7 de junho de 2019

Secretário da Previdência, Rogério Marinho pode virar ministro

Rogério Marinho (Valter Campanato/Agência Brasil)

Rogério Marinho está em alta com Jair Bolsonaro. Quando a reforma da Previdência for aprovada, o capitão quer encontrar uma vaga de ministro para o secretário.

(Por Fernando Molica)

Radar On-Line, Veja

Corregedor de Justiça manda arquivar pedido contra Moro

Foto: Fátima Meira/ Futura Press/ Estadão Conteúdo – 20.05.2019

O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, ratificou decisão do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) e mandou arquivar pedido para investigar o atual ministro da Justiça, Sergio Moro, quando ele era juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.

O procedimento foi aberto após o recebimento de denúncia anônima pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontando suposta agressão institucional do ex-magistrado, que teria inviabilizado a defesa de Lula e o condenado sem provas. Para o TRF4, a denúncia trouxe apenas alegações genéricas.

Estadão

TRE-RN adia julgamento de deputados que doaram 50 viaturas da polícia

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Norte adiou o julgamento sobre supostas condutas vedadas de deputados potiguares, em um caso de doação de 50 viaturas policiais às prefeituras do Estado, em abril de 2018.

O motivo da postergação foi um pedido de vista do juiz eleitoral Francisco Glauber Pessoa Alves. Ele adiou o julgamento de 18 representações impetradas pelo Ministério Público Eleitoral que requeriam a análise de supostas condutas vedadas por parte dos deputados.

O juiz justificou a solicitação devido à necessidade de analisar a matéria por mais tempo. A votação será retomada assim que a análise for concluída. Os processos, sob relatoria do juiz José Dantas de Paiva, estavam sendo apreciados em bloco, a fim de garantir a celeridade das decisões.

Antes do pedido de vista, o relator, juiz José Dantas de Paiva, já havia encaminhado o voto pela improcedência das representações do Ministério Público, que solicitava a multa e cassação dos deputados por suposto crime de conduta vedada em virtude da doação de 50 viaturas policiais a diversas prefeituras do RN.

No entendimento do relator, a atitude dos deputados não se configura como crime de conduta vedada, uma vez que se tratou de uma doação de um poder público a outro, isto é, do Poder Legislativo ao Poder Executivo, não sendo caracterizada como distribuição de caráter social. Contudo, o juiz ressaltou que, embora o caso não se enquadre como conduta vedada, ele pode ser analisado em outro processo que está em andamento na Justiça Eleitoral – uma ação de investigação judicial eleitoral sob relatoria do Corregedor Cornélio Alves, a fim de averiguar abuso de poder por parte dos envolvidos.

A sessão, que aconteceu na manhã da quinta-feira, 6, contou com o funcionamento do quórum mínimo permitido – em conformidade com o regimento interno do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte, o qual prevê que as decisões devem ser tomadas por maioria de votos, com o quórum mínimo de quatro juízes, excluído o Presidente.

A composição se deu em razão do impedimento de parte da Corte Eleitoral. Dessa forma, a sessão, presidida pelo desembargador Cornélio Alves, contou com a participação do desembargador Gilson Barbosa, dos juízes Francisco Glauber Pessoa Alves e Érika Paiva, além do relator do processo, juiz José Dantas de Paiva.

Na ocasião, após leitura do relatório pelo juiz, ocorreu a defesa do Ministério Público, realizada pelo Procurador Eleitoral Fernando Rocha, em substituição à Procuradora Cibele Benevides. Em seguida, os advogados presentes – André Castro, Abraão Lopes e Wlliamy Medeiros Costa, fizeram a sustentação oral em defesa dos representados. O processo segue, portanto, para apreciação do juiz Francisco Glauber, e em breve deve ser colocado em pauta para continuidade da votação e posterior decisão da Corte Eleitoral.

Agora RN

É preciso o Estado endurecer contra rebeliões nos presídios, diz Baltazar

José Aldenir / Agora RN

O Juiz da vara das execuções penais do Rio Grande do Norte, Henrique Baltazar, alertou para a necessidade do Estado “manter a rigidez” para conter uma nova onda de violência no presídio de Alcaçuz, a exemplo do que aconteceu em janeiro de 2017.

Ao comentar o ocorrido ali na última quarta-feira, 5, quando houve um princípio de rebelião, Henrique Baltazar lembrou que “as facções criminosas estão querendo voltar a ter o controle dos presídios e que estes pequenos incidentes têm, justamente, a intenção de se transformar em coisa maior”.

Em entrevista ao programa Agora em Debate, do jornalista Roberto Guedes, Baltazar mostrou um panorama da atual situação em que se encontra o sistema penitenciário do Estado.

Hoje, segundo ele, o sistema carcerário se encontra sob controle, mas o Estado precisa seguir melhorando as condições de trabalho dos agentes penitenciários, a despeito do ambiente de corte nos investimentos públicos.

Para o magistrado, uma das alternativas seria ampliar progressivamente a articulação com as demais forças de segurança para “combater o principal adversário do sistema que são as facções criminosas”.

Acrescentou que o trabalho nos presídios não pode ser considerado como acabado e advertiu: “Ele deve ser constante, porque as facções vão continuar sempre lutando para ter mais controle e impedir que o Estado continue atuando firmemente”.

Baltazar reiterou que o Estado não pode abrir mão do mando nas penitenciárias porque esta é a única forma de garantir a segurança pública no RN.

Sobre a atuação das polícias militar e civil, o juiz foi enfático. De acordo com ele, os números do CIOSP e da Central de Flagrantes mostram que ambas têm realizado um trabalho indispensável no combate ao crime, porém é necessário que ele vá além no que diz respeito ao cumprimento de penas.

“Muita gente é presa, mas não adianta nada prender e o crime continuar dentro da prisão”, frisou.

Sobre a possível abertura de mais três pavilhões no complexo de Alcaçuz o juiz alertou que não será possível ampliar o número de vagas sem ter um pessoal qualificado e suficiente para gerir a administração dos locais.

“Ampliar o número de vagas sem ter o controle absoluto pode se tornar uma situação grave e decorrer em transtornos futuros, com novos ataques ou mesmo rebeliões”, alertou.

Por fim, Henrique Baltazar fez um apelo: “É preciso nomear mais agentes, e não só isso, é preciso manter um aperfeiçoamento contínuo desses agentes”.

Agora RN