nova chamada será feita diretamente pelas instituições de ensino, por isso os estudantes devem ficar atentos aos dias, horários e locais de atendimento definidos por cada instituição, divulgados em seus próprios editais.

Nesta chamada, as instituições vinculadas ao programa vão utilizar a listagem para preencher vagas que não forem ocupadas na chamada regular, que teve o prazo de matrícula encerrado terça-feira (8).

O programa ofereceu, para o primeiro semestre deste ano, 221,79 mil vagas. Mais de 84,5% delas foram para as instituições federais (universidades e institutos). As vagas foram para 6.146 cursos de graduação, em 125 instituições públicas de ensino superior de todo o país.

Com informações da Agência Brasil

Mostra de Cinema de Gostoso confirma nona edição para novembro

 Mostra de Cinema de Gostoso
Mostra de Cinema de Gostoso confirma nona edição para novembro — Foto: Sandro Menezes

A nona edição da Mostra de Cinema de Gostoso está confirmada para o período de 4 a 9 de novembro. Com programação gratuita, o evento conta com a exibição de longas e curtas-metragens ao ar livre na Praia do Maceió, em São Miguel do Gostoso, a 102 km de Natal.

São Miguel do Gostoso vem se tornando um dos principais pontos turísticos do Nordeste, apresentando um elevado crescimento no número de pousadas e de estabelecimentos gastronômicos. Durante a Mostra, a cidade de 11 mil habitantes recebe visitantes de todo o país.

A organização divulgou que este ano será aberta uma nova turma de alunos que participarão dos Cursos de Formação Técnica e Audiovisual, que são oferecidos desde a primeira edição do projeto, em 2013. Serão selecionados 50 jovens de São Miguel do Gostoso, que participarão de uma série de oficinas teóricas e práticas, que culminam na realização de curtas-metragens e na participação direta dos alunos na equipe de organização da Mostra de Cinema de Gostoso.

O evento também vai ampliar as parcerias relativas à responsabilidade socioambiental. Em 2021, com a obtenção do selo uZeh, todo o lixo reciclável foi destinado para os parceiros recicladores, gerando renda e impacto social; e toda a emissão de carbono gerada pela Mostra de Cinema será neutralizada de forma voluntária pela Carbon Limited, em parceria com o Grupo Laces.

A Mostra
Referência de difusão audiovisual no Nordeste, a Mostra de Cinema de Gostoso é uma sala popular de cinema a céu aberto que recebe um público de todo o país. O evento mobiliza os moradores da cidade, que participam ativamente da programação e que passaram a ter um contato mais próximo com a produção cultural de outras regiões do Brasil.

Além da Mostra Competitiva, serão realizados diariamente debates com produtores, diretores e atores dos filmes exibidos, além de um seminário sobre a recente produção audiovisual brasileira. Toda a programação será gratuita.

Com informações do G1 RN

Feirantes municipais de Parnamirim buscam padronização em encontro com prefeito

Feirantes do município se reuniram, nesta quarta-feira (9), com o prefeito Rosano Taveira em busca da padronização das feiras de Parnamirim, em especial a feira de Santos Reis.

Na reunião, foi discutido a melhor forma de alcançar tal sistema, e com o apoio do Prefeito, os feirantes conseguiram chegar em uma solução para adquirir seus materiais próprios que hoje só conseguem através da locação.

As feiras livres na cidade de Parnamirim ocorrem nos bairros de Bela Parnamirim, Coophab, Nova Esperança, Santos Reis Parque Industrial, Pium, e no mercado público da cidade, localizado no bairro dos Santos Reis.

Ubaldo se compromete com emendas 2022 para Fernando Pedroza

O deputado estadual Ubaldo Fernandes, do PL, garantiu, na noite desta quarta-feira (09), em visita a Fernando Pedroza que destinará emendas parlamentares totalizando um valor de R$ 100 mil para contribuir com a saúde e esporte do município.

“Nosso destino na noite desta quarta-feira foi a querida cidade de Fernando Pedroza, onde fui ao encontro dos vereadores Nuna e Messias Mariano, que nos levaram para ver de perto a situação do Ginásio Poliesportivo Raimundo Roberto Carvalho Trindade, quando me comprometi a destinar uma emenda de R$ 50 mil para a reforma e revitalização do equipamento esportivo”, relatou o Deputado nas redes sociais.

Além disso, Ubaldo informa que os parlamentares municipais solicitaram recursos para a ampliação de uma sala na Unidade Básica de Saúde da cidade, para o funcionamento do setor de cardiologia, também no valor de R$ 50 mil, e, considerando um pleito muito necessário para seus moradores, também destinará emenda parlamentar do orçamento 2022 para esse fim.

TRE-RN já recebeu 3.596 novas urnas eletrônicas para as Eleições 2022

Ainda está prevista a chegada de mais 540 novas urnas modelo 2020

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) já recebeu 3.596 novas urnas eletrônicas modelo 2020 (ano em que foram definidas as especificações). O desembargador Gilson Barbosa, presidente do TRE-RN, conheceu, nesta quarta-feira (09), os novos equipamentos que serão utilizados nas Eleições 2022. Outras 540 novas urnas serão enviadas para o TRE-RN, o que totalizará 4.136 equipamentos do modelo 2020. Isso representará 46% do parque de urnas, que ficará com um total de 8.914 equipamentos.

“Sou da época em que a urna era de madeira e acompanhei a evolução até os dias atuais. Hoje elas estão mais modernas, seguras, rápidas e acessíveis a toda população. Isso é importantíssimo, pois a Justiça Eleitoral trabalha em função da democracia. Nós trabalhamos para oferecer aos eleitores do Rio Grande do Norte, no caso, a oportunidade de escolher seus representantes, seus dirigentes de maneira segura e transparente”, disse o desembargador Gilson Barbosa.

O coordenador de eleições do TRE-RN, Tyronne Dantas, explicou sobre a confiabilidade das urnas e a impossibilidade de invasão do sistema através de hackers, pois não são conectadas a nenhuma rede. “As urnas eletrônicas passam por um intenso processo de testes, a cada três meses, e são auditadas mais de uma vez por representantes de cada partido eleitoral antes e depois das eleições. Cada urna também possui uma caixa preta onde fica registrado todo o histórico de utilização. Novas urnas significam eleições com menos problemas e mais celeridade no processo”, explica Tyrone.

Sobre a distribuição dessas novas urnas pelo Estado, o coordenador informou que, após os testes, será definido para onde cada urna será enviada, a depender da necessidade de cada zona eleitoral.

Modelo UE2020

As urnas modelo UE2020 são mais modernas e possuem mais requisitos de acessibilidade, o que permitirá maior rapidez na identificação do eleitorado. Isso porque o terminal do mesário terá tela totalmente gráfica, sem teclado físico, e superfície sensível ao toque. Assim, enquanto uma pessoa vota, outra poderá ser identificada pelo mesário, o que aumenta o número de eleitores por seção e diminui eventuais filas.

Segurança

Um dos principais itens de segurança da urna eletrônica é não ter conexão com qualquer rede, o que inviabiliza ataques externos por hackers. Após a inspeção dos códigos-fontes do sistema e dos programas por partidos, entidades públicas e universidades, todo o conteúdo é lacrado, recebendo a assinatura digital de autoridades, e trancado na sala-cofre do Tribunal.

Além disso, antes, durante e após a votação, as urnas podem ser auditadas pelos partidos e instituições fiscalizadoras que integram a Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e pela sociedade em geral. Entre os momentos passíveis de auditoria, estão a abertura dos códigos-fontes do sistema, que ocorreu em outubro de 2021, e a realização do Teste Público de Segurança (TPS) do Sistema Eletrônico de Votação, realizado em novembro passado.

Outro mecanismo de segurança é o relatório de impressão da zerésima (mostrando que, no início da votação, não há voto registrado na urna para nenhuma candidatura), bem como a emissão dos Boletins de Urna (BUs) logo após o término da votação, com a distribuição de cópias aos partidos e a afixação do BU em cada seção eleitoral para quem quiser comparar com os dados divulgados no portal do TSE.

Fornecedores de Prefeituras – 2022-03-10 00:53:04

Grupo Magalhaes Medeiros – 2022-03-10 00:30:42