Moradores de Neópolis que tiveram de deixar as casas em razão do desabamento do muro de contenção da lagoa de captação Ouro Preto, no bairro de Neópolis, zona Sul de Natal, fizeram um protesto na manhã desta quinta-feira (21), um mês após o incidente que obrigou a saída das famílias do local por causa da vulnerabilidade estrutural das residências. As famílias fizeram um bolo para marcar 30 dias do desabamento. A queixa é de que não há nenhum retorno do Município sobre as obras de reestruturação da lagoa e das casas interditadas, cujo número foi atualizado nesta semana para 10.
A dona de casa Luzimar Medeiros, de 53 anos, está vivendo em uma residência conjugada, semelhante a que ela morava na rua Marcassita, até a data do desabamento, no mês passado. Sem respostas sobre se vai poder voltar para casa, ela reclama que a Prefeitura não tem feito nenhum tipo de diálogo com os moradores. “Esse protesto é porque a gente quer saber quando vai começar a reconstrução das casas e da lagoa, como prometido pelo prefeito quando tudo ocorreu, há um mês. Até hoje a gente não sabe de nada. O secretário de Infraestrutura não recebeu a comissão de moradores e nós queremos saber o que vai acontecer com a casa da gente”, desabafa a mulher emocionada.
Atualmente, a família de Luzimar recebe um auxílio da Prefeitura para ajudar no aluguel da nova moradia, que custa R$ 1,2 mil. O valor do auxílio é de R$ 600 e será pago por seis meses, de acordo com a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas). A pasta informou que as nove famílias cadastradas junto ao Município, estão recebendo o auxílio.
No dia 21 de agosto, seis casas da rua Marcassita desabaram parcialmente junto com o muro de contenção da lagoa de captação, que fica na parte de trás das residências, em Neópolis. O número de interdições cresceu desde então e chegou a 10 nesta semana, segundo a Defesa Civil de Natal. Havia chovido durante a madrugada do dia da ocorrência. A Defesa disse, na ocasião, que havia a suspeita de sobrecarga na contenção, por causa das construções e de duas árvores de grande porte que, podem ter prejudicado a estrutura.
Tribuna do Norte