7 de setembro de 2021

Bolsonaro ameaça Fux e o STF: o Judiciário pode “sofrer aquilo que não queremos”

Jair Bolsonaro em manifestação em Brasília / foto: reprodução Facebook

O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) voltou a fazer ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã desta terça-feira, 7 de Setembro, em Brasília. Em manifestação para apoiadores, que contou com número muito aquém do esperado pelos organizadores, ele afirmou que não aceitará que qualquer autoridade tome medidas ou assine sentenças fora das quatro linhas da Constituição. Num discurso raivoso, ele voltou a ameaçar o presidente do STF Luiz Fux e o Supremo:

– Juramos respeitar a nossa Constituição. O ministro específico do STF perdeu as condições mínimas de continuar dentro daquele tribunal. Não podemos continuar aceitando que uma pessoa específica continue paralisando a nossa nação. Não podemos aceitar”, discursou, antes de prosseguir:

“Não mais aceitaremos qualquer medida, qualquer medida, qualquer ação ou qualquer certeza que venha de fora das quatro linhas da Constituição. Nós também não podemos continuar aceitando que uma pessoa específica da região dos Três Poderes continue barbarizando a nossa nação”, disse se referindo ao ministro do STF, Alexandre de Moraes.

“Ou o chefe desse poder enquadra o seu ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos, porque nós valorizamos, reconhecemos e sabemos o valor de cada poder da República. Nós todos aqui na Praça dos Três Poderes juramos respeitar a nossa Constituição. Quem age fora dele se enquadra ou pede pra sair”

Jair Bolsonaro em recado a Fux e ao STF

Bolsonaro afirmou ainda que “não podemos aceitar mais prisões políticas no nosso Brasil. Ou o chefe desse poder enquadra o seu ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos, porque nós valorizamos, reconhecemos e sabemos o valor de cada poder da República. Nós todos aqui na Praça dos Três Poderes juramos respeitar a nossa Constituição. Quem age fora dele se enquadra ou pede pra sair”, ameaçou.

Com informações da revista Fórum e do site Metrópoles

Atos pró e contra o governo ocorrem em clima pacífico

Celso Luix / Estadão Conteúdo

CNN Brasil – As celebrações pelos 199 anos da Independência ocorrem de forma pacífica nesta terça-feira, 7 de Setembro. Em Brasília, as comemorações oficiais começaram com a cerimônia de hasteamento da bandeira nacional no Palácio da Alvorada.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desfilou em carro aberto até o local da cerimônia. O ato contou com a exibição de carros anfíbios das Forças Armadas no Lago Paranoá e a participação de 18 paraquedistas, que pousaram no gramado do Palácio da Alvorada. Uma paraquedista entregou a bandeira do Brasil ao presidente.

O tradicional desfile militar na Esplanada dos Ministérios foi suspenso por conta da pandemia.

Populares caminhavam por volta das 10 horas da manhã pela Esplanada dos Ministérios e aguardavam a chegada de Bolsonaro, que discursará para apoiadores nesta manhã.

O clima pacífico contrasta com as tentativas de furar bloqueios, que ocorreram ontem à noite, quando manifestantes favoráveis a Bolsonaro chegaram a invadir a Esplanada dos Ministérios.

A abertura da Esplanada para circulação de carros de passeio ocorrerá somente após a dispersão dos manifestantes.
Atos pelo Brasil

Estão programados atos pró e contra o governo em várias cidades neste 7 de Setembro.

No Rio de Janeiro, manifestantes pró-governo se concentram nesta manhã na orla de Copacabana, zona sul da capital fluminense. Também em clima pacífico, a população se apresenta majoritariamente vestida de verde e amarelo e portanto a bandeira brasileira.

Já a manifestação contra o governo se concentra na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio. Ruas no entorno estão interditadas. Assista abaixo como foram as movimentações:

Em São Paulo a segurança está reforçada e manifestantes pró-governo se concentram na Avenida Paulista desde cedo, onde Bolsonaro deve falar a manifestantes por volta das 16 horas, segundo informou pelo Twitter. “Hoje não é uma data minha ou de qualquer autoridade. É uma data do povo brasileiro”, escreveu o presidente nas redes sociais.

O efetivo de segurança paulista será de aproximadamente 3.600 policiais e contará com o apoio de mais de 1.400 viaturas, 60 cavalos, 4 drones e 2 helicópteros da Polícia Militar (PM), segundo a Secretaria de Segurança Pública de SP.

Também participam da operação de segurança equipes dos Comandos de Policiamento da Capital (CPC), de Trânsito (CPTran), de Choque (CPChq) e do Corpo de Bombeiros (CCB).

Os atos serão ainda monitorados por meio de câmeras fixas, móveis, câmeras instaladas em motocicletas e as chamadas bodycams, instaladas nas fardas dos policiais. As imagens serão acompanhadas em tempo real direto do Centro de Operações da PM.

VÍDEO: Movimento do “Fora Bolsonaro” realizam protesto na praia do Forte em Natal

Na manhã desta terça-feira, 07, apoiadores do ex-presidente Lula e contra o governo Bolsonaro, realizaram movimento “Fora Bolsonaro”.

O ato saiu em passeata da Praça das Flores e seguiram para a Praia do Forte, passando pela ladeira do sol em Natal. Gritos como “Fora Bolsonaro”, “fora Mourão” e “Genocida” foram entoados pelo movimento.

Manifestantes contrários a Bolsonaro caminham até a Praia do Meio, em Natal

Protestantes caminham para a Praia do Meio. Foto: José Aldenir/Agora RN

Agora RN – Os manifestantes contrários ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) saíram da Praça das Flores, na Zona Leste de Natal, em caminhada para a Praia do Meio. O “Grito dos Excluídos” foi organizado por movimentos sociais e conta ainda com a presença de vereadoras como Brisa Bracchi (PT), Divaneide Basílio (PT) e Pedro Gorki (PC do B), além da deputada federal Natália Bonavides (PT).

As pessoas se reuniram na Praça das Flores logo no início da manhã desta terça-feira, 7 de setembro. O “Grito dos Excluídos”, que tradicionalmente se reúne neste dia desde 1995, tem expectativa de reunir de 3 a 5 mil pessoas em Natal. Pessoas com camisas da Central Única dos Trabalhadores (CUT) presenciaram uma pequena “motociata” pró-Bolsonaro que passou perto da Praça das Flores logo no começo da manhã, mas não houve qualquer tipo de insulto.

O ato foi encerrado na Praia do Meio por volta das 11h.

“O Grito dos Excluídos é uma construção muito antiga do movimento social, sua realização no 7 de setembro traz o simbolismo que existem outras vozes a serem ouvidas além da que gritou independência e que ainda são marginalizadas. Esse ano mais do que nunca esse protesto ecoa a voz de quem passa fome pelos altos preços de comida, por quem não tem teto e por quem não aguenta mais os desmandos do governo Bolsonaro”, disse a vereadora de Natal, Brisa Bracchi (PT).

As mobilizações, tanto a favor quanto contra a gestão federal, ocorreram em meio à tensão política da crise institucional que o País tem enfrentado nas últimas semanas, marcada principalmente por embates de Bolsonaro com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Protesto nesta manhã. Foto: José Aldenir/Agora RN
Movimentos sociais protestam nesta terça. Foto: José Aldenir/Agora RN

VÍDEO: Apoiadores do presidente se concentram na Praça Cívica em Natal

Várias ruas e bairros de Natal neste momento tem trânsito bastante intenso, em razão do feriado de 7 de setembro e as manifestações em apoio ao presidente Bolsonaro. Vários apoiadores se reúnem neste momento na Praça Cívica para o ato.

Nossa redação irá trazer toda a cobertura.

Brasília e São Paulo reforçam segurança para atos neste 7 de Setembro

Brasília reforça esquema de segurança neste 7 de setembro

Os governos de São Paulo e do Distrito Federal reforçaram a segurança nesta terça-feira para as manifestações pró e contra o governo federal previstas para este 7 de Setembro.

Pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve participar de evento reservado no Palácio da Alvorada, com alguns ministros e comandantes das Forças Armadas, para o hasteamento da bandeira nacional.

O presidente anunciou que logo depois discursará na Esplanada dos Ministérios. À tarde, se desloca para participar de atos na capital paulista.

Em São Paulo, o efetivo de segurança será de aproximadamente 3.600 policiais e contará com o apoio de mais de 1.400 viaturas, 60 cavalos, 4 drones e 2 helicópteros da Polícia Militar (PM), segundo a Secretaria de Segurança Pública de SP.

Também participam da operação de segurança equipes dos Comandos de Policiamento da Capital (CPC), de Trânsito (CPTran), de Choque (CPChq) e do Corpo de Bombeiros (CCB).

Revistas e monitoramentos

Os atos serão ainda monitorados por meio de câmeras fixas, móveis, câmeras instaladas em motocicletas e as chamadas bodycams, instaladas nas fardas dos policiais. As imagens serão acompanhadas em tempo real direto do Centro de Operações da PM.

A Secretaria de Segurança paulista também prevê a realização de revistas em mochilas e bolsas dos participantes das manifestações, além de vistorias prévias e cadastro de carros de som.

Manifestação antecipada

Em Brasília manifestantes entraram na Esplanada dos Ministérios já na noite desta terça-feira (6).

Houve momentos de tensão. Um policial chegou a sacar uma arma em meio aos manifestantes que haviam furado bloqueios para chegar até a Esplanada.

A Secretaria de Segurança do DF informou ter permitido a passagem de alguns caminhoneiros e manifestantes no local ontem à noite. Hoje pela manhã, grupos tentaram furar bloqueios na Esplanada feitos pela PM, que reagiu com bombas.

Ao longo do dia de hoje, a PM do Distrito Federal deve realizar revistas pessoais e bloqueios em algumas vias da Capital Federal.

De acordo com o governo do DF, fica proibido acessar as áreas em que serão realizadas as manifestações portando objetos pontiagudos, garrafas de vidro e demais materiais que possam colocar em risco a segurança da população.

Também será restrita a utilização de drones sem autorização no espaço aéreo da Esplanada dos Ministérios. Os eventos serão monitorados ao vivo pelo Centro Integrado de Operações de Brasília.

CNN Brasil

Não é hora de pedir fechamento do STF, diz General Girão sobre ato de 7 de setembro

Deputado federal General Girão. Foto; Agora RN

O deputado federal General Girão (PSL-RN) fez críticas, nesta terça-feira 7, a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), mas pediu que população não reivindique o fechamento da suprema corte nos atos programados para este 7 de setembro.

O parlamentar, em entrevista à Jovem Pan, disse que as mobilizações serão por “liberdade e respeito”. “Estamos demonstrando um movimento cívico, uma festa patriótica. Vamos manifestar, e não protestar”, pontuou. “Gostaria de estar em Natal, mas tive que ficar em São Paulo para apoiar o presidente e mostrar que estamos juntos”.

Questionado sobre movimentos que pedem o fechamento do STF e da aplicação de um golpe militar liderado por Bolsonaro, o deputado afirmou que não é hora de pedir o fechamento do STF, mas fez duras críticas a ministros. “Queremos respeito à Constituição. O momento não é de exigir, precisamos que os Poderes entendam sua missão constitucional para que o Brasil volte a ter paz. Espero que as pessoas sejam respeitadas pelas autoridades policiais, que elas respeitem as polícias e que a manifestação seja pacífica. Não é hora de pedir fechamento de nada [STF]”, disse.

“Essas autoridades estão querendo ser maiores do que Deus. Espero que o Congresso Nacional possa decidir: “vamos apoiar o presidente a colocar ordem na casa”, continuou. O parlamentar do Rio Grande do Norte também pediu “transparência” nas próximas eleições. “Perdemos a PEC do voto impresso. Por que eles teimaram em não permitir o aperfeiçoamento do sistema de voto? Queremos mais democracia nas eleições”.

Agora RN

Contra aulas presenciais, professores esquecem pandemia e protestam contra Bolsonaro no RN

 

Contrário à volta das aulas presenciais, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte) esqueceu completamente a pandemia e resolveu convocar seus filiados para uma manifestação de rua contra o presidente Jair Bolsonaro neste 7 de setembro.

Apesar de toda a pressão pela volta às aulas presencias na rede pública estadual do RN, o Sinte entende que esse retorno ainda não é seguro e acordou com o governo para que os professores só voltem às salas de aula a partir de 4 de outubro, quando a maioria dos educadores terá recebido as duas doses da vacina contra a Covid-19.

Fora das salas de aulas, os professores irão às ruas nesta terça-feira (07) para denunciar “os ataques do governo Bolsonaro/Mourão/Guedes aos trabalhadores”.

A concentração começará às 9h na Praça das Flores, em Petrópolis. A organização local afirma que os participantes da atividade deverão usar máscara, portar álcool 70% e não aglomerar.

“Para nós, é um momento de grande desafio, ao mesmo tempo em que esse desafio pode ser revertido a partir das massas populares ocupando as ruas e derrotando os tanques, derrotando os fuzis e aqueles que, de uma forma particular, desejam que volte a ditadura para este país. Não à ditadura! Sim à liberdade civil, democrática, coletiva, solidária e fraterna. E fora Bolsonaro”, convocou a professora Fátima Cardoso, coordenadora geral do Sinte-RN, em vídeo publicado nas redes sociais.

Grande Ponto

7 DE SETEMBRO: Sindicato dos Jornalistas do RN pede cautela a profissionais e recomenda acionar polícia em casos de agressão

BLOG DO BG – Em meio às tensões políticas em que o país vive, o desfile cívico de 7 de setembro, em homenagem ao Dia da Independência do Brasil, bem se tornando um dia de ainda mais atenção por parte de todos, inclusive para os profissionais da imprensa. Por isso, o Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte (SINDJORN) emitiu uma nota pedido cautela aos profissionais, garantindo estar vigilante a qualquer tipo de agressão e recomendando acionar a Polícia em casos de violência.

Confira nota na íntegra…

SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO RIO GRANDE DO NORTE

Aos Profissionais da Imprensa que vão fazer a cobertura das movimentações de hoje, dia da Independência, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte sugere cautela nos locais de aglomeração, mantendo o distanciamento, utilizando material de segurança sanitária (álcool em gel, máscara), manter distância de qualquer tipo de movimentação atípica que não se mostre pacífica e ordeira, procurar a localização dos órgãos de segurança, ter o contato do comandante do destacamento que está fazendo a segurança no local, não se envolver em qualquer discussão ou “bate boca” nos locais de movimentação e se achar que a segurança da equipe estiver em risco, cancelar a pauta e voltar imediatamente para empresa de comunicação.

Qualquer tipo de agressão que atinja o profissional, procurar imediatamente o destacamento de polícia que está fazendo a segurança e em seguida fazer o Boletim de Ocorrência na delegacia de plantão para que medidas judicias e de segurança sejam efetivadas contra os agressores.

O SINDJORN estará vigilante durante toda a movimentação para apoiar que o Profissional de Imprensa possa desenvolver o seu trabalho com segurança e lisura. Qualquer tipo de intimidação é atacar veementemente o direito a informação, um dos pilares da Democracia.

SINDJORN