20 de dezembro de 2021

Anvisa pede para investigar novas ameaças sofridas por seus diretores

A Agência também pede proteção policial para diretores e servidores/ Foto: Reprodução Marcelo Camargo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu à Polícia Federal (PF) e a outros órgãos a apuração de ameaças contra diretores e servidores, além de reforçar pedido de proteção policial.

“A Anvisa informa que, em face das ameaças de violência recebidas e intensificadas de forma crescente nas últimas 24 horas, foram expedidos neste domingo (19) ofícios reiterando os pedidos de proteção policial aos membros da Agência. Tais solicitações já haviam sido feitas no último mês de novembro quando a agência recebeu as primeiras ameaças”, diz o órgão, em nota.

As ameaças surgiram após decisão da Anvisa de autorizar a aplicação da vacina da Pfizer contra covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, na última quinta-feira (16). “O crescimento das ameaças faz com que novas investigações sejam necessárias para identificar os autores e apurar responsabilidades”, diz a Anvisa.

O ofício de hoje da Anvisa foi encaminhado para o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno; o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres; o procurador-geral da República, Augusto Aras; o diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, e o superintendente regional da Polícia Federal no Distrito Federal, Victor Cesar Carvalho dos Santos.

“Mesmo diante de eventual e futuro acolhimento dos pleitos, a agência manifesta grande preocupação em relação à segurança do seu corpo funcional, tendo em vista o grande número de servidores da Anvisa espalhados por todo o Brasil. Não é possível afastar neste momento que tais servidores sejam alvo de ações covardes e criminosas”, acrescenta a nota.

A Anvisa informou ainda que não publicará os anexos que materializam as ameaças recebidas para não expor os dados pessoais dos envolvidos, no entanto, disse que todas as informações foram encaminhadas às autoridades responsáveis.

Na última sexta-feira, a diretoria da Anvisa divulgou nota rebatendo questionamentos do presidente Jair Bolsonaro acerca da decisão de autorizar a vacinação em crianças com o imunizante da Pfizer-BioNTech.

Em live em redes sociais, na quinta-feira, Jair Bolsonaro disse que pediu extraoficialmente o “nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de 5 anos”. “Queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem foram essas pessoas e forme seu juízo.”

Com informações da Agência Brasil

Relatório da CPI da Covid no RN vai ser entregue para CGU, MPs, Polícia e STJ

Depois de apontar indícios sobre possíveis crimes e irregularidades de empresários, gestores públicos e servidores, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), chamada de CPI da Covid, vai encaminhar aos órgãos de controle externo e investigativos, o relatório do deputado Francisco do PT, que sofreu alterações dos deputados da oposição. Esses formaram maioria na comissão e no final totalizaram pedidos de indiciamento do secretário estadual da Saúde, Cipriano Maia; da governadora do RN, Fátima Bezerra; do governador da Bahia, Rui Costa; e de mais 13 pessoas.

O relatório será encaminhado para o Ministério Público do Rio Grande do Norte, Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público Federal, Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Procuradoria Geral da República e Superior Tribunal de Justiça. “São milhares de documentos. Boa parte sigilosos em nome da CPI. Nós precisamos organizar essa documentação que será enviada para diversos órgãos de controle do país, para que as investigações continuem”, disse o deputado Kelps Lima (SDD), que presidiu a comissão.

Tribuna do Norte

“Meu partido e o dele vão decidir”, diz Lula sobre aliança com Alckmin

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na noite de ontem (19) que uma eventual aliança para a eleição presidencial de 2022 com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) será decidida por seu partido e o possível futuro partido do ex-tucano, o PSB.

“Quem vai dizer se a gente pode se juntar ou não é o meu partido e o partido dele”, disse.

O petista também voltou a afirmar que ofensas passadas e diferenças entre os dois devem ser vencidas. Lula e Alckmin se encontraram publicamente na noite deste domingo, pela primeira vez desde que ambos começaram a negociar uma aliança para disputar as eleições de 2022.

Organizado pelo Prerrogativas, grupo de advogados antilavajatistas, o “Jantar pela Democracia” deve reunir cerca de 500 convidados, incluindo governadores, presidentes de partidos e mais dois presidenciáveis, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS).

O ex-presidente discursou após receber um prêmio. Ele falou que diferentemente de outros políticos, ele não pode “ir pra televisão mentir, fazer promessas vãs” porque tem “um legado” e precisa fazer mais do que já fez.

“Vou encontrar uma realidade de fome mais forte, inflação mais forte, descrença mais forte, ódio propagado pelo atual governo”, disse, reforçando que quer “lutar e provar que o povo brasileiro vai reconstruir esse país”.

UOL