Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam, na manhã desta quinta-feira (7), a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Natal. O grupo, que conta com dezenas de pessoas, grita palavras de ordem no local e cobra reforma agrária.
Há 11 meses, o MST fez outra manifestação também na sede do Incra, quando justificaram a ocupação como parte da programação da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária.
Na manifestação desta quinta-feira, o grupo ocupa a garagem do Incra e pátio, cobrando encontro com o superintendente, Lucenilson Angelo – que está no cargo desde abril de 2023. O superintendente foi assentado da Reforma Agrária, foi ex-secretário-adjunto do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (Sedraf) no Estado, no primeiro governo Fátima Bezerra, e já Integrou a direção nacional do MST, além de ter ocupado o cargo de secretário Agrário do PT/RN.
A justificativa para esta manifestação, ainda de acordo com membros do MST, é que ela faz parte de um conjunto de manifestações no país referente a mulheres sem terra. Um dos focos é a cobrança pelo cadastramento de famílias, concessão de créditos e fomento para cursos.
Segundo membros do grupo, os manifestantes só deixarão o local após conversa com o superintendente.
A assessoria do órgão se manifestou. Em nota, informaram que a atual gestão entende como legítimas as manifestações populares” e que o Incra “trabalha para as famílias”. “Acreditamos no diálogo, no respeito e na transparência. O patrimônio público está e ficará resguardado e as pautas reivindicadas serão recebidas e avaliadas, sempre com bom senso e um entendimento humano das situações do povo rural, sobretudo das mulheres camponesas”, disse o órgão.
Tribuna do Norte