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A fuga histórica de um presídio federal exigiu dos presos — agora foragidos — a superação de pelo menos oito barreiras de segurança que deveriam ter evitado que eles conseguissem deixar a Penitenciária Federal de Mossoró. As informações foram confirmadas por fontes que integram o sistema prisional brasileiro.
Barreiras superadas pelos presos
- Porta da cela
- Gaiola (2 portas)
- Monitoramento de câmeras local
- Sala de Controle em Brasília
- Rondas e postos fixos de agentes
- Torres externas (4)
- Tela dupla (10 metros)
- Revista diária da cela
O primeiro passo seria ultrapassar a porta da cela, que é trancada o dia todo, com exceção dos casos de deslocamento para o banho de sol e departamento médico, por exemplo.
Depois, os presos teriam que ultrapassar as duas portas de uma espécie de gaiola, que protege cada uma das alas. As alas têm 13 celas e os pavilhões quatro alas cada um.
A regra vale para todos os presídios federais. Desta forma, cada pavilhão tem 52 detentos.
Os presos ainda teriam que driblar a observação feita pelas câmeras de monitoramento que têm acompanhamento duplo:
- um interno, no presídio
- e outro por uma Sala de Controle em Brasília, na sede da Secretaria Nacional de Políticas Penais.
Há ainda as rondas e postos fixos de agentes dentro do presídio, monitorando in loco as movimentações. Do lado de fora, os agentes também ficam posicionados em quatro torres, cada uma em um dos cantos do complexo penal.
Para escapar, os detentos teriam ainda que ter ultrapassado duas cercas altas de arame com concertinas (arame farpado) no topo.
Cortar o arame exigiria uma faca, estilete ou alicate, objetos que seriam descobertos na revista diária feita em todas as celas quando os detentos saem para o banho de sol.
“É preciso que seja feita uma apuração rigorosa porque existe uma possibilidade de ter o envolvimento de funcionários do presídio. Se não houver envolvimento, corrupção, é urgente que sejam revistos todos os protocolos de segurança de todos os presídios federais brasileiros”, avalia o especialista em segurança pública Rafael Alcadipani.
CNN