O vereador de Natal Cícero Martins confirmou nesta segunda-feira, 9, que vai deixar o PSL. Apoiador do presidente Jair Bolsonaro, o parlamentar disse, no entanto, que não deverá migrar imediatamente para o Aliança pelo Brasil, novo partido de Bolsonaro, já que considera inviável a formação do partido a tempo das eleições municipais de 2020.
Enquanto o Aliança pelo Brasil não fica apto para as disputas eleitorais, Cícero Martins deverá se filiar a um outro partido, pelo qual consiga concorrer à reeleição no ano que vem. “Se o Aliança sair (a tempo), vai ser nas portas da eleição, o que inviabiliza a formação de qualquer nominata de forma organizada”, declarou.
Cícero diz que está dialogando com vários partidos “de direita” e que deverá escolher em breve a sigla que receberá o seu grupo político temporariamente. Segundo ele, aliás, isso deverá acontecer com vários outros aliados do presidente que pretendem concorrer em 2020. “O presidente disse que não vai participar das eleições se o Aliança não sair a tempo”, emendou.
Para se tornar apto para as eleições, o Aliança pelo Brasil precisa reunir cerca de 500 mil assinaturas. Atualmente, a legislação só permite a coleta por meio físico, o que dificulta as pretensões do presidente Bolsonaro, que gostaria de ter a opção de reunir assinaturas por meio digital. Na semana passada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou as assinaturas digitais, mas decidiu que a novidade só poderá ser usada após regulamentação.
“Eu não acredito que haja tempo hábil (para reunir assinaturas em meio físico), e Natal e o Rio Grande do Norte não podem esperar. Mas no PSL eu não posso ficar, porque o PSL hoje é inimigo do presidente”, finalizou.
Eleito pelo PSL, Bolsonaro decidiu sair do partido e fundar o Aliança pelo Brasil por causa de um desentendimento com o presidente da legenda pela qual ele foi eleito em 2018, deputado Luciano Bivar (PE). Bolsonaro e seu grupo pedem maior transparência nos gastos do partido.
Agora RN