
Uma pesquisa de preços realizada pelo Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal) nesta segunda-feira (7) constatou aumento no valor dos combustíveis comercializados nos postos da capital potiguar. O levantamento, que abrangeu 87 estabelecimentos das quatro regiões administrativas da cidade, identificou reajustes em todos os tipos de combustíveis em comparação ao mês anterior.
A gasolina comum apresentou alta média de 3,05%, passando de R$ 5,92 para R$ 6,10. Já a gasolina aditivada teve um acréscimo de 2,61%, com o preço médio subindo de R$ 5,99 para R$ 6,15. No caso do diesel, o tipo comum registrou aumento de 1,68% (de R$ 5,95 para R$ 6,05), enquanto o diesel S-10 subiu 1,74%, passando de R$ 6,00 para R$ 6,09.
O etanol também sofreu reajuste de 1,50%, com o litro saindo de R$ 4,91 para R$ 4,98. O maior aumento, no entanto, foi identificado no gás natural veicular (GNV), com alta de 6,30%, elevando o preço médio de R$ 4,83 para R$ 5,13.
Segundo o Procon Natal, 83% dos postos pesquisados aumentaram o preço da gasolina comum. No caso do etanol, 70% elevaram o valor do litro, enquanto o diesel S-10 teve reajuste em 54% dos estabelecimentos. Uma minoria dos postos manteve os mesmos preços praticados em junho.
As regiões Sul e Leste apresentaram os menores preços médios da gasolina comum, com valor de R$ 6,07. Já nas zonas Oeste e Norte, o preço médio foi de R$ 6,16. Ainda assim, o maior aumento proporcional foi registrado na zona Sul, onde o litro da gasolina subiu R$ 0,24 em relação ao mês anterior. Na zona Norte, houve leve redução de R$ 0,03 no preço do combustível, apesar de o valor médio permanecer mais alto que em outras regiões.
O levantamento também apontou grandes variações de preços entre os postos da cidade. No etanol, a diferença chegou a R$ 0,72 por litro; na gasolina comum, R$ 0,62; no diesel S-10, R$ 1,00; e no GNV, R$ 0,24.
De acordo com o Núcleo de Pesquisa do Procon, fatores como a entressafra da cana-de-açúcar e o aumento de tributos impactaram diretamente nos reajustes. No caso do etanol, a preferência de produtores pela fabricação de açúcar — cuja cotação está mais atrativa no mercado internacional — também contribuiu para a elevação dos preços. Já o valor do GNV é influenciado por tributos estaduais e federais. Desde o dia 1º de maio, o preço do metro cúbico está fixado em R$ 2,7928, somado a ICMS (20%) e PIS/Cofins (9,25%).
O Procon Natal recomenda que os motoristas comparem os preços antes de abastecer, devido à significativa variação entre os postos. A planilha completa com os preços registrados está disponível no site do órgão.
O instituto também reforça que o consumidor tem direito à informação clara e precisa sobre os combustíveis ofertados. Caso haja dúvidas quanto à qualidade ou quantidade do produto, o cliente pode solicitar testes diretamente no posto. Em caso de recusa ou suspeita de irregularidade, é possível formalizar denúncia na sede do Procon Natal, localizada na Rua Ulisses Caldas, nº 181, Cidade Alta, ou por e-mail: [email protected].