O senador Jean-Paul Prates (PT) foi um dos dois senadores da bancada potiguar que se recusou a revelar em quem votaria para presidência da Casa no último sábado, 2. Nas redes sociais, o parlamentar justificou sua decisão citando exemplos de sistemas que promovem votações fechadas, incluindo o reality show “Big Brother”.
“A determinação (voto secreto) existe para evitar que exista pressão, ameaça e represália por parte de outros poderes sobre o Poder Legislativo. É como ocorre em qualquer parlamento, como em qualquer corpo coletivo, qualquer tribunal, como ocorre até no Big Brother, como na urna, quando você vota como eleitor “, explicou Prates.
Uma das grandes polêmicas vistas no último sábado, 2, no Senado Federal, foi a divisão entre senadores que queriam uma votação aberta e fechada. Originalmente, os parlamentares realizaram uma votação na sexta-feira, 1º, que definiu, por 50 votos a 2, o pleito aberto.
Porém, os partidos MDB e Solidariedade discordaram do resultado e pleitearam junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a votação fosse secreta. O ministro e presidente da Corte, Dias Toffoli, acatou.
“Isso é necessário para preservar a autonomia desse Poder com relação ao Executivo e demais pressões, inclusive internamente, pessoas que queiram votar diferentemente do candidato de seu partido. Essa é a liberdade total que nós, como membros do Senado, temos que ter para escolher nosso presidente”, justificou o senador petista.
Além de Prates, a senadora Zenaide Maia (PROS) também decidiu não revelar seu voto para presidente. Apenas Styvenson Valentim quis mostrar – publicando, inclusive, nas redes sociais -, que seu voto foi direcionado ao senador José Reguffe (sem partido – DF), que acabou derrotado por Davi Alcolumbre (DEM-AP), novo presidente do Senado Federal.
Agora RN