29 de março de 2021

Comitê Científico do RN vai recomendar manutenção de decreto até à Páscoa

Diego Campelo/Portal Grande Ponto

O Comitê Científico do Estado deverá recomendar a manutenção do decreto que restringe o funcionamento do comércio às atividades essenciais até à Páscoa.

A sugestão, no entanto, passa pela governadora Fátima Bezerra, que pode ou não acatar as medidas sugeridas pelos cientistas. O último decreto, elaborado entre Governo do Estado e Prefeitura do Natal, vale até à próxima sexta-feira (02).

Segundo informações, já há redução de 16% nos pedidos de internação no RN para COVID-19, mas a fila por leitos ainda não está zerada no Estado.

Mais informações em instantes.

Grande Ponto

Rafael Motta: “Ruy Barbosa perdeu um líder. Nós perdemos um grande amigo”

Várias lideranças, políticos, amigos e familiares ao tomarem o conhecimento do falecimento do médico e ex-prefeito de Ruy Barbosa, Dr° João, foram as redes sociais prestar suas homenagens. Em seu Twitter o deputado federal, Rafael Motta, prestou sua homenagem e disse que Ruy Barbosa perdeu um líder.

São Paulo do Potengi inicia a semana com 100% dos leitos críticos de covid-19 ocupados

O Hospital Regional Monsenhor Expedito em São Paulo do Potengi, registra nesta segunda-feira, 29, até o exato momento desta publicação, 100% de ocupação dos leitos críticos para covid-19.

Segundo a Sesap, o RN apresenta 97,5% dos leitos críticos ocupados, a Região metropolitana apresenta 95,8%, a região Oeste tem 100% e a Região Seridó tem 100%. Dos 26 hospitais que temos para tratamento da covid-19 no RN, apenas 3 apresenta taxa de ocupação abaixo de 100%.

RN contabiliza 14 óbitos por covid nas últimas 24h, sendo 07 dentro do dia; novos casos são 1.907

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) atualizou os números do coronavírus nesta segunda-feira (29). Foram mais 1.907 casos confirmados, totalizando 193.686. Até domingo (28) eram 191.779 infectados.

Com relação aos óbitos no Rio Grande do Norte, são 4.427 no total, sendo 07 mortes registradas nas últimas 24h: Natal (02), Parnamirim (02), Santa Cruz(01), Assú(01) e Mossoró (01).

A Sesap ainda registrou outros 7 óbitos ocorridos após a confirmação exames laboratoriais de dias ou semanas anteriores. Até domingo-feira (28), eram contabilizados 4.413 mortos. Óbitos em investigação são 951.

Casos suspeitos somam 69.044 e descartados 408.497. Recuperados são 142.776.

Blog do BG

Ernesto Araújo pede demissão do cargo de ministro das Relações Exteriores

Foto: Adriano Machado / Reuters

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pediu demissão do cargo. A informação foi repassada pelo próprio chanceler a seus subordinados. Segundo pessoas próximas, Araújo vai apresentar ao presidente Jair Bolsonaro formalmente ainda hoje o pedido de sua exoneração do cargo.

O ministro vinha sendo pressionado pelo Congresso. Na semana passada, o presidente da Câmara, Artur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, pressionaram o presidente Jair Bolsonaro a demitir o chanceler. Lira chegou a dizer que Araújo perdeu a capacidade de dialogar com países.

O Globo

Lucasthavares – 2021-03-29 14:04:20

“Acho que já dá para flexibilizar”, diz secretário de Saúde de Natal sobre decreto que fechou serviços não essenciais

Secretário de Saúde de Natal George Antunes. Foto: José Aldenir/Agora RN

O secretário de Saúde de Natal, George Antunes, afirmou acreditar que já é possível flexibilizar as medidas mais restritivas do decreto estadual que fechou os serviços não essenciais no Rio Grande do Norte. A declaração foi dada na manhã desta segunda-feira 29 em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi.

Questionado sobre uma possível renovação do decreto em vigência, George Antunes sugeriu que as medidas mais rígidas não devem continuar. “Acho que já dá para flexibilizar alguma coisa. O grande segredo é fiscalizar”, disse ele.

Segundo o secretário, o Governo do Estado e a Prefeitura do Natal ainda devem discutir as novas determinações. “O prefeito e a governadora ainda não conversaram sobre isso. Mas, se eu for consultado, a minha opinião é que a gente possa melhorar um pouco essas regras, mas sem relaxar na fiscalização”, afirmou.

Desde o dia 20 de março, apenas atividades consideradas essenciais podem funcionar para atendimento presencial no Rio Grande do Norte. O decreto estadual foi construído em parceria com a Prefeitura do Natal e teve o apoio do prefeito Álvaro Dias (PSDB), que deu entrevistas reforçando a necessidade de isolamento social, tendo em vista as altas taxas de ocupação de leitos críticos Covid e o aumento no número de mortes causadas pela doença.

O atual decreto vale até o fim do dia 2 de abril. O Governo do Estado ainda não se pronunciou sobre a possível flexibilização das medidas restritivas. Em meio à iminente falta de oxigênio e altas taxas de ocupação de UTIs, o RN segue batendo recordes trágicos: março já é o mês com maior número de mortes por Covid-19 em 2021.

Sobre o pleno funcionamento das escolas em Natal, o secretário George Antunes demonstrou preocupação. “Ainda tenho muito receio sobre as escolas. Temos vistos muitos casos [de coronavírus] entre as crianças, precisamos ter muita cautela nesse momento. Principalmente porque não conseguimos incluir dois importantes grupos nessa vacinação: as forças de segurança e os professores”, pontuou.

“[A inclusão dos grupos na vacinação contra a Covid-19] depende do Ministério da Saúde, mas acredito que se o nosso prefeito e a nossa governadora se mobilizarem, com o apoio do Ministério Público, a gente possa intervir nesse ponto”, continuou.

Agora RN

Vítima da covid-19, morre o ex-prefeito de Ruy Barbosa, Dr° João

Dr° João e sua esposa Nica

Internado no Hospital de Campanha em Natal a 17 dias lutando contra o covid-19, João Joaquim Cavalcante Neto, mas conhecido como Dr° João, ex-prefeito de Ruy Barbosa faleceu na manhã desta segunda-feira, 29, vítima da Covid-19. Lutando contra o coronavírus, está a sua filha Emilly Cavalcante que a 12 dias também está internada.

Nas redes sociais na noite deste domingo (28) sua filha Emanuelly postou informações referente ao quadro de saúde dos dois. “Boa noite! O estado de painho continua crítico, mas Deus proverá. Mila tá estável, apesar de ser considerada uma paciente grave”.

Ao final da mensagem, com a esperança de ver seu pai e sua irmã recuperados, Emanuelly continua: “Nossa fé move montanhas. Eles estão resistindo há 17 dias (ele) e 12 dias (ela) e irão continuar com fé. Não fico triste com os boletins que os médicos passam, ao contrário, fortaleço a fé em Deus, pois nada acontece sem a permissão dele”.

Dr° João era casado com a ex-prefeita do município, Nica. Aos familiares e amigos, nosso abraço fraterno e que Deus conforte os corações de cada um.

Descanse em paz, amigo!

Dr° João e seus filhos

Prefeita Sonyara Ribeiro em audiência com o ministro Rogério Marinho

Na noite deste domingo(28) cumprindo agenda no RN, o Ministro Rogério Marinho esteve na cidade de Santa Cruz para anunciar ações na região do Trairi. Na ocasião, Rogério Marinho, anunciou em entrevista na Rádio Santa Cruz AM, recursos para construção de uma nova adutora para Santa Cruz e região Trairi.

A prefeita de Lagoa de Velhos, Sonyara Ribeiro, esteve presente juntamente com demais prefeitos da região Trairi e o deputado Tomba Farias.

Marinho cumprirá agenda hoje, 29, em São Paulo do Potengi.

Com risco de ‘apagão’, RN e oito Estados têm dificuldades para montar equipes de UTI

O rápido agravamento da pandemia no Brasil pressiona hospitais, que já lidam com a insuficiência de leitos e escassez de remédios. O risco de um apagão de profissionais especializados também é um problema. No caótico ambiente hospitalar, gestores e entidades médicas de pelo menos nove Estados – Bahia, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins – relatam falta de intensivistas, dificuldades no atendimento ou necessidade de abrir rodadas de processos seletivos para contratar temporários.

O Brasil tem 543 mil médicos, mas nem todos preparados para as demandas atuais. “O que precisamos é de profissionais treinados para internação sob cuidados intensivos”, diz o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes. “E também dos demais profissionais de saúde, porque não é qualquer médico ou técnico que pode trabalhar numa UTI. As equipes de enfermagem têm de ter treinamento para manejar máquinas modernas e os respiradores.”

Em Santa Catarina, um dos Estados com maior colapso, já foram 32 processos de contratação na crise sanitária. Mas parte dos inscritos não aparece após a convocação. “Cremos que as desistências se dão por receio de trabalhar na linha de frente ao combate à covid-19. Mesmo assim, não se considera um apagão de profissionais, pelo menos no âmbito das estruturas próprias da Secretaria Estadual da Saúde”, diz o governo. O Estado tem 2,6 mil profissionais a mais e na rede de hospitais filantrópicos, cerca de 2,5 mil, em “ampliação sem precedentes”.

Na Bahia, informações oficiais do governo mostram que a demanda ainda tem sido atendida, mas os dados já apontam “dificuldades” para achar profissionais. Em Salvador e região metropolitana, foram abertas cerca de 2 mil vagas este mês.

O Piauí admite que a dificuldade maior é a de encontrar médicos. Foram ao menos dois processos seletivos em 2020 para médicos e demais áreas de enfermagem. A rede pública, diz o Estado, já teve 1.112 contratados e hoje são 1.004 em operação. No fim do ano passado, houve desligamentos por término de contrato ou pedidos de afastamento, alega o governo.

Segundo Gerson Junqueira Junior, presidente da Associação Médica do Rio Grande do Sul, existem hoje no País cerca de 20 mil médicos, de várias especialidades, que já trabalham em UTIs, mas a demanda pode chegar ao dobro disso. O ideal é que cada médico cuide de até 10 leitos de UTI, acrescenta o cirurgião. “No interior, a dificuldade é muito grande para encontrar o profissional”, explica. “E além da equipe, tem de ver se há estrutura de rede elétrica para os equipamentos, rede de abastecimento de oxigênio para os respiradores de alto fluxo, equipamentos de diálise”, diz.

O Estado tinha, segundo Junqueira, de 800 a mil leitos de UTI antes da crise. “Hoje tem 3.195 leitos operacionais de UTI, 1.021 na capital. Não é possível suportar isso”, destaca. “Há hospital com 160% de ocupação de UTI, outro com 145%, outro com 133%”, afirma. “Se isso não é colapso, o que seria?”.

O Rio Grande do Sul destacou que, “diferentemente de alguns Estados, não conta com rede hospitalar própria”. A pedido do governo estadual, o Exército montou unidade de campanha ao lado do Hospital de Restinga, em Porto Alegre.

Plantões e horas extras. Rondônia já abriu 85 editais de chamamento emergencial para todas as áreas, principalmente médicos. Na rede pública, segundo o governo, foram chamados 2.191 servidores, incluídos os administrativos. Colaboradores voluntários, diz o governo, são “casuais”.

“Não temos funcionários suficientes nas UTIs. Até porque nem todos querem assumir contratos provisórios, de caráter emergencial, e vir para cá, em plena pandemia, trabalhar com pacientes que estão com o coronavírus”, conta Maira Joaneide de Oliveira Barros, enfermeira que atua na UTI do Hospital Regina Pacis e de uma unidade de campanha em Porto Velho.

“Muitas vezes precisamos nos desdobrar, fazer mais horas extras, mais plantões”, acrescenta Maira Joaneide. “Vivemos horas, minutos e segundos de forma “muito imprevisível. Quando pensamos que não, a saturação dos pacientes começa a cair, e é muito rápido. Corremos para tentar manter viva aquela pessoa.”

O governo de Mato Grosso admite dificuldade de aumentar os quadros da linha de frente, mas informa que “ainda é possível contratar profissionais da saúde” e a Secretaria Estadual de Saúde de está com processo seletivo em aberto. “No ano passado, a Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso abriu dois processos seletivos, um para atuação nos oito Hospitais Regionais geridos pelo Estado e outro para contratar atuação no Centro de Triagem da covid-19”, diz. Já foram contratados, segundo o governo, mais de 1,5 mil trabalhadores para atuar nessas unidades.

O Tocantins informa ter contratado cerca de 1,5 mil profissionais em diversas áreas de atuação de combate à pandemia. A Secretaria de Saúde local diz que foi aberto edital de cadastro para integrar voluntários à linha de frente, mas isso não ocorreu.

O Pará diz que foram contratados, em caráter emergencial, 316 profissionais, entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos de enfermagem e de apoio administrativo. Conforme o governo, o quadro médico de contratação direta da secretaria atende à capacidade de atendimentos diários nas policlínicas itinerantes”.

Presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte, Geraldo Ferreira diz que “há improvisação, principalmente na rede pública”. E alerta também para as perdas entre profissionais para a covid, o que piora a escassez. O Estado já acumula 50 mortes nas equipes de saúde que enfrentam o vírus, entre médicos e enfermagem, conforme a entidade. Trabalhadores doentes também precisam desfalcar, de forma temporária, a linha de frente. “A situação é gravíssima”, avalia Ferreira.

O governo potiguar diz “fazer contratos temporários e convocações de servidores concursados”. Até o dia 4, foram contratados 1.476 efetivos (concurso público), 2.331 temporários, mais 188 convocados para assinar contratos temporários. No dia 13, inda foi preciso abrir convocação de mais 69 profissionais.

Conforme os dados do Registro Nacional de Terapia Intensiva da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, a média geral tem sido de oito dias de internação.

O tempo médio é hoje de 12,5 dias no caso de pacientes da covid-19. Nos últimos dez anos, era de cinco a seis dias.

A explosão de casos e a internação prolongada contribuem para a sobrecarga de hospitais e mortes de pacientes na fila por leitos. “Se você bater o carro e tiver traumatismo craniano, não acha vaga em UTI para internar”, alerta César Eduardo Fernandes, da Associação Médica Brasileira. “O mundo não é só covid. Tem enfarte do miocárdio, derrames cerebrais, traumatismos grandes. Sou obrigado a reconhecer: há falta, as UTIs estão assoberbadas.”

Para desafogar a rede, secretários de Saúde já pediram o cancelamento de cirurgias eletivas para liberar vagas. A presença desigual de médicos e outros profissionais da saúde pelo Brasil é um problema crônico. A pandemia evidenciou ainda mais essa dificuldade.

Segundo Mario Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), existe uma “má distribuição geográfica, concentração no setor privado, baixa qualificação, e, principalmente, má gestão desses recursos humanos de alta especialização”.

Ele aponta que falta coordenação nacional do recrutamento desses profissionais. “Há uma fragmentação e precarização de contratação de recursos humanos via OSs (Organizações sociais, que prestam serviços para o poder público), diz Scheffer.

César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), vê falta de planejamento do poder público e afirma que as universidades no País enviam número suficiente de profissionais para o mercado. “O governo precisa cuidar disso com responsabilidade, fazer plano de carreira, parar de tratar isso com políticas de tapa-buracos”, defende.

Entidades médicas também reclamam de remunerações e contratos precários, principalmente entre profissionais mais jovens. Segundo Geraldo Ferreira, do sindicato potiguar da categoria, muitos são atraídos como “sócios” de empresas. Isso pode favorecer, diz, fraudes trabalhistas e tributárias. “Aumentar o número de leitos exige profissionais capacitados, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, para atender pacientes muito críticos, muito graves. Achar esses profissionais agora é muito difícil”, destaca Viviane Cordeiro Veiga, presidente do Comitê de Analgesia, Sedação e Delirium da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).

A entidade recomenda que, nas regiões onde não há especialistas em terapia intensiva, é preciso ter um intensivista para dar suporte, inclusive por telemedicina. “Há outra questão: já temos a falta de insumos, de medicamentos. Então, esses profissionais têm de estar preparados para usar novas medicações, novos protocolos”, afirma ela, chefe de UTI do Hospital Beneficência Portuguesa.

ESTADÃO