Ação do MPRN prende ex-tabelião substituto de Extremoz por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro

Uma ação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) prendeu nesta terça-feira (24) o ex-tabelião substituto do cartório único de Extremoz Gustavo Eugênio Costa de Souza. A prisão preventiva é desdobramento da operação Senhorio, deflagrada em abril deste ano para investigar os crimes de falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, estelionato e lavagem de dinheiro. A namorada e uma funcionária da empresa dele também foram denunciadas.
Segundo as investigações do MPRN, entre os meses de agosto de 2017 e abril deste ano, Gustavo Eugênio Costa de Souza, a namorada dele, Lourdyanna Agostinho de Lima da Silva, e a funcionária Jeniffer Karoliny Lima de Souza Silva se apropriaram e desviaram dinheiro público no montante inicial de R$ 83.516,36.
Gustavo Eugênio Costa de Souza, aproveitando-se do cargo de tabelião substituto do cartório único de Extremoz, transacionava com usuários do serviço público negociando a confecção de certidões e escrituras públicas. Ao repassar os valores das taxas e emolumentos aos usuários do serviço, ele solicitava que a transferência ou depósito do dinheiro correspondente fosse realizado na conta bancária de titularidade da namorada, Lourdyanna Agostinho de Lima da Silva. Ela não ocupa nenhum cargo no cartório de Extremoz e, pelo o que foi apurado pelo MPRN, cedeu os dados pessoais para abertura de conta bancária para o desvio do dinheiro público.
Jeniffer Karoliny Lima de Souza Silva, por sua vez, de acordo com as investigações, atuava como “braço direito” de Gustavo Eugênio, ajudando a encobrir o desvio das taxas e emolumentos para a conta bancária de Lourdyanna Agostinho. Jeniffer Karoliny trabalha no cartório único de Extremoz, porém possui vínculo empregatício apenas com a empresa de Gustavo Eugênio, a GS & Souza Empreendimentos Imobiliários.
Os valores desviados pelos três não entravam na contabilidade do cartório único de Extremoz. Da mesma forma, não há registro dos atos cartoriais que foram pagos. Durante a investigação, foi verificada a negociação de carros luxuosos, quadriciclos e gados em nome de Lourdyanna Agostinho de Lima da Silva. Para o MPRN, essas aquisições serviram para branquear os valores recebidos ilicitamente. Também para tentar legalizar o dinheiro subtraído, foi constituída em 21 de dezembro do ano passado a empresa G Agro Indústria Eireli-ME, registrada em nome de Lourdyanna Agostinho, mas cuja administração é exercida integralmente por Gustavo Eugênio. Essa empresa foi aberta após o início das investigações do MPRN.
A pedido do MPRN, Gustavo Eugênio Costa de Souza e Lourdyanna Agostinho de Lima da Silva foram denunciados por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Jeniffer Karoliny Lima de Souza Silva responde por associação criminosa e peculato. Os três tiveram os bens sequestrados e contas bancárias bloqueadas pela Justiça potiguar. Os sigilos bancário e fiscal de Lourdyanna Agostinho foram quebrados. Gustavo Eugênio será encaminhado para o sistema prisional.
Operação Senhorio
A operação Senhorio foi deflagrada pelo MPRN no dia 13 de abril passado com o objetivo de apurar um esquema de fraudes cometidas no cartório único de Extremoz, cidade da Grande Natal. Os tabeliães substitutos Maria Lúcia Costa de Souza e Gustavo Eugênio Costa de Souza foram afastados de suas funções. Além deles, o MPRN ofereceu denúncia contra o corretor do ramo imobiliário Ronaldo da Costa Júnior e o empresário afegão Mahmood Sekander.

Carlos Eduardo: “Em Parnamirim não preciso de prefeito ou ex-prefeito pois tenho o povo”.

Uma noite de emoção, nostalgia e demonstração de lealdade . Assim o pré-candidato a governador pelo PDT, Carlos Eduardo, iniciou sua jornada em Parnamirim, município administrado durante oito anos pelo seu pai, o falecido ex-prefeito Agnelo Alves, gestor considerado o melhor da história local.

“No interior, alguns me perguntam: Carlos, como será sua vida em Parnamirim sem prefeito, ex-prefeitos, lideranças. Respondo: Sou filho de Agnelo, sou filho de Parnamirim, tenho o povo comigo!”, declarou o pré-candidato, arrancando aplausos dos presentes à reunião.

Carlos Eduardo, emocionado também pela presença da mãe, professora Celina Alves, responsável por extenso programa social na gestão de Agnelo, afirmou que somente após a posse do pai, “Parnamirim tomou-se de autoestima, reconheceu suas próprias potencialidades, mas chegou Agnelo e todos reconhecem: houve uma cidade antes e depois dele. Por isso, sou filho de Parnamirim, tenho a responsabilidade de fazer muito por vocês”.

Carlos Eduardo criticou ainda a atual gestão, na segurança, na saúde, no atraso de salarial. “O que está desmantelado tem que mudar e, a exemplo de Agnelo aqui, o povo conhece minha capacidade de reverter problemas,atestada pelas quatro administrações em Natal”.

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Com Cármen Lúcia no Planalto, Dias Toffoli assume presidência do STF nesta semana

O ministro Dias Toffoli, do STF, em sessão de julgamento no plenário da Corte (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), assumiu interinamente nesta segunda-feira (23) o comando da Corte. Até o final dessa semana, ele responderá pelo plantão do Judiciário, decidindo pedidos mais urgentes que chegarem ao STF.

Como vice-presidente da Corte, ele substitui a titular, ministra Cármen Lúcia, enquanto ela estiver no exercício da Presidência da República, devido às viagens do presidente Michel Temer, e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Toffoli assumirá a presidência do STF em setembro, quando termina o mandato de dois anos de Cármen Lúcia à frente do tribunal. Ele é o mais antigo membro da Corte que ainda não exerceu a função.

Como titular, caberá a ele administrar a pauta de julgamentos, marcando data dos que considerar mais importantes e urgentes, conforme os processos ficam prontos para decisão do plenário.

Toffoli chegou ao STF em 2009 por indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No período recente, tem sido um dos críticos da condução da Operação Lava Jato por parte do Ministério Público.

Em uma de suas últimas decisões, propôs e obteve maioria dos votos na Segunda Turma para soltar o ex-ministro José Dirceu, que já cumpria pena por condenação em segunda instância.

“Não traí ninguém”, afirma Antônio Jácome após se afastar de Robinson

O deputado federal Antônio Jácome (Podemos) disse nesta segunda-feira, 23, que “não traiu ninguém” ao se aliar a DEM, MDB, PDT e PP em uma chapa para disputar as próximas eleições no Rio Grande do Norte. Considerado aliado do governador Robinson Faria (PSD) durante os últimos três anos e meio, Jácome agora é pré-candidato a senador no mesmo grupo político do pré-candidato ao Governo Carlos Eduardo Alves (PDT).

“Não votei em Robinson para governador [em 2014], mas não podia fazer oposição ao Rio Grande do Norte. Estive à disposição dele e do secretariado quando o Rio Grande do Norte era um assunto em pauta nos ministérios ou no Palácio do Planalto. Acompanhei [em Brasília], todas as vezes em que fui convidado pelo Governo, as audiências, solicitações, dificuldades e entraves burocráticos. Estive ao lado do Rio Grande do Norte”, afirmou Jácome, em entrevista à TV Band Natal.

De acordo com o parlamentar, ele “não era um aliado automático e incondicional” do governador Robinson Faria porque sua trajetória política sempre foi de “muita independência”. Segundo o deputado federal, os cargos na gestão estadual atribuídos a ele – o que justificaria uma acusação de “traição” – na verdade foram indicados por seu filho, o deputado estadual Jacó Jácome (PSD).

“Meu filho é do PSD e sim, como membro da bancada do partido [presidido no Estado por Robinson Faria], indicou alguns espaços, o que é natural em uma aliança político-administrativa que se dá, principalmente sendo membro do mesmo partido”, registrou.

Por fim, Antônio Jácome assinalou que, devido à sua postura de “independência”, não houve sequer “rompimento” com o atual governador. “Não traí ninguém. Não precisei romper porque não anunciei qual seria o meu caminho para a majoritária. A circunstância me fez aceitar o convite de MDB, DEM, PDT e PP”, acrescentou.

Sobre a possibilidade de o PSD negar legenda para Jacó Jácome disputar a reeleição para a Assembleia Legislativa, Antônio Jácome disse que isso já foi resolvido. “Esse é um assunto vencido, superado”, finalizou o deputado, complementando que crê que o seu filho terá “segurança jurídica” para disputar as próximas eleições.

Agora RN

DEM-Mulher empossará presidentes dos Diretórios no RN

Na próxima quinta-feira (26), o Democratas Mulher no Rio Grande do Norte realizará evento na sede do partido em Natal para dar posse as novas presidentes municipais dos diretórios femininos.

Para a presidente estadual do Democratas Mulher no estado, Anita Catalão, esse é mais um momento importante idealizado pelo segmento permanente do DEM para estimular o fortalecimento da presença feminina nas eleições deste ano.

“Já desenvolvemos durante todo o ano um trabalho nos municípios para incentivar a participação feminina na vida política e social das cidades, mas em ano eleitoral esse projeto é intensificado para que possamos ver revertida nas urnas a presença de mais mulheres eleitas”, destacou.

O evento contará com a presença do presidente estadual do partido, senador José Agripino, além de várias prefeitas do partido no RN.

O DEM também já definiu a data da convenção estadual. Será no dia 04 de agosto a partir das 10h na sede do partido localizada na avenida Amintas 4488, no bairro de Nova Descoberta.

O evento que definirá os candidatos da legenda para o pleito de outubro não será festivo, apenas cartorial com a presença dos membros da Executiva Estadual, já que o DEM apoiará a chapa majoritária encabeçada pelo PDT e o Partido Democrático Trabalhista também realizará sua convenção no mesmo dia em grande evento no Palácio dos Esportes.

Anita Catalão 03

Municípios do RN já perderam quase R$ 500 milhões com suspensão da Lei dos Royalties

Os municípios do Rio Grande do Norte deixaram de receber R$ 426.619.698, entre abril de 2013 e dezembro de 2017, devido à suspensão da Lei dos Royalties pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Em todas as 5,5 mil prefeituras brasileiras, a perda relativa ao FEP (Fundo Especial do Petróleo) foi de R$ 19,8 bilhões.

Na última semana, o Movimento Municipalista Brasileiro, através da Confederação Nacional de Municípios e entidades municipalistas estaduais, lançou Manifesto que pede o julgamento imediato pelo STF da liminar que suspendeu a Lei da redistribuição dos Royalties.

Para o Presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte – FEMURN e Prefeito de São Paulo do Potengi, Naldinho, a dedicação dos gestores com a pauta é importante para a conquista dos recursos: “Essa é uma pauta urgente, definida pela CNM como prioridade, dada a recuperação das receitas de royalties. Infelizmente já perdemos muitos recursos, e precisamos lutar para ter uma definição sobre essas receitas”, disse Naldinho.

A Federação orienta aos Prefeitos que convoquem as populações de suas cidades para assinar o Manifesto Municipalista, podendo disponibilizá-lo nas sedes das prefeituras, secretarias e órgãos.

VALORES

Em seu portal, a CNM disponibiliza quanto cada município perdeu com a decisão do STF. No RN, a capital do Estado, Natal, deixou de receber R$ 67.731.243,40. Já Assú, município de porte médio, deixou de receber R$ 8.708.065,23. Para um município de porte pequeno, como Venha-Ver, a perda foi de R$ 1.713.082,12.

A consulta a cada município pode ser feita no link http://royalties.cnm.org.br/

ENTENDA A PAUTA

Desde 2013, o movimento municipalista aguarda uma decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a redistribuição dos recursos arrecadados com a exploração dos royalties de petróleo, prevista na Lei 12.734/2012, suspensa por definição monocrática da Corte.

A decisão ocorreu por meio de liminar concedida pela atual presidente do Supremo, Cármen Lúcia, na época relatora da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4917/2013, ajuizada pelo Estado do Rio de Janeiro.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta que tanto a Advocacia-Geral da União (AGU) quanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestaram pela plena constitucionalidade das regras definidas no Congresso Nacional.